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A Oração de Agur

Entre os mais variados assuntos dos quais trata, o livro de Provérbios, tem lições preciosas sobre a oração. Nele descobrimos um lindo exemplo de oração.

“Duas coisas te peço; não mas negues, antes que eu morra: afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus” (Pv 30:7-9).

I. UM DUPLO PEDIDO (7)

Há neste versículo uma frase que demonstra um tremendo anseio em ter uma vida de acordo com a vontade de Deus: “antes que eu morra”. Os dois pedidos apontam para uma só coisa: Enquanto vivendo neste corpo, estar em perfeita sintonia com a vontade do Senhor. O que fazemos, enquanto vivendo neste corpo, pode honrar ou desonrar a pessoa do nosso Deus; pode exaltá-lo ou envergonhá-lo.

A seguir Agur passa aos pedidos propriamente ditos e nos põe em contato com o desejo mais singelo de um coração crente.

II. AGUR PEDE UM CARÁTER PURO (8a)

Ele pede a Deus que faça dele um homem integro. Que Ele lhe dê um caráter verdadeiro. Primeiro pede que Deus afaste dele a falsidade, o fingimento. Falsidade aqui é traduzida da palavra hebraica shâw que denota aquela falsidade premeditada que age irresponsavelmente levando a um comportamento fútil.

Em outras palavras, ele pede a Deus que faça dele um homem legitimo com atitudes legitimas. Que não permita que ele seja um “duas caras”, que suas palavras sejam sinceras, que seus relacionamentos sejam sinceros, que seus negócios sejam sinceros, que suas atitudes sejam sinceras etc., etc.

Falsidade e mentira andam de mãos dadas. Onde uma se faz presente a outra também está. O servo de Deus deve orar pedindo que ele o livre destes dois terríveis pecados, pois caso contrário, até mesmo as suas orações não serão ouvidas.

(ex.: Pv 28:9: “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável”; Pv 15:8: “O sacrifício dos perversos é abominável ao Senhor, mas a oração dos retos é o seu contentamento” e Pv 15:29 “O Senhor está longe dos perversos, mas atende à oração dos justos”).

III. AGUR PEDE PELAS CIRCUNSTANCIAS (8b-9)

As circunstancias nas quais vivemos são um perigo para o nosso caráter. Principalmente no que diz respeito à nossa situação financeira. Este homem desejava ter uma vida simples sem dinheiro e luxo desnecessários.

Não queria ser rico, pois sabia que a riqueza é um perigo para o servo de Deus. O abastado passa a confiar na sua riqueza e se esquece de depender de Deus. A riqueza é um laço que amarra o nosso coração às coisas deste mundo (ex.: O jovem rico e o fazendeiro rico). Assim somos impedidos de vivermos como cidadãos dos céus, como peregrinos em terra estranha.

Ser mundano não é ir ao cinema, ou usar uma calça comprida, ou usar um brinco, ou usar barba, ou cortar o cabelo. Mundano é aquele que se apega ao status financeiro (quer seja alto, médio ou mais ou menos) e ocupa seu coração em manter e melhorar a sua situação financeira mesmo que tenha que mentir, subornar, sonegar, fraudar etc. Mundano é o que se apega às coisas e valores deste mundo e se esquece da pátria celestial.

Agur também pede que Deus o livre da pobreza extrema. Aquela pobreza que leva o homem ao desespero total levando-o até mesmo a roubar para poder sobreviver. Ele não quer ser rico para que não venha a negar a Deus, mas também não que ser pobre demais para não profanar o Seu nome. Portanto, ele pede a Deus somente aquilo que seja o suficiente para viver bem.

IV. CONCLUSÃO

Esta oração de Agur de levar-nos a meditar nas seguintes coisas:

  • 1. Como tem sido a minha vida? Tenho agido com falsidade para com aqueles que Deus tem colocado ao meu lado? E Mais, sou apenas um religioso ou sou um cristão verdadeiro que procura andar em todas as horas e lugares (não só na igreja) de acordo com a vontade de Deus? TENHO UM CARÁTER PURO?
  • 2. O que tenho feito para buscar atingir esta ou aquela situação financeira? Isto tem atrapalhado o meu relacionamento diário com Deus? Isto tem atrapalhado o meu testemunho aos descrentes? Qual a verdadeira motivação por traz do meu desejo de ter esta ou aquela profissão? É para servir melhor a Deus ou é por pura ganância?

A triste verdade é que muitos de nós optaríamos tranqüilamente pelas riquezas mesmo que isto implicasse em perdas no nosso relacionamento com Deus e na perda dos galardões pelo serviço prestado a Ele neste mundo. Foi Jesus que disse: “Não se pode servir a Deus e ao dinheiro” (cf. Mt 6:24; Lc 16:13).

Que cada um de nós possa refletir seriamente nestas palavras registradas na Bíblia: “Afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza…”.

Amém!

Jabesmar A. Guimarães

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