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Ação de Graças

Vivemos em uma época na qual a maioria das pessoas não são agradecidas, ou seja, são ingratas. Fico alegre quando em meio a um momento festivo e importante como este é aberto um espaço para lembrar de agradecer àquele que definitivamente é o criador e sustentador de nossas vidas.

Como filhos da nossa época somos constantemente levados a olhar não para o que temos, mas para o que não temos. Este é o trabalho da mídia deixar-nos constantemente insatisfeitos. Temos muitas coisas, mas nosso coração se ocupa exatamente com o que ainda não possuímos. Assim, levados pelo consumismo desenfreado, muitas pessoas são insatisfeitas. Sendo insatisfeitas, não param para agradecer pelo que já têm.

O evangelista Lucas nos conta uma história que ilustra bem o comportamento da maioria de nós. Ele conta a história de dez leprosos que foram curados por Jesus. Destes dez somente um voltou para agradecer ao Senhor pela bênção alcançada. Percentualmente falando somente dez por cento deles mostrou gratidão. Jesus o elogiou publicamente pela sua atitude de gratidão. Espero que façamos parte deste porcentual. O apóstolo Paulo nos diz: “sede agradecidos”.

O segredo de sermos agradecidos está em olharmos para o que já temos, para o que já alcançamos. Isto não significa que não possamos desejar e lutar para alcançar mais. Hoje um curso técnico, amanhã uma especialização, uma faculdade. São desejos legítimos! Mas sejamos agradecidos pelo que já temos ou alcançamos e quando alcançarmos o que desejamos, sejamos agradecidos a Deus pela vitória alcançada.

Gostaria de convidá-lo a ler um texto bíblico que se encontra no livro dos Salmos. Trata-se do Salmo 92 (1-8; 12-15).

“(1) Bom é render graças ao SENHOR e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo, (2) anunciar de manhã a tua misericórdia e, durante as noites, a tua fidelidade, (3) com instrumentos de dez cordas, com saltério e com a solenidade da harpa. (4) Pois me alegraste, SENHOR, com os teus feitos; exultarei nas obras das tuas mãos. (5) Quão grandes, SENHOR, são as tuas obras! Os teus pensamentos, que profundos! (6) O inepto não compreende, e o estulto não percebe isto: (7) ainda que os ímpios brotam como a erva, e florescem todos os que praticam a iniqüidade, nada obstante, serão destruídos para sempre; (8) tu, porém, SENHOR, és o Altíssimo eternamente. (12) O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. (13) Plantados na Casa do SENHOR, florescerão nos átrios do nosso Deus. (14) Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, (15) para anunciar que o SENHOR é reto. Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça.”

Agora vejamos algumas lições que podemos tirar do texto lidos:

I. Devemos Agradecer a Deus (1-4)

Dar graças a Deus não somente é correto como também é bom! O salmista nos diz que de manhã e à tarde se ocupava proclamar o amor e a fidelidade do Senhor.

Os feitos do Senhor alegravam ao seu coração e o levavam a cantar de alegria. Isto não só nos edifica como nos liberta de sermos pessoas azedas, mau humoradas. Quando reconhecemos as obras do Senhor as nossas vidas a alegria toma conta do nosso ser e nos faz pessoas agradáveis a Ele e ao nosso próximo. As pessoas terá prazer em relacionar-se conosco.

II. Devemos reconhecer Seu imenso poder (5-8)

Ao olharmos para cima em verdadeira adoração, nos faz, não somente alegres, mas também desperta em nós um sentimento de reverência diante da grandeza de Deus! Em contraste com aqueles que são cegos a tudo isto, seremos pessoas sensíveis a majestade do Senhor. Pois ele é exaltado não somente hoje, mas para sempre. Isto nos conduz ao ponto seguinte:

III. Nossa confiança em Deus não deve se ater somente ao presente (12-15)

Agora o salmista deixa o passado e o presente e olha para o futuro, para o que ainda acontecerá.

Florescer é o mesmo que brotar. Aqui são mencionados dois tipos de arvores graciosas, fortes e majestosas: a Palmeira e o Cedro. Estes adjetivos lhes são dirigidos não somente pelo que são em si, mas pelo lugar de honra que ocupam. Estão na casa do Senhor. Ou seja, estão na presença do Senhor Deus.

Estar na presença do Senhor não nos livra das condições naturais da vida. Não significa que teremos eterna juventude. O salmo diz que mesmo na velhice, a pessoa que rende graças a Deus ainda manifesta o verdor da vida. Ainda produz fruto, não se torna em um inútil. Continuará falando da justiça do Senhor.

Outro ponto importante a destacar é a afirmação: o Senhor é a minha Rocha. Ou seja, a existência do salmista não se baseia nas circunstancias. O alicerce da sua existência é o Criador do universo, Deus.

Isto nos leva de volta a tônica do Salmo que não é a contemplação das nossas perspectivas, e, sim, o louvor a Deus. A ação de graças ao sustentador das nossas vidas.

IV. CONCLUSÃO

Os versículos iniciais nos convidaram ao louvor com os nossos lábios; os finais, nos convidam a louvá-Lo com as nossas vidas. Não devemos nos preocupar apenas em falar, mas também em ser.

Não devemos apenas falar em gratidão, mas devemos ser gratos ao Senhor por mais esta vitória que vocês alcançaram. Seja agradecido e você verá como novas perspectivas se abrirão diante dos seus olhos. Apegue-se a Deus e Ele o ajudará a ter um coração grato, um coração satisfeito, um coração alegre.

Agostinho de Hipona disse que fomos feitos para Deus e não achamos descanso enquanto não nos voltamos para Ele.

Volte-se para Deus e agradeça. Ele alegrará o seu coração.

Jabesmar A. Guimarães

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