ME PERGUNTARAM E RESPONDI

Caro Vinicius, A Igreja Universal, que é composta de todos os santos é o corpo de Cristo. As igrejas locais são expressões deste mesmo corpo em determinada localidade. Ou seja, uma igreja local sozinha não tem todos os membros do corpo de Cristo, pois em uma mesma cidade há várias igrejas locais e isto em quase todos os países do mundo. Portanto, apesar de expressar localmente o corpo de Cristo, cada igreja local é parte e não o todo de Seu corpo.

Caro Igor, Neste versículo Tiago está se referindo aos que se desviaram da verdade. Isto pode se aplicar ao cristão ao cristão professo que na realidade não nasceu de novo ou ao cristão nascido de novo que tenha caído em algum pecado e que, portanto, deve ser reintegrado à comunhão na igreja. Isto em si já responde sua pergunta, pois mostra que é possível resgatar do erro um irmão desviado das verdades contidas na Palavra de Deus e salva-lo de viver no erro.

Há os que creem que estes materiais preciosos são literais e os que creem que eles são figurativos. Estes últimos chegam ao ponto de afirmar significados espirituais para cada um deles. Minha opinião é que não podemos ser dogmáticos a respeito deste assunto, pois podem ser reais ou figurados. A minha preocupação não é se são figurados, mas a s interpretações que dão significado extra bíblicos aos materiais. Creio que não devemos ir além daquilo que a Bíblia diz. Quando eu era criança e frequentava a classe de crianças havia uma professora que queria nos atrair ao céu pelo fato que lá andaríamos em ruas de ouro etc. Para ser sincero eu achava meio sem graça aquela estória de andar pisando em ouro. Na minha mente não fazia a mínima diferença pisar o ouro ou o chão batido. Na verdade eu acho que preferiria o último, principalmente depois de uma boa chuva! Tenho para mim que a Nova Jerusalém terá sim todos os materiais descritos e será linda! Mas, para mim, a questão principal na Nova Jerusalém não é sua riqueza, mas a bendita presença do nosso Senhor ali. Isto sim dá imensurável valor àquela cidade. E mais, mostra que diante da sobre-excelente glória do nosso Senhor o ouro e outras preciosidades não servem senão para serem usados como material de construção.

Começarei a responder sua pergunta com a definição que o Aurélio dá para a palavra sensitivo. Vejamos: Sensitivo [Do lat. *sensitu, por sensus, part. pass. do v. lat. sentire, ‘perceber pelos sentidos’.] Adjetivo. 1.Relativo ou pertencente aos sentidos. 2.Que tem a faculdade de sentir: órgão sensitivo. 3.Que se faz sentir; que produz impressão. 4.Fisiol. Que tem a capacidade de receber estímulo (1). ~ V. nervo —. 5.Fig. V. sensível (8). Substantivo masculino. 6.Fig. Indivíduo sensitivo (4). Podemos ver que no sentido fisiológico da palavra todos os seres vivos são “sensitivos”, pois podem perceber várias coisas através dos sentidos. Contudo não creio que este seja o viés da sua pergunta. Creio que esteja se referindo aquelas pessoas que se dizem sensitivas no sentido de perceber presenças espirituais que as outras nem ao menos notam. Então responderei a partir da minha suposição. Normalmente a palavra sensitivo traz a nossa lembrança coisas ligadas ao espiritismo. No espiritismo há aqueles que dizem poder sentir a presença de espíritos e alguns, segundo a doutrina espírita, teriam tal grau de sensibilidade ao ponto de discernir se o espírito é bom ou mau. Há também aquele tipo de sensitivo que poderia se comunicar com os espíritos dos mortos. Pois bem, sua pergunta é se existem cristãos sensitivos. Eu respondo que não! Não existe na doutrina bíblica nenhum exemplo de um irmão ou irmã sensitiva. Contudo, estou ciente que em algumas igrejas que se dizem evangélicas, que, pelas suas práticas, mais parecem um centro espírita, pessoas que agem como se tivessem poderes especiais de contactar e MANIPULAR o além. Em tais “igrejas” estas pessoas são tidas em tão alta conta que acabam por ter mais autoridade do que os próprios líderes. A verdade minha irmã, é que não creio ter cristãos nascidos de novo que possam ter o “dom” da sensitividade. Até creio que haja irmãos com o dom de Discernimento de Espíritos (cf. 1 Co 12:10), mas isto não tem nada que ver com ser sensitivo. Quanto ao dom de discernimento de espíritos veja o que nos diz o Comentário Ritchie do Novo Testamento: “Isto se refere ao dom de discernir se a mensagem era do Espírito Santo, ou se era de um espírito maligno, apresentada de tal maneira a parecer vir de Deus. Uma ilustração disto se encontra em Atos 16:16-18, onde a mensagem pronunciada pela jovem parecia genuína, mas Paulo discerniu que ela estava endemoninhada. Paulo no V. 3 deste capítulo, e João em 1 João 4:2,3, dão testes para descobrir a origem de qualquer ensino. Porem, parece que este dom era dado para discernir o espírito atrás da mensagem quando, aparentemente, parecia ser genuíno, como em atos 16” (Volume 7; p. 188). A segunda parte da sua pergunta é: “e até que ponto isto é bom?” Não creio que seja bom em nenhum sentido. Muita confusão tem sido causada nas igrejas por pessoas assim. Vejo por exemplo muitos absurdos sendo cometidos por orientações de tais pessoas. A liderança que dá espaço a este tipo de coisas na igreja local vai pagar um preço alto, pois acabará por ficar refém de tais pessoas. Sei de um caso em que um membro de uma igreja voltada para estas práticas. Este homem encontrava uma pessoa na rua e lhe contava detalhes da sua vida e dizia fazer isto pelo poder de Deus. Tempos depois este mesmo homem, que usava este poder sensitivo para “evangelizar”, ficou possesso de um espírito imundo. Isto mostra que o aquilo que ele praticava era ADIVINHAÇÃO e o praticava não pelo poder de Deus, pois ao ficar endemoninhado mostrou que não era um nascido de novo. A adivinhação é condenada pela Bíblia (cf.Dt 18:9-12; Lv 19:31), mas, apesar disto, em algumas igrejas os adivinhos, não são repreendidos. Em lugar disto, são colocados em lugar de destaque, pois atraem audiência para o espetáculo que erradamente é chamado de culto. É pela história acima, e por várias outras, que não creio que haja cristãos sensitivos. O nosso inimigo é muito astuto e não perderá a oportunidade de imitar as obras de Deus para confundir e desviar o povo de Deus da simplicidade da fé cristã.

Caro irmão Filipe, O termo iniquidade abrange significados tais como ilegalidade, maldade, perversidade. As pessoas podem atingir tal grau de iniquidade ao ponto de se deleitar no erro. “O homem iniquo totalmente perverso, encontrando um deleite pecaminoso na prática da perversidade (Pv 21:10)” (O Novo Dicionário da Bíblia). Já os termos pecado e transgressão são praticamente sinônimos. A definição clássica do termo pecado é errar o alvo. “A característica mais notável do pecado, em todos os seus aspectos, é que é orientado contra Deus” (O Novo Dicionário da Bíblia). Ou seja, quem peca transgride e quem transgride peca. Transgredir é passar além daquilo que é certo. Isto é pecado Praticar a iniquidade também é pecar. De forma que estes três termos tem uma ligação bem forte uns com os outros.

Caro Lucas, Creio que cabe a igreja disciplinar qualquer conduta errada de um membro. Deslizes na área moral, maledicência, mentira, rebeldia etc. devem ser tratados dentro da igreja entre os irmãos. Isto é fato. Mas ao se tratar de atitudes criminosas que vão contra as leis do nosso país é outra coisa. Sei do caso de um homem que abusou sexualmente de duas crianças que eram suas enteadas e a igreja tratou disto apenas no âmbito eclesiástico e ficou por ai. Ou seja, esta igreja agiu da forma pela qual a sociedade mundial tanto tem criticado a Igreja Católica Apostólica Romana. Ou seja, tratou de um crime previsto em lei apenas dentro do círculo eclesiástico. A punição dele foi passar um tempo em disciplina, afastado da comunhão e ministério, para depois seguir a vida numa boa, tanto no âmbito eclesiástico como no social. Já as duas pessoas que foram abusadas sofreram e certamente ainda sofrem as implicações psicológicas daquela atitude covarde e criminosa. Acho que já deu para você perceber que sou contra a igreja tratar de crimes apenas no âmbito eclesiástico, pois isto significa acobertamento e cumplicidade com o erro. Mas alguns dirão que é falta de amor deixar um irmão ir preso, pois a prisão é uma punição muito cruel etc. Isto é verdade, mas não pode ser usado para o acobertamento de crimes por um crente. Como todo cidadão, também o cristão deve responder pelos seus atos, pois todos nós, e muito mais o crente, sabe exatamente o que é certo e o que é errado. Paulo encontrou com Onésimo em Roma e tudo lá Onésimo se converteu. Tudo indica que Onésimo era um escravo que havia fugido e roubado o seu dono. Dentro das leis do Império Romano isto era um crime passível de morte. Qual foi a atitude de Paulo? Ele encobriu isto? Não!! Ele instruiu Onésimo a voltar para a casa do seu senhor e arcar com as consequências dos seus atos (cf. Filemon). Pedro escreveu: “Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem” (1 Pe 4:15). Ou seja, ele deixa claro que é possível o crente sofrer por suas atitudes erradas. Quando a Bíblia nos exorta a não levar o irmão perante tribunal humano, ela está se referindo a questões de âmbito pessoal. Desavenças, calúnias e provavelmente dívidas. O texto está assim: “Aventura-se algum de vós, tendo questão contra outro, a submetê-lo a juízo perante os injustos e não perante os santos?” (1 Co 6:1 – negrito meu). Já avisei na igreja onde sou um dos líderes que, no que depender de mim, crimes não serão acobertados. E se eu for chamado a depor falarei exatamente tudo àquilo que tiver chegado ao meu conhecimento. Somos o povo da verdade e a verdade deve prevalecer acima de tudo.

Cara irmã, Apesar de não haver muitas indicações sobre este período, entendo, segundo as Escrituras, que o espírito do Senhor Jesus esteve em atividade durante os três dias nos quais seu corpo esteve na sepultura. Veja só o que escreveu o apóstolo Pedro: “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão” (I Pd 3:18,19 – negrito meu). Juntando o texto de Pedro com o que Paulo escreveu a igreja de Éfeso podemos tirar algumas conclusões. Vejamos o texto: “Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens. Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido às regiões inferiores da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas.” (Ef 4:8-10 – negrito meu). Sei que não posso ser dogmático, pois há várias opiniões sobre o texto de Pedro. Contudo, a conclusão a qual cheguei é a de que Jesus foi ao Seio de Abraão (cf. Lc 16:22-26) e proclamou sua vitória aos espíritos dos crentes do Antigo Testamento que colocaram sua esperança no Messias (no Cristo – o Ungido) e, tirando-os daquele lugar provisório, levou-os para o céu.

Caro Cléber, É certo que o Senhor deixou como instrução para o povo de Israel para que os leprosos não habitassem juntamente com as pessoas sãs. Isto se deve ao fato de que a lepra é contagiosa. Com esta ordem Deus não estava perseguindo os leprosos, antes, estava evitando que a doença se tornasse uma praga a atingir muitas pessoas. Nos tempos bíblicos o diagnóstico de lepra era como uma sentença de morte e poderia ser comparado como o recebimento do diagnóstico de um câncer maligno nos dias de hoje. “Uma vez que o homem fosse estigmatizado como “leproso”, devia adotar uma postura de quem está de luto, deixando desgrenhados os seus cabelos, cobrindo a barba ou o bigode, e clamando: “imundo!” Devia viver fora do arraial, ou talvez em companhia doutros “leprosos” (cf. 2 Rs 7:3), mas sua existência nada mais era do que uma morte viva” (Levítico, Introdução e Comentário; R. K. Harrison, pg. 133). Veja alguns textos bíblicos que tratam do assunto em relação ao povo de Israel: “As vestes do leproso, em quem está a praga, serão rasgadas, e os seus cabelos serão desgrenhados; cobrirá o bigode e clamará: Imundo! Imundo! Será imundo durante os dias em que a praga estiver nele; é imundo, habitará só; a sua habitação será fora do arraial” (Lv 13:45, 46). “Ordena aos filhos de Israel que lancem para fora do arraial todo leproso, todo o que padece fluxo e todo imundo por ter tocado em algum morto; tanto homem como mulher os lançareis; para fora do arraial os lançareis, para que não contaminem o arraial, no meio do qual eu habito” (Nm 5:2,3). “Assim, ficou leproso o rei Uzias até ao dia da sua morte; e morou, por ser leproso, numa casa separada, porque foi excluído da Casa do SENHOR; e Jotão, seu filho, tinha a seu cargo a casa do rei, julgando o povo da terra” (2 Crônicas 26:21). Vemos, portanto, que não há elementos bíblicos para responder a todas as suas perguntas. Vemos que eram mandados para fora do acampamento (arraial) ou da cidade, conforme o caso, mas não podemos saber ao certo se era para um lugar específico e se haviam regras de convivência neste suposto local. Quanto a voltarem para ver a família também não se pode ter certeza. Mas me parece que isto seria tido como inapropriado devido às regras explicitadas em Levíticos e também pelo perigo de contagiar seus entes queridos, o que certamente evitaria fazer. Em alguns filmes de cunho bíblico como Ben Hur e outros, nos é mostrado de uma espécie de colônia onde os leprosos viviam, mas não posso assegurar a exatidão histórica de tais filmes.

Haiko, De certa forma esta pergunta já foi respondida consulta 1 e consulta 2. Opressão difere um pouco de tentação. Tentação demoníaca é quando estes seres espirituais do mal atacam direta ou indiretamente o crente tentando levá-lo a cometer um pecado. Basta ver a tentação do Senhor Jesus quando Satanás em pessoa quer induzi-lo ao erro. Ananias e Safira também foram tentados por Satanás a mentir para a igreja e pagaram com a própria vida (cf. Atos 5:1-10). O termo opressão não aparece na Bíblia para designar uma atividade demoníaca, mas o conceito pode ser percebido. Opressão é quando os demônios se aproveitam do fato do crente estar passando por dificuldades para tentar atrapalhar sua vida. Em alguns casos, a pessoa oprimida é colocada sob uma pressão lhe o sossego e também pode acontecer que ela fique angustiada, não consiga dormir bem etc. Um crente com pecado escondido pode dar lugar para que o inimigo o oprima e lhe roube a alegria e o gozo. Você pergunta: “O que fazer para nos libertarmos desta opressão?” Para libertar-se tanto da opressão como da tentação a Bíblia nos exorta: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7). “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Efésios 6:13).

Ronei, A Palavra de Deus é composta do Antigo e Novo Testamentos e em ambos Deus não obriga ninguém a nada. O que Ele faz é dizer o que é a Sua vontade para o homem e apresentar as conseqüências para o obediência e para a desobediência. É óbvio que a obediência resulta em aprovação por parte de Deus e em conseqüências boas, bem como, a desobediência resulta na sua desaprovação e conseqüências ruins. O Antigo Testamento aponta para o Messias prometido inicialmente no Jardim do Éden (cf. Gn 3:15), promessa esta que foi “expandida” no restante do Antigo Testamento. Então ao antigo Testamento deve ser lido e pregado a partir desta perspectiva. É obvio que há práticas do ritualismo Veterotestamentário que não são para a Igreja de Cristo. Contudo, há no antigo Testamento alguns princípios que são chamados de “Princípios Eternos” os quais podem ser aplicados a nossa vida como crentes do século XXI. Devo ressaltar, porém, que os princípios que regem a Igreja estão no Novo Testamento, em especial nas Epístolas. Elas foram escritas para a Igreja e nelas encontraremos as diretrizes para o seu bom funcionamento.

Irmão Vanison, Sua resposta já está inserida na sua pergunta quando você escreveu: “a Bíblia não relata o que houve com ela após ter blasfemado contra Deus”. O silêncio da Bíblia sobre a mulher de Jô não nos permite fazer nenhuma afirmação sobre o que aconteceu com ela depois desta infeliz intervenção. O próprio Jô só é citado em outros dois livros da Bíblia. Um do Antigo e outro do Novo Testamento (Ez 14:14,20 e Tg 5:11). Contudo, posso fazer algumas suposições sobre o que teria acontecido a ela depois daquela terrível tempestade existencial que o casal enfrentou. O livro de Jô nos informa que depois de tudo a vida dele voltou ao normal. Teve a saúde restaurada, os bens dobrados (cf. Jó 1:3 e Jó 42:12) e outros sete Filhos e três filhas. Pois bem, como não há no texto nenhuma sugestão de que Jô seria bígamo ou polígamo, creio que estes últimos filhos e filhas ele foram dele e da sua mulher. Nossa primeira reação é achar que, por tal blasfêmia, a mulher de Jó deveria ser instantaneamente fulminada por raios celestiais. Ainda bem que Deus não é como nós; Ele é longânimo, perdoador e só Ele conhece exatamente a dor a qual mulher foi submetida. Conheço pessoas, algumas delas crentes, que por muito menos do que aconteceu com a mulher de Jó, até mesmo por coisas tolas, revoltam-se contra Deus e até mesmo os que blasfemam na cara dEle! Não estou justificando a atitude louca e irresponsável daquela mulher, mas se lembrarmos que, em questão de horas, talvez minutos, ela havia saído da riqueza para a pobreza e, pra completar a desgraça, tinha perdido sete filhos e três filhas. Lembremos que mesmo ante esta terrível tragédia, até onde sabemos, ela agüentou firme. Algum tempo depois ela vê seu pobre marido coberto de tumores (cf. Jó 2:7) de tal forma que, de tanto que fedia, nem mesmo seus irmãos queriam chegar perto dele. Seu hálito tornou-se pútrido e insuportável (cf. Jó 19:17). Então ela perde a estrutura e comete o desatino de fazer tal sugestão ao seu marido. Portanto, querido irmão, eu entendo que depois de passar a tempestade, o Senhor tratou com a mulher de Jó e juntamente com seu marido formaram outra família e tocaram a vida pra frente. No temor e amor do Senhor,

Cara irmã Midian, Não espere encontrar na Bíblia um versículo liberando ou condenando a colocação de prótese de silicone nos seios. Nos tempos bíblicos este tipo de cirurgia, bem como o silicone nem existiam. O Novo Testamento não é um livro com regras e sim com princípios, sendo um deles o da decência, por exemplo. Então, seguirei o Critério do Princípio e não o das regras. É possível que a motivação da maioria das moças e mulheres que colocam silicone nos seios seja a de despertar desejo nos homens. Nossa sociedade é cheia de modismos e hoje em dia a moda dita que a mulher tem que ter seios grandes. Já te disse que não tenho resposta pronta para seu questionamento. Contudo, algumas perguntas podem servir para nos orientar. Como cristãos sinceros, qual deve se nossa postura neste tipo de situação? É lícito? Caso seja lícito, vem a segunda pergunta: Convém? Para mim a principal pergunta é: Qual é a motivação para se tomar tal atitude? Sim, porque penso que Deus julgará mais a nossa motivação do que propriamente nossas atitudes. Ou seja, com que motivação tomei esta ou aquela atitude? Estou ciente que às vezes é preciso lançar mão de próteses por uma questão de estética, para a correção de um defeito físico. Defeito este que pode ter sido causado por acidente, um câncer ou mesmo defeito de nascimento. No caso de seios, pode ser que a pessoa tenha sofrido algum tipo de intervenção devido a tumores etc. Pode acontecer também que uma mulher tenha tido algum tipo de problema precoce nos seios. O que fazer nestas situações e outras parecidas? Ficar do jeito que está ou lançar mão dos recursos da medicina moderna para resolver o problema? É minha opinião que nos casos acima, caso a pessoa tenha condições pode sim lançar mão da prótese para melhorar sua imagem. Por qual motivo ficar sofrendo ou complexada se existe uma solução? Agora vou entrar em águas mais turvas, mas não me furtarei de emitir opinião. Há casos que o marido, eu disse MARIDO, gostaria que a esposa colocasse uma prótese por uma questão que lhe é pertinente. Ele chega pra ela e fala isto. O que a esposa deve fazer? É minha opinião que, sendo de consentimento mútuo, não maiores problemas, visto que esta cirurgia, ao contrário da lipoaspiração, não tem praticamente risco algum. Um segundo caso seria o de uma jovem que não teve o desenvolvimento normal dos seios e se sente constrangida devido a esta situação. Creio que ela deve conversar com seus pais (eu disse PAIS e não coleguinhas) para verem a possibilidade de se corrigir o problema. Eu poderia ficar aqui citando várias outras possibilidades nas quais eu consideraria legítima a colocação de prótese de silicone nos seios. Contudo ficarei apenas nestas, pois considero que com elas já apontei “o caminho das pedras” para aquelas mulheres que enfrentam problemas nesta área. Gostaria de citar mais explicitamente a situação que creio ser a mais comum. Ou seja, a mulher tem seios normais, mas para ficar mais atraente (para não usar outro adjetivo) coloca enormes próteses de silicone nos seios e sai por ai com decotes ousados com a finalidade de despertar desejo nos rapazes (o caso do decote ousado aplica-se também a todas as irmãs). Que tipo de mulher quer atrair pretendentes pelos dotes físicos? Qual são os valores deste tipo de mulher? Ela se julga uma pessoa ou um pedaço de carne ambulante? A segunda pergunta minhas queridas irmãs é: Que tipo de rapaz você atrairá ao agir assim? É certo que você atrairá alguns, mas que tipo de homem olha mais para o corpo de uma mulher do que para o seu caráter? Respondo: São os homens que pensam que a mulher é um objeto para satisfazer seus desejos. É com este tipo de homem que você gostaria de casar? O que acontecerá quando o seu corpo sofrer as conseqüências normais do tempo? É possível que algumas irmãs mais, digamos, conservadoras estejam de cabelos em pé com o irmão Jabesmar. Talvez estejam pensando: “como pode ele abrir exceção nesta área? Ó céus!!!” Digo isto por conhecer irmãs que condenam a colocação de prótese dizendo que a pessoa tem que se satisfazer com aquilo que Deus deu a ela, com o que concordo no que se refere a maioria dos casos (espero ter deixado isto claro nos casos acima). Mas noto que algumas destas mesmas irmãs esticam o capelo carapinha (também conhecido como pixaim), que Deus lhes deu. Algumas outras que tem cabelos encaracolados, que Deus lhes deu, fazem a tal da chapinha, pelúcia, escova de chocolate (pasmem) etc. Ainda há aquelas que pintam os cabelos negros ou castanhos, que Deus lhes deu, de loiro. Sem falar em jóias, bijus, batons etc. Reconheço que há uma distância consideravel emtre uma ciruria e um alizar de cabelos etc., mas o princiípio da satisfação com o que Deus deu” é quebrado em ambos os casos. Existem outros exemplos de modificações, mas pararei nestes. Contudo, a verdade é que condenam em outros aquilo que elas mesma praticam e caem em contradição. Friso que não sou contra o embelezamento e nem antiestético, mas também não sou a favor do que chamarei de esteticolatria (idolatria dos aspectos físicos – neologismo?). Creio que com bom senso e equilíbrio há lugar para estas coisas. Admiro a beleza e não acho que as mulheres não possam se cuidar. Bem espero ter, de alguma forma, ajudado as irmãs que lutam com dúvidas sinceras neste assunto. Espero sinceramente ter esclarecido e não confundido.

Caro irmão Jesué, Creio que a resposta a esta questão depende principalmente da motivação com a qual a pessoa pratica artes marciais (Caratê, Judô, Jiu-jítsu, luta Greco-romana etc.). Sé a prática é apenas como esporte não vejo maiores problemas. Mas se a pratica é para poder brigar e se dar bem, então eu entendo que é errado. Outra coisa que se deve observar é que se o professor faz alguma ligação entre o esporte e práticas esotéricas. Neste caso seria aconselhável ao cristão procurar outro professor que ensine puramente as técnicas do esporte. Então, se o cristão pratica e ensina artes marciais, bem como defesa pessoal, puramente como esporte, é meu entendimento que é lícito sim. Está mais que comprovado que as atividades físicas fazem bem para nosso corpo e evitam uma série de complicações. Talvez alguém, com razão, esteja lembrando-se do versículo registrado em I Timóteo 4:8 que diz: “Pois o exercício físico para pouco é proveitoso, mas a piedade para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser.” Neste caso temos que entender a que tipo de exercício físico o apóstolo Paulo está se referindo. Será que ele era contra o atletismo? Antes de responder vejamos outros versículos escritos pelo apóstolo: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa* corruptível; nós, porém, a incorruptível. 1 Coríntios 9:26 Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar” (1 Coríntios 9:24,25).“Igualmente, o atleta não é coroado se não lutar segundo as normas” (2 Timóteo 2:5). Basta observar o contexto para ver que Paulo usa o atletismo como exemplo positivo. Ou seja, para Paulo há princípios no atletismo que podem ser aplicados à vida cristã. Ele menciona diretamente o corredor e o lutador. Só para citar um exemplo, assim como o atleta se aplica no treinamento para alcançar seus objetivos, assim também o cristão deve se aplicar para sua “corrida” cristã rumo ao prêmio da soberana vocação. Também deve estabelecer metas para seu ministério (corrida) e não sair “atirando” pra tudo que é lado (golpeando o ar). Poderíamos nos aprofundar mais ainda nas implicações e aplicações dos textos em questão, mas para o presente propósito já é o suficiente. Só para complementar cito outros autores bíblicos que usam o esporte num contexto positivo: “Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta” (Hebreus 12:1).“Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa* da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam” (Tiago 1:12).“Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa* da glória” (1 Pedro 5:4). Feito este longo parêntese voltemos ao versículo no qual Paulo afirma que o exercício físico para pouco é proveitoso. O que exatamente ele estava dizendo? Como sempre, precisamos ver o contexto no qual o versículo está inserido. Ou seja, qual é o assunto do qual Paulo está tratando anteriormente? A chave para entender o versículo está no versículo três onde ele descreve o tipo de exercício físico ao qual se refere. Não se casar (voto de castidade) e abstinência de alguns tipos de comida. Ou seja, privar o corpo através de exercitar as coisas citadas. A Bíblia chama isto de ascetismo. Vejamos:“Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem. Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade” (Colossensses 2:20-23). Com isto espero ter deixado claro a que tipo de exercício físico Paulo estava se referindo. Ele se referia a tentativa de se alcançar espiritualidade. Isto é comum em muitas religiões onde os adeptos se privam de várias coisas com o intuito de vencer o pecado. No versículo acima Paulo diz que isto é inútil contra a sensualidade (desejos da carne). Então Paulo diz que este tipo de exercício tem muito pouco valor. Por isso ele incentiva que Timóteo exercite-se na piedade, pois ela, como exercício espiritual, tem um proveito imensamente superior não só aqui como também para a eternidade. * A coroa mencionada pelos autores bíblicos é a coroa de louros a qual era colocada na cabeça do vencedor (ver também Tiago 1:12). Obs.: Negritos meus.

Caro Rafael, Esta é mais um dos problemas relativos a tradução de palavras de outras línguas para o português, no presente caso do hebraico e do grego. A questão aqui é que a tradução para “baleia” é mais uma interpretação do que uma tradução propriamente dita. Já me explico. Tanto a palavra hebraica (AT) como a palavra grega (NT) são termos genéricos usados para referir-se a um grande peixe e não necessariamente a uma baleia. O que creio é que se partiu do conhecimento atual para “impor” a palavra baleia ao texto. Como na época da tradução, assim como hoje, o maior ser marinho conhecido era a baleia, é possível que os tradutores tenham pensado que o tal grande peixe só poderia ser uma baleia e assim optaram pelo termo. Mas o correto é traduzir e não interpretar e, assim sendo, a tradução correta é grande peixe e não baleia. O seu segundo questionamento “é se realmente existia o conceito de baleia e mamíferos na época em que foi escrita a essas passagens?” Estou convencido que tanto na ocasião de Jonas quanto no I século os homens ainda não sabiam que a baleia na verdade não é um peixe e sim um mamífero. Esta é uma descoberta recente na história da humanidade. Mesmo porque na ocasião não se tinha equipamentos para se realizar este tipo de pesquisa.

Irmão Ângelo, Biblicamente tem fundamento crer e anunciar que a terra será consumida em chamas. Os profetas do Antigo Testamento previram isto e o Novo Testamento reforça a previsão deles. “Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz. Portanto, farei estremecer os céus; e a terra será sacudida do seu lugar, por causa da ira do SENHOR dos Exércitos e por causa do dia do seu ardente furor” (Isaías 13:10,13). “Todo o exército dos céus se dissolverá, e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu exército cairá, como cai a folha da vide e a folha da figueira” (Isaías 34:4). “Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados” (Mateus 24:29). “Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade” (2 Pedro 3:10,11). “esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão” (2 Pedro 3:12). “as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes, e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar” (Apocalipse 6:13,14 – em relação à Grande Tribulação). Há, portanto, indicações bíblicas que a Terra será consumida por altas temperaturas ao ponto de derreter a matéria contida nela. Sabemos que a bomba atômica libera um calor tal que faz com que os elementos literalmente se derretam e até mesmo se desintegrem. Ora, se o ser humano pode criar tal coisa, o que seria para o Deus todo poderoso fazer com que este mundo seja consumido por chamas com alto grau de temperatura? No amor e temor de Cristo.

Vera, Você encontra o termo nas seguintes passagens: Isaías 49:26 “Sustentarei os teus opressores com a sua própria carne, e com o seu próprio sangue se embriagarão, como com vinho novo. Todo homem saberá que eu sou o SENHOR, o teu Salvador e o teu Redentor, o Poderoso de Jacó.” Oséias 9:2 “A eira e o lagar não os manterão; e o vinho novo lhes faltará.” Mateus 9:17 “Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam.” Marcos 2:22 “Ninguém põe vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos.” Lucas 5:37, 38 “E ninguém põe vinho novo em odres velhos, pois o vinho novo romperá os odres; entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos e ambos se conservam.” Nos textos do Antigo Testamento vinho novo significa o vinho recém extraído da uva. Nas vezes em que aparece no Novo Testamento a expressão surge dos lábios de Jesus. Para entender o significado aqui é preciso que eu me estenda um pouco. Jesus começa a falar de coisas velhas e coisas novas, costumes antigos e costumes novos. Para tanto Ele recorre a duas coisas bem comuns a um lar judeu do Oriente Antigo. Uma é a prática de remendar as roupas velhas que se rasgaram. Ele nos diz que ninguém corta um pedaço de uma veste nova para remendar uma roupa velha. Isto seria uma inutilidade, pois além de estragar a roupa nova o remendo não combinaria com a velha. O prejuízo seria duplo, pois ambas ficariam inutilizadas. Em Marcos 2:21, Jesus fala que um pedaço de pano novo usado como remendo em uma roupa velha faria com que o conserto ficasse pior que o estrago. Devido a sua maior resistência o pano novo faria com que o velho se rasgasse e assim o buraco ficaria maior ainda que o original. A outra ilustração vem dos odres e do vinho que neles eram guardados. Entenderemos melhor a ilustração se soubermos como eram confeccionados os odres. Um animal (normalmente uma cabra) era morto e eles removiam a carne e os ossos deixando seu couro intacto. Então, depois de devidamente tratado, ele era usado como recipiente para líquidos, inclusive o vinho. Quando novos, aqueles odres eram bastante maleáveis e elásticos. Com o passar do tempo eles se ressecavam e se submetidos a uma nova pressão rompiam-se. No que se referia ao armazenamento do vinho a não observância desta regra levava ao rompimento do odre e a conseqüência perda do vinho. Por isso Jesus é enfático: “vinho novo deve ser posto em odres novos e ambos se conservam”. O que o Senhor quer deixar claro com estas ilustrações e que Ele não veio remendar o judaísmo e nem moldar a Sua mensagem e comportamento aos velhos odres da religiosidade judaica. Ele veio trazer um vinho novo e o vinho que trouxe deve ser acondicionado em odres novos. Não é sem razão que Jesus não era visto com bons olhos pelos líderes religiosos da sua época. Ele era visto como um revolucionário que estava mudando as tão queridas tradições da religião judaica. Era isso que os incomodava! A verdade é que o Senhor sabia que o Seu ensino não estaria em conformidade com o gosto dos líderes religiosos. A alguém que já se acostumou a beber o vinho velho nem ao menos quer se dar ao trabalho de experimentar o vinho novo. O velho é que é o bom, ele diz. Está tão acostumado e satisfeito com o velho que nem ao menos se dá ao trabalho de parar por um momento sequer para avaliar o sabor do novo. Portanto, creio que no Novo Testamento, vinho novo era uma analogia de Jesus ao cristianismo que era uma mensagem nova e que não poderia ser apresentado no velho formato do judaísmo. A mensagem de Jesus era como que vinho novo e, como tal, não poderia se adequar à “camisa de força” da religião judaica com seu legalismo estreito recheado re regras e mais regras. Era uma mensagem nova e precisava ser acondicionada em recipientes novos. Ou seja, era preciso romper o elo com o judaísmo para receber a mensagem salvadora de Cristo. No amor e temor do Senhor. Veja mais sobre o assunto em: https://jabesmar.com.br/estudos/evangelho.html

Lurdes, Não sei exatamente o que significa para você uma doença espiritual. Para mim seria uma doença de origem demoníaca e é a partir desta suposição que tentarei responder a sua pergunta. Temos na Bíblia alguns casos de doença de origem demoníaca. No Antigo Testamento, de imediato me veio à mente a perturbação que Saul teve devido a um espírito maligno. Veja abaixo: “Tendo-se retirado de Saul o Espírito do SENHOR, da parte deste um espírito maligno o atormentava. Então, os servos de Saul lhe disseram: Eis que, agora, um espírito maligno, enviado de Deus, te atormenta” (I Samuel 16:14,15). “No dia seguinte, um espírito maligno, da parte de Deus, se apossou de Saul, que teve uma crise de raiva em casa, Saul, porém, trazia na mão uma lança, que arrojou, dizendo: Encravarei a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele por duas vezes” (I Samuel 18:10, 11). Vemos que a enfermidade de Saul era de origem demoníaca. É certo que suas crises depressivas, o ciúme excessivo e a violência eram também ocasionados por estar ciente da sua rejeição como rei. Mas é certo que seus problemas mentais também eram provocadas por um espírito maligno. Temos também no Novo Testamento alguns casos de enfermidades de origem espiritual maligna. Vejamos e citarei duas: “E, quando chegaram para junto da multidão, aproximou-se dele um homem, que se ajoelhou e disse: Senhor, compadece-te de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras muitas, na água. Apresentei-o a teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo. Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui o menino. E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino; e, desde aquela hora, ficou o menino curado” (Mateus 17:14-18 – negrito meu). “De outra feita, estava Jesus expelindo um demônio que era mudo. E aconteceu que, ao sair o demônio, o mudo passou a falar; e as multidões se admiravam” (Lucas 11:14 – negrito meu) A palavra grega que foi traduzida por lunático era “seleniázomai”(σεληνιάζομαι) e indicava a pessoa que tinha crises muito parecidas com a epilepsia. Daí algumas versões traduzirem o termo como epilético. Alguns dos sintomas sugeridos pelo dicionário da Bíblia Online da SBB são: “vertigem, endurecimento dos membros, queda no chão, convulsão, movimentos de engolir, mordedura da língua, espuma na boca, suores.” Esclareço que nem todo ataque epilético é de origem demoníaca. A ciência já descobriu que eles são provocados por uma espécie de curto circuito no cérebro. Creio que a maioria deles é de origem física. Portanto, não queira o leitor sair expulsando demônios de quem sofre ataques epiléticos. Você a ajudará mais a encaminhando a um médico que a submeta a um eletro encefalograma. Quanto ao caso do mudo. É óbvio que todos os mudos da época de Cristo eram assim por influência demoníaca. Certamente, a maioria, como hoje, eram mudos pelo simples fato de serem surdos. Por não poderem ouvir não tem como prender os sons das palavras e, portanto, não podem emitir sons inteligíveis. Por isso, leitores, não comecem a querer expulsar demônios de tudo que é mudo que aparecer na sua frente! Fiz as observações acima para evitar os exageros que vemos em alguns meios do que é conhecido como meio evangélico. Mas é inegável que existem doenças de origem espiritual. Como então diferenciar uma da outra? Creio que acima de tudo é necessário ter discernimento espiritual. Não se pode atribuir todas as mazelas de uma pessoa a uma ação direta dos demônios. Mesmo o cristão mais espiritual está sujeito a ficar enfermo fisicamente. Temos claros exemplos disto tanto na Bíblia como na história da igreja. Uma primeira dica é que por ser habitação permanente do Espírito Santo de Deus, nenhum cristão pode sofrer o que vimos nos exemplos bíblicos citados. Ou seja, um demônio não pode entrar num cristão verdadeiro provocando ataques e atirando-o ao chão, provocar mudez ou outra enfermidade. A doença na vida do crente pode ter duas origens básicas. Primeiramente a contingência da vida à qual ele também está sujeito. Em segundo lugar, pode se dever também a pecados em sua vida. Pecado que não foi devidamente confessado, abrigar ódio ou ressentimento no coração (falta de perdão) etc. Este segundo caso pode ser um pesar da mão de Deus sobre Ele a fim de quebrantá-lo. Quanto a incrédulos, sua doença pode ser também de origem puramente física, o que creio ser a maioria dos casos, mas também pode ser de origem demoníaca. Ele pode estar sendo vítima de forte opressão ou até mesmo de possessão demoníaca. Não tenho como lhe passar uma fórmula bíblica de como diferenciar uma enfermidade normal de uma espiritual, mas espero ter lhe passado algum conhecimento acerca de casos, os quais lhe ajudarão a diferenciar uma coisa da outra. No amor e temor de Cristo.

Caro irmão Antônio Carlos, Os textos aos quais você se refere são: “Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída [cheia – RC] do Espírito Santo” (Lc 1:41 – colchetes meus). Outro é: “E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo 20:22). Lembre-se que os acontecimentos estão situados antes da inauguração da igreja, ou seja, a igreja de Cristo ainda não se tinha iniciado “oficialmente”, pois isto se deu no dia de Pentecostes. Então não creio que eles sirvam para nos orientar quanto ao recebimento do Espírito Santo e nem quanto ao enchimento pelo Espírito Santo. Lembre-se que neste momento da história a habitação do Espírito Santo ainda não era permanente na vida das pessoas. Havia o que poderíamos chamar de visitação do Espírito Santo, pois apesar dos textos estarem situados num período de transição para a era da igreja, ela ainda não tinha sido inaugurada. No caso de Izabel a iniciativa do enchimento foi do próprio Espírito Santo e parece estar mais ligado ao feto que ela trazia no ventre do que por ela mesma. Foi com a Saudação de Maria que o bebê se moveu no ventre dela e então ela foi “possuída” pelo Espírito Santo e foi no poder e mover dele que ela começou a falar. Já no caso narrado em João creio que os discípulos receberam um tipo de capacitação especial até que o recebessem definitivamente o Espírito Santo, o que ocorreu no dia de pentecostes de uma forma muito mais marcante e permanente. Feitas estas observações passemos a diferenciar o recebimento (ou batismo) e do enchimento (ou plenitude) do Espírito Santo. O recebimento do Espírito Santo se dá no momento no qual a pessoa recebe a Jesus como único e suficiente Salvador. Naquele exato instante em que ela nasce de novo o Espírito Santo passa a habitar no seu corpo. Dentre tantos outros textos destacarei estes: “…em Cristo; em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa” (Ef 1:2b, 13). “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (I Co 6:19). “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito” (I Co 12:13). A partir de então o Espírito Santo passa a fazer morada permanente na vida do salvo. Se o recebimento ou batismo com o Espírito Santo é um ato único na vida do cristão nascido de novo, o enchimento é um processo contínuo. Lemos na Bíblia: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5:18). Ao contrário do batismo com o Espírito, a plenitude do Espírito pode ser experimentada várias vezes (compare At 2:4 com At 4:31). Podemos ficar cheios do Espírito e por causa de pecado, rebeldia etc. podemos perder a plenitude do Espírito Santo. Se a única condição para receber o Espírito Santo é crê em Jesus e o receber como o nosso Salvador, para sermos cheios do Espírito precisamos nos esforçar para ir nos santificando para que assim Ele vá ocupando nosso ser até que experimentemos sua plenitude na nossa vida. Quanto mais submissos a Deus e à Sua Palavra, tanto mais o Espírito Santo ocupará áreas da nossa vida. Quanto mais rebeldes contra Deus a contra a Sua Palavra mais o Espírito Santo ficará sem ação na nossa vida. É por isso que somos exortados a não entristecê-Lo. Vejamos: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Ef 4:30). A escolha de ser ou não cheio, pleno do Espírito Santo de Deus é totalmente nossa. Termino com a observação que o enchimento do Espírito, ao contrário do que vemos em alguns que se dizem cheios dele, jamais gerará soberba na pessoa e sim quebrantamento e humildade. Outra observação que julgo pertinente é que no Novo Testamento o enchimento do Espírito nunca é proclamado pela própria pessoa e sim por terceiros. Não vemos nenhum dos escritores do NT se declarando cheio do Espírito. Outras pessoas é que afirmam isto acerca daquele que estava experimentando a plenitude do Espírito Santo. Vejamos: “Então, Pedro, cheio do Espírito Santo…” (At 4:8 ); “Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo…” (At 7:55); “Porque era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé” (At 11:24). “Todavia, Saulo, também chamado Paulo, cheio do Espírito Santo” (At 13:9).

Júlio, O texto ao qual você se refere é: “Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si” (Gênesis 3:6,7). Procurei ajuda em comentários e enciclopédia de dificuldades bíblicas e não encontrei uma resposta direta para sua pergunta. Ao ler o texto bíblico, tenho para mim que Eva e Adão comeram o fruto praticamente juntos. Primeiro Eva, depois Adão, é verdade, mas isso uma sucessão quase imediata. Ou seja, pecaram juntos! Assim sendo, este “abrir de olhos” teria se dado praticamente no mesmo momento. A narrativa não se ocupa com pormenores, mas creio que podemos afirma com boa margem de acerto que as coisas se deram assim. Creio que o mais importante na narrativa é o fato que, a partir do momento que desobedeceram a Deus, com a maligna motivação de serem como Ele, Adão e Eva perceberam que haviam caído em pecado. O que se segue com a ridícula tentativa de se cobrirem com folhas e o desenrolar da história humana é mais que o suficiente para provar que o ser humano está terrível e profundamente contaminado com o pecado.

Olá irmã Érika! A Bíblia não nos explica o motivo pelo qual Jesus se batizou por volta dos 30 anos de idade, mas podemos fazer algumas suposições que explicam o motivo. É preciso ressaltar que o batismo ao qual o Senhor Jesus se submeteu não é o batismo cristão instituído por Ele mesmo e sim o batismo de João. O batismo de João era a manifestação pública do indivíduo que reconhecia a sua necessidade de arrependimento para assim receber a remissão dos pecados. Então, obviamente, vem a pergunta: pra que Jesus se submeteu ao batismo de João se Ele não tinha pecado nenhum? Ele mesmo nos responde: “cumprir toda a justiça de Deus” (Mt 3:15). Ao ser batizado por João identificou-se com os pecadores que Ele veio para salvar. Ou seja, ele não se batizou para admitir que precisasse arrepender-se, pois nunca havia cometido pecado (em toda sua vida jamais cometeu algum pecado). Feita esta observações que julguei pertinentes ao assunto, passemos as suposições pelas quais ele batizou-se em idade adulta. É notável o fato que o batismo de Jesus marca o início do seu ministério. Após o batismo ele foi tentado por Satanás e logo após obter vitória sobre a tentação começa sua atividade ministerial. De acordo com alguns estudiosos, ou pelo menos uma das causas, para o início do ministério “tardio” de Jesus pode ter sido pelo fato do judeu daquela época só atingir a maioridade aos 30 anos. Assim sendo, ele só teria credibilidade como um mestre após a maioridade. Outra possibilidade é a de que José, o esposo de Maria, tenha falecido e Jesus, como o filho primogênito, tivesse ficado com a responsabilidade de cuidar dos seus quatro meio-irmãos e das suas, pelo menos duas, meio-irmãs (Mt 13:55,56). Contudo, o batismo cristão, este sim instituído por Jesus, deve ser ministrado somente ao que recebe a Jesus como Salvador e Senhor da sua vida. Para aquele que entrega sua vida a Ele confiando somente na Sua obra para a salvação do fogo eterno. Podemos ver, pelos motivos expostos acima, que o fato do Senhor Jesus ter sido batizado aos 30 anos não deve ser usado como desculpa para que pessoas que o receberam como Salvador e Senhor fiquem adiando o testemunho público que deve ser dado através do batismo. Sinceramente eu não consigo entender pessoas que já creram e ficam anos na igreja sem obedecer a ordenança do batismo. O batismo é o passo inicial para tornar público a identificação com Cristo e, na maioria das igrejas cristãs, é a declaração consciente de que a partir deste ato o crente está se ligando oficialmente a igreja local. Ou seja, o passo do batismo deveria ser o resultado natural daquele que recebe a Jesus como único e suficiente Salvador. Qualquer coisa menos que isso é desobediência.

Cara irmã Élia, Conheço o cântico em questão e também já me pus a meditar na letra do mesmo. A mim parece óbvio que ao falar que Deus sonhou pra ele, o autor não está dizendo que Deus dorme. É verdade que a palavra sonho também está ligada ao fato de dormir e sonhar. Mas nem sempre a expressão sonho implica no fato de alguém dormir. Existem situações específicas nas quais o uso deste termo não significa a conseqüência de se ter dormido. Ele também pode significar o desejo, alvo, propósito para si mesmo ou para outro. Vejamos alguns exemplos: 1) O sonho da casa própria. Aqui a expressão tem unicamente o significado de desejo de possuir uma casa que seja nossa; 2) Meu sonho é um dia fazer uma faculdade; 3) Meu sonho é conhecer a Europa; 4) Meu sonho é que meu filho seja um missionário; 5) Sonho com o dia que minha filha se formará em medicina; 6) Sonho em ter um filho obediente e estudioso 7) Sonho do meu pai era que eu fosse bombeiro. Poderíamos citar vários outros exemplos nos quais a palavra sonho não tem nenhuma ligação com dormir, mas creio que estes já são suficientes. Uma vez escrevi um artigo intitulado: “Sonhando os Sonhos de Deus” e em uma das nossas publicações alguém esbravejou dizendo que isto não é possível, pois Deus não dorme e, portanto, não pode sonhar. É o obvio ululante que eu sei disso! Meu artigo era baseado na vida de José é o que eu disse foi que os sonhos de José foram dados por Deus e não que Deus tivesse dormido e sonhado. Mas algumas pessoas parecem desconhecer que às vezes uma mesma expressão adquire significados diferentes dependendo do contexto no qual ela é usada. O cântico diz: Sim, Deus é fiel para cumprir Toda palavra dita a mim Deus é fiel, Deus é fiel Sim, Deus é fiel para cumprir Toda promessa feita a mim Deus é fiel, Deus é fiel Eu não morrerei enquanto o Senhor não cumprir em mim Todos os sonhos que Ele mesmo sonhou pra mim Eu quero viver em santidade e adoração Pois é só Dele, somente Dele o meu coração Para mim o sentido daquilo que Deus sonhou pra mim estaria ligado àquilo que Ele planejou pra mim. Sim, pois Deus tem planos pra minha vida! Feito o devido esclarecimento da expressão não vejo problemas em cantar esta canção. Contudo, cumpre ressaltar que provavelmente o irmão que falou com vocês estava apenas sendo zeloso com o que se canta nas reuniões da igreja. Quem sabe se vocês explicarem a ele o sentido da palavra sonho ali ele entenda e veja que sua preocupação, apesar de bem intencionada, não tinha razão de ser. Contudo, caso o irmão, principalmente se ele for da liderança da igreja, mesmo depois das devidas explicações entenda que é errado cantar o cântico vocês tem duas alternativas: 1) Obedecer e, mesmo tendo convicção diferente, parar de cantá-lo; 2) Fazer uma adaptação na letra. Até posso sugerir uma mudança. Veja só como ficaria: “Eu não morrerei enquanto o Senhor não cumprir em mim Todos os planos que Ele mesmo pensou pra mim” Se depois de conversarem com o irmão ainda permanecer o impasse vocês devem levar o caso a liderança da igreja. Caso a liderança libere vocês podem cantar. Mas se no final de tudo não tiver jeito é melhor parar de cantar e seguir em frente louvando a Deus com outros dos tantos cânticos que existem. Espero ter ajudado. Em Cristo,

Caro irmão Walisson, Creio que aquela foi a primeira vez que choveu sobre a terra. Antes do dilúvio havia uma camada de água em torno do planeta que servia de proteção. Em Genesis 1:6-8 lemos; “E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas. Fez, pois, Deus o firmamento e separação entre as águas debaixo do firmamento e as águas sobre o firmamento. E assim se fez. E chamou Deus ao firmamento Céus” (negrito meu). Provavelmente aquela água toda estava na forma de vapor. Com o avanço da ciência sabemos que hoje a terra é bombardeada pela luz ultravioleta que é prejudicial a todos os tipos de vida. Os cientistas criacionistas afirmam que aquela camada de água que havia antes do dilúvio protegia a terra dos raios nocivos e conservava a temperatura igual em todo o planeta. Esta seria a razão da longevidade dos homens pré-diluvianos. Logo a pós o dilúvio o tempo de vida caiu para em trono de 120 anos. Antes de anunciar o dilúvio o próprio Senhor previu isto. Veja: “Então, disse o SENHOR: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos” (Gênesis 6:3). Em Gênesis 7:11, que fala do início do dilúvio lemos: “No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram, e houve copiosa chuva sobre a terra” (negrito meu). Esta foi a primeira vez que choveu na terra. Tanto é que antes disso não aparecia no céu o arco-íris. Somente depois do dilúvio é que Deus fala que Ele o colocaria no céu como um sinal. Vejamos: “porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a terra. Sucederá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e nelas aparecer o arco…” (Gênesis 9:13, 14). Apesar de que nem toda a água do dilúvio veio do alto, há elementos bíblicos suficientes para se afirmar que a chuva diluviana foi a primeira e maior de todas as chuvas que já caiu sobre a face da Terra. Disse que nem toda aquela água veio do céu pelo fato da Bíblia afirmar que além se abrirem as comportas do céu também “dia romperam-se todas as fontes do grande abismo” (Gênesis7:11). Todo aquele grande volume de água ainda está no nosso planeta. Parte está nos mares, rios e lagos; parte está em forma de vapor nas nuvens e parte está em forma de gelo nos pólos da terra.

Caro Darlei, Creio que estamos lidando aqui com palavras homônimas[1]. Os mais antigos sabem que o uso da palavra oxalá não tem nada a ver com a entidade espiritual do candomblé. Mas os mais novos, assim como você, podem ficar em dúvidas e se perguntarem como uma palavra assim foi usada na Bíblia. Por isso é sempre bom, como você fez, comparar versões da Bíblia, pois uma nos ajudará a entender a outra. Alías, nem a Almeida Revista e Atualizada e nem a Revista e Corrigida trazem o termo oxalá. Encontrei-o somente na Bíblia Tradução Brasileira e numa outra que tem a sigla DO. Lembre-se sempre que a língua é dinâmica e enquanto alguns termos caem em desuso, outros, com o passar dos anos, ganham novos significados. Daí a necessidade de se fazer, de tempos em tempos, revisões nas Bíblias. Seria bom que cada estudioso da Bíblia investisse menos em CDs e DVDs e comprasse Bíblias em diversas versões tais como Linguagem de Hoje, NVI, Viva etc. Assim seu estudo seria enriquecido. Seria bom também comprar um bom dicionário de português. Veja abaixo os significados que o Dicionário do Aurélio trás para o termo oxalá: Oxalá 1: Substantivo masculino. Bras. Rel. Alta divindade entre os orixás jeje-nagôs, abaixo apenas de Olorum. Oxalá 2: [Do áramaico. in AYallah– ,‘e queira Deus’]. Interjeição. Tomara; queira Deus; prouvera a Deus: Oxalá cesse um dia a miséria do mundo! Veja bem que ao tomarmos conhecimento do outro significado da palavra oxalá não ficaremos assustados ao vê-la inserida no texto bíblico. Nota [1]: homônimo [Do gr. homónymos, pelo lat. homonymus.] Adjetivo. Substantivo masculino. 1.Que ou aquele que tem o mesmo nome. 2.E. Ling. Diz-se de, ou palavra que se pronuncia da mesma forma que outra, mas cujo sentido e escrita são diferentes (os homófonos laço = laçada, lasso = cansado), ou que se pronuncia e escreve do mesmo modo, mas cujo significado é diverso (os homógrafos falácia = qualidade de falaz, e falácia = falatório). [Cf. parônimo, sinônimo, homófono, antônimo e homógrafo.]

Creio não haver dúvidas em sua mente quanto ao fato de termos que confessar nossos pecados a Deus, mas mesmo assim gostaria de reafirmar esta necessidade. Em Provérbios 28:13 está escrito: “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” Já em 1 João 1:9 lemos: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” Ou seja, não resta dúvidas que precisamos confessar nossos pecados a Deus e nos esforçarmos para abandonar a prática pecaminosa. Quanto ao fato de pedir ou não perdão, penso que quem confessar é por estar arrependido do ato cometido. Para mim sempre esteve implícito que o ato de confessar vem acompanhado da necessidade do pedido de perdão. Quando confesso a Deus um ou mais pecados é por sentir arrependimento por tê-Lo ofendido. Portanto, tenho que pedir perdão a Ele. Mas para dar base bíblica para o meu raciocínio vou citar versículo do Antigo Testamento e um trecho daquela que é conhecida como a “Oração do Pai nosso”. No Salmo 79:9 lemos: “Assiste-nos, ó Deus e Salvador nosso, pela glória do teu nome; livra-nos e perdoa-nos os pecados, por amor do teu nome.” Quando Jesus está ensinando aos discípulos alguns princípios quanto a oração Ele diz: “… e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores” (Mateus 6:12). Em uma passagem paralela lemos: “perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo o que nos deve; e não nos deixes cair em tentação” (Lucas 11:4). Concluo, então, que no ato de confessar há também a necessidade de pedir perdão pela ofensa cometida contra a Santidade daquele sobre ao qual lemos o seguinte: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal” (Habacuque 1:13).

Fátima, Creio que o próprio texto responde a sua pergunta. Veja o que diz em várias versões: “Então, lhe chegou às mãos uma carta do profeta Elias” (revista e Atualizada). “Então, lhe veio um escrito da parte de Elias, o profeta” (Revista e Corrigida). “Então lhe veio um escrito da parte de Elias, o profeta” (Almeida Corrigida e Fiel) “Então lhe chegou às mãos uma carta do profeta Elias” (tradução Brasileira). “Aí o profeta Elias escreveu a Jeorão uma carta” (Nova Tradução na Linguagem de Hoje). “O profeta Elias mandou então ao rei uma carta” (Bíblia Viva). “Então Jeorão recebeu uma carta do profeta Elias” (Nova Versão Internacional – NVI). Consultei também a Reina Valera (em Espanhol) e a King James (em Inglês). Todas elas deixam claro que o Elias em questão era mesmo o profeta. A NVI trás a seguinte nota de rodapé: “Essa referência a uma carta de Elias é a única menção em Crônicas daquele profeta a quem os livros dos reis dedicam tanta atenção (1 Reis 17 – 2 RS 2). Alguns têm sustentado que esta carta não pode ser comprovada porque, segundo alegam, Elias foi levado ao céu antes de Jeorão se tornar rei. Mas essa não é uma conclusão necessária (V. 2 RS 1:17). A trasladação de Elias pode bem possivelmente ter ocorrido na data avançada de 848 a.C.”

Cara irmã Lorrana, Uma das regras de interpretação bíblica diz o seguinte: “Uma declaração só não pode derrubar uma doutrina estabelecida por muitos textos.” Sabemos que a Bíblia proíbe consultar os mortos (orar aos mortos) e que não vale nada as orações em favor dos mortos, pois morrendo o Homem o que lhe espera é julgamento pelos seus atos em vida (cf. Dt 18:11; Is 8:19; Hb 9:27). Em uma determinada situação, bem mais clara que esta, ficamos sabendo que Davi não tinha o costume de interceder pelos que já haviam morrido. Refiro-me a passagem da morte do seu filhinho com Bate-Seba. Diz assim o texto sagrado: “Então, Natã foi para sua casa. E o SENHOR feriu a criança que a mulher de Urias dera à luz a Davi; e a criança adoeceu gravemente. Buscou Davi a Deus pela criança; jejuou Davi e, vindo, passou a noite prostrado em terra. Então, os anciãos da sua casa se achegaram a ele, para o levantar da terra; porém ele não quis e não comeu com eles. Ao sétimo dia, morreu a criança; e temiam os servos de Davi informá-lo de que a criança era morta, porque diziam: Eis que, estando a criança ainda viva, lhe falávamos, porém não dava ouvidos à nossa voz; como, pois, lhe diremos que a criança é morta? Porque mais se afligirá. Viu, porém, Davi que seus servos cochichavam uns com os outros e entendeu que a criança era morta, pelo que disse aos seus servos: É morta a criança? Eles responderam: Morreu. Então, Davi se levantou da terra; lavou-se, ungiu-se, mudou de vestes, entrou na Casa do SENHOR e adorou; depois, veio para sua casa e pediu pão; puseram-no diante dele, e ele comeu. Disseram-lhe seus servos: Que é isto que fizeste? Pela criança viva jejuaste e choraste; porém, depois que ela morreu, te levantaste e comeste pão. Respondeu ele: Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o SENHOR se compadecerá de mim, e continuará viva a criança? Porém, agora que é morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim” (2 Samuel 12:15-23). O texto que você cita diz o seguinte: “Prantearam, choraram e jejuaram até à tarde por Saul, e por Jônatas, seu filho, e pelo povo do SENHOR, e pela casa de Israel, porque tinham caído à espada.” O sentido original do texto citado por você não é o de Davi chorando e jejuando em favor de Saul e Jônatas. Em nenhum lugar diz que Davi e seus companheiros oraram por Saul e Jônatas. Umas das formas de manifestar tristeza era a de chorar e jejuar, além de rasgar as vestes (2 Samuel 1:11). O versículo 17 nos diz que Davi pranteou por eles. Portando, o sentido mais correto do texto é o de prantear e jejuar por causa de e não em favor de.

O próprio texto que você cita traz a resposta a sua pergunta. Ele diz: “Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todos os animais do campo e todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles”(Gn 2:19 – negrito meu).Além do texto que você citou há outro que diz: “Disse também Deus: Produza a terra seres viventes, conforme a sua espécie: animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E assim se fez” (Gn 1:24 – negrito meu). Fica claro que também os animais foram criados da terra. Isto se pode ver, também, pela semelhança da nossa carne e do nosso sangue com a carne e sangue da maioria dos animais terrestres, em especial, mas não só, os mamíferos. Parece que a única, mas significativa, diferença é que quanto ao homem o próprio Deus modelou do barro o seu corpo e lhe assoprou o fôlego de vida. Já os animais, como as demais coisas, vieram a existir pela voz de comando do Todo Poderoso Deus.

Entendo que os anjos acolhidos eram não somente visíveis como também palpáveis. Às vezes eles apareciam em forma de homens o que fica evidente em algumas passagens bíblicas. Em Gênesis 18 lemos que Abraão hospedou três desconhecidos dos quais dois eram anjos e o terceiro era o próprio Senhor. Estes seres celestiais se materializaram até mesmo comeram (cf. v. 8). Outro caso bem conhecido é o de Ló, em Gênesis 19, que, sem o saber, hospedou anjos que também comeram (cf. v. 3) e pegaram na mão de Ló para o tirarem de dentro da cidade (cf. v. 16). Como você pode ver eles eram bem reais. Quanto a possibilidade de anjos aparecerem de forma humana e visível hoje em dia, creio que isto é possível sim. Não vai acontecer com todos os cristãos e, caso aconteça é possível que a pessoa nem se dê conta. Já ouvi relatos de cristãos em lugares ermos que foram salvos por “homens” que apareceram na hora “H” e depois se foram sem deixar vestígios. Contudo, lembro que não devemos pautar nossa vida cristã em aparição de anjos e outras coisas sensacionais. Têm crentes que nas reuniões da igreja enfatizam mais os anjos que o Senhor dos anjos e isto é errado.

Cara irmã Ana Paula, Não ficou claro se sua dúvida é quanto em que área o casal não privar um ao outro ou se é quanto a questão de não ser um mandamento e sim uma concessão. Portanto, procurarei explorar os dois aspectos. O texto que você cita encontra-se em 1 Coríntios 7:5,6 no qual lemos: “Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência. E isto vos digo como concessão e não por mandamento.” O contexto nos mostra que Paulo está falando da área sexual no relacionamento conjugal. Antes do texto que você menciona ele havia escrito: “Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido. O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e sim a mulher.” (1 Coríntios 7:1-4). Em Corinto havia três situações: 1ª) A questão da imoralidade sexual reinante na cidade onde a fornicação era normal; Devido a isto havia a segunda e terceira situação entre os crentes que os ajudaria a vencer o problema; 2ª) os que exaltavam o celibato; 3ª) os que queriam casar-se. Paulo, que era celibatário, vai falar das vantagens do celibato em relação ao ministério (vv. 32-34), mas deixa claro que ele não era para todos. Era quase um que um chamado especial que não incluía a todos; o normal era mesmo o casamento. Depois desta longa introdução passemos as respostas: 1º) O marido e mulher têm vários deveres uns para com os outros e neste caso Paulo está falando de deveres sexuais. Anos atrás tomei conhecimento do caso de um rapaz muito consagrado que se casou com uma moça e na lua de mel disse a ela que tinha feito um voto de celibato com o Senhor. Sua sugestão era a de que vivessem juntos, mas sem ter relacionamento sexual. A moça, é claro, não aceitou e, felizmente, depois de muito aconselhamento o jovem entendeu que não há casamento sem relacionamento sexual, pois é exatamente no casamento o lugar que Deus estabeleceu para isto. Resumindo, um cônjuge que se nega ao outro, a não ser em caso de estarem em acordo mútuo, enfermidade ou outra complicação momentânea, está abertamente contra a Palavra de Deus. Ou seja, está em pecado! Quanto ao versículo seis: “E isto vos digo como concessão e não por mandamento”. Vou recorrer a dois comentaristas. Primeiramente vejamos o que diz o Comentário Ritchie do Novo Testamento: “O apóstolo indica, agora, que sua proposta de abstinência durante algum tempo, seria uma concessão sugerida em certas circunstâncias, e não um mandamento para ser obedecido” (Pg. 102). Em segundo lugar vejamos o que diz o Comentário Bíblico Popular do Novo Testamento escrito pelo irmão William MacDonald: “O versículo 6 é motivo de grande controvérsia e especulação. Paulo diz: “E isto vos digo como concessão e não por mandamento”. Há quem entenda que ele não considerou as palavras anteriores inspiradas por Deus. Mas essa interpretação é indefensável, tendo em vista o apóstolo afirmar em 1 Coríntios 14:37 que as coisas escritas por ele aos coríntios eram mandamento do Senhor. A nosso ver, o apóstolo está dizendo que, em determinadas circunstâncias, é permitido a um casal abster-se do ato conjugal, mas que essa abstinência é uma permissão, e não um mandamento.” Concordo com os dois comentaristas citados e creio que a resposta deles é a que está de mais acordo com o todo das Sagradas Escrituras, pois não compromete a sua inspiração e autoridade.

A assim chamada, Benção apostólica, é tirada do último versículo de 2 Coríntios o qual diz: “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2 Co 13:13). Apesar de não ser comum nas Igrejas dos Irmãos, em várias grupos os pastores têm o costume de, ao final dos cultos, estenderem as mãos e proferirem estas palavras. A verdade é que não há na Bíblia nada que indique que isto é normativo. Foi apenas a forma que Paulo se despediu dos irmãos de Corinto nesta segunda epístola. Em outras a despedida foi diferente. Mas há algo errado em um líder fazer isso? Creio que não. Eu não tenho adotado este costume e creio que os que o adotam devem evitar cair no tradicionalismo e fazer isso só por formalismo. Parece que para alguns líderes esta prática lhes confere um tipo de status para com os membros da igreja que “anseiam” por receber estas palavras. Ai pode surgir algum tipo de superstição disfarçada achando que se isso não acontecer eles não foram abençoados. Quanto ao fato da bênção ganhar status de mais “poderosa” somente se as mãos do líder estiverem estendidas, não há nada na Palavra de Deus que indique isto. Ele apenas está desejando para a igreja o que Paulo disse aos corintos, mas quem abençoa é o Senhor. Quanto a ser um gesto físico sem finalidade eu não creio que o seja. Creio que o gesto transmite aos membros a idéia de associação e compartilhamento da parte do líder deste desejo sobre ele e sobre o rebanho de Deus. Mas não será o fato dele estender as mãos que dará mais poder as palavras pronunciadas.

Ao se referir ao irmãos de Jefté não ficou claro se você se refere aos irmãos carnais ou aos seus compatriotas Judeus. No caso dos seus meio irmãos a Bíblia na diz nada a respeito deles o terem recebido de volta. Não há como determinar isso. Contudo, no caso dos gileaditas, que não o tinham defendido quando foi expulso pelos seus meio irmãos, fica claro que não só o receberam como também o estabeleceram como líder sobre eles. Podemos ver isso no decorrer da narrativa e também no seguinte versículo: “Jefté, o gileadita, julgou a Israel seis anos; e morreu e foi sepultado numa das cidades de Gileade” (Juízes 12:7).

Inicio dizendo que não sou favorável a pena de morte. Contudo, é necessário esclarecer que meu posicionamento contra a pena de morte se deve a razões não bíblicas tais como a imperfeição da justiça humana. Também a sentimentos de emoções pessoais por não ter coragem de sentenciar ninguém à morte etc. Outro motivo é devido à imperfeição da justiça humana, ainda mais em um país onde só fica preso ladrão de galinhas, só seriam executados os mais desfavorecidos que não tivessem dinheiro para pagar um bom advogado. No Antigo Testamento o próprio Senhor Deus institui a pena de morte para alguns tipos de transgressões. Vejamos algumas passagens: Êxodo 21:12 Quem ferir a outro, de modo que este morra, também será morto. Êxodo 21:15 Quem ferir seu pai ou sua mãe será morto. Êxodo 21:16 O que raptar alguém e o vender, ou for achado na sua mão, será morto. Êxodo 21:17 Quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe será morto. Êxodo 22:19 Quem tiver coito com animal será morto. Levítico 20:10 Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera. Levítico 24:16 Aquele que blasfemar o nome do SENHOR será morto; toda a congregação o apedrejará; tanto o estrangeiro como o natural, blasfemando o nome do SENHOR, será morto. Números 35:16 Todavia, se alguém ferir a outrem com instrumento de ferro, e este morrer, é homicida; o homicida será morto. Números 35:17 Ou se alguém ferir a outrem, com pedra na mão, que possa causar a morte, e este morrer, é homicida; o homicida será morto. Números 35:18 Ou se alguém ferir a outrem com instrumento de pau que tiver na mão, que possa causar a morte, e este morrer, é homicida; o homicida será morto. Deuteronômio 18:20 Porém o profeta que presumir de falar alguma palavra em meu nome, que eu lhe não mandei falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta será morto. Estas são apenas algumas das passagens onde o Senhor institui a pena de morte. Portanto, a pena de morte não é algo absurdamente antibiblica. Em outras ocasiões o próprio Senhor manda que seu povo invada cidades e mate os seus moradores e, em alguns casos, até mesmo os animais. Em sua mente deve estar ecoando o mandamento “Não matarás”. Na verdade, o termo hebraico se refere ao assassinato. Seria melhor traduzido assim: “Não Assassinarás”. Se não for assim, haveria uma tremenda incoerência por parte de Deus. Primeiro Ele proíbe de matar e depois manda matar? Não faria sentido não é? Os que condenam os cristãos que são a favor da pena de morte dizem, e é verdade, que o Novo Testamento, não diz nada a respeito disso e, portanto, não devemos ser a favor de tal lei. Mas este silêncio não seria significativo? Caso fosse uma questão tão importante de ser revogada o Novo Testamento não deveria se manifestar contra? Aliás, em Romanos 13:4 lemos: “visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem. Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.” Sabemos que é o estado e não o cidadão que pune os criminosos. Ninguém pode sair por ai castigando, prendendo ou matando os bandidos, mas em alguns países o estado decreta a pena dura aos criminosos, inclusive a pena de morte. Na época de Paulo a autoridade era o Império Romano no qual havia a pena capital e ele o chama de ministro de Deus. Então, não é sem razão que ele alerta para o fato das autoridades imperiais trazerem a espada, pois, até onde sei, a espada só tem uma finalidade. Então, o estado pode fazer o que é proibido ao cristão como indivíduo. Ele pode usar a força com o intuito de manter o bem e preservar a ordem. Concluo reafirmando que não sou a favor da pena de morte, mas que não acho absurdo um cristão ser a favor dela, pois a Bíblia não tem nenhuma condenação clara à pena de morte, muito pelo contrário a instituiu e em nenhum lugar a revogou.

Há muitos anos li uma reportagem em uma revista evangélica sobre dois crentes que subiram ao monte para orar em noite de tempestade e um deles foi atingido por um raio vindo a falecer. Ainda me lembro da foto do outro irmão segurando a camisa chamuscada do falecido afirmando que ele havia sido arrebatado. Cito o exemplo para afirmar que está havendo uma banalização de alguns termos bíblicos. O cara quer desejar boa sorte ao outro e me sai com esta: “Eu profetizo uma boa viagem para você, varão!” Ao que o outro prontamente responde: “eu recebo a profecia e tomo posse!” Isto não é profecia no sentido bíblico da palavra, como também ser fulminado por um raio não significa ser arrebatado, mesmo porque o corpo do nosso irmão ficou estendido sobre a pedra. Tudo indica que o apóstolo Paulo teve uma experiência de ser arrebatado até ao terceiro céu, sendo que ele mesmo não soube definir se foi um arrebatamento corporal ou não (cf. 2 Co 12:2-4). O que me espanta é que o camarada tem um desmaio e diz que foi arrebatado. Uma vez vi um irmão deitado no meio de um canteiro cheio de matos e quando fui ajudá-lo a levantar-se um outro me interrompeu dizendo que ele estava arrebatado em espírito e que, pasme, estava regendo um coral de anjos. Sei que sua pergunta não é por experiências que vi (tem muitas outras) e sim se é possível ser arrebatado em espírito nos dias de hoje. Creio que é bastante improvável que isso aconteça nos dias de hoje. Contudo, não sou daqueles que colocam Deus na camisa de força e digo o que Ele pode e o que não pode fazer a menos que isto esteja claramente explicitado em Sua Palavra. Creio que seja bastante improvável que isso aconteça e não vejo muito propósito em ficar sendo arrebatado sei lá pra onde pra não sei o que. Muito melhor que ficar buscando estas experiências é muito mais proveitoso e traz mais edificação o debruçar-se sobre a palavra em leitura e meditação na Revelação de Deus para nós.

Sim, trata-se da mesma cidade que foi reconstruída em desobediência à proibição do Senhor. Foi assim que ressurgiu a cidade de Jericó: “Em seus dias, Hiel, o betelita, edificou a Jericó; quando lhe lançou os fundamentos, morreu-lhe Abirão, seu primogênito; quando lhe pôs as portas, morreu Segube, seu último, segundo a palavra do SENHOR, que falara por intermédio de Josué, filho de Num” (1 Reis 16:34).

Entendo que o texto em questão refere-se ao reino milenar do Senhor Jesus Cristo no Planeta Terra. Depois do arrebatamento da igreja, do tribunal de Cristo e das bodas do Cordeiro, Jesus voltará à Terra implantará seu reino e restaurará a criação ao estado original do Jardim do Éden. Em Romanos 8:19-22, somos informados que, devido a ordem atual (ou melhor, desordem) criação está gemendo e aguardando com expectativa o dia no qual ela será liberta do atual estado de desarmonia e desequilíbrio. A queda do Homem causou basicamente cinco divisões, a saber: 1) O Homem de Deus; 2) O Homem da Mulher; 3) O Homem de si mesmo; 4) O Homem da Natureza e 5) A Natureza da Natureza. A obra de Cristo visa desfazer plenamente as conseqüências da queda restaurando todas as coisas ao seu estado original. Assim no Reino milenar os animais não mais se devorarão, não mais atacarão os homens e nem os homens causarão dano aos animais e à natureza. A nova Ordem implantada pelo Senhor Jesus se caracterizará pela ausência de inimizade, crueldade e hostilidade. A paz reinará até mesmo entre os animais, O resultado último da redenção promoverá a paz perfeita na terra e sua presença transformará os homens e a natureza como (Is 35.9; Is 65.20-25; Ez 34.25-29). Para os mais céticos transcrevo abaixo um artigo atual falando de uma leoa que viveu toda a vida sem comer carne de qualquer tipo. “O LEÃO QUE NÃO QUERIA COMER CARNE Todos os leões são carnívoros ferozes que precisam comer carne para sobreviver? Aparentemente não! A revista australiana “Creation ex-nihilo” vol. 22, nº 2, de março-maio de 2000 publicou um artigo de David Catchpoole com o título acima, que não só apresenta um caso, real, inteiramente incomum, como também aponta para cumprimento de profecias que falam da restauração de nosso planeta às condições originais, com o leão e o cordeiro pacificamente pastando juntos! Segue a tradução do referido artigo: “No começo deste século, uma leoa africana, nascida e crescida nos Estados Unidos, viveu todos os nove anos de sua vida sem jamais comer carne. De fato, seus donos, Georges e Margaret Westbean, preocupados com publicações de cunho científico advertindo que os animais carnívoros não poderiam viver sem comer carne, tentaram de todos os modos induzir o seu incomum animal de estimação (ao qual deram o nome de “Little Tyke”) a desenvolver o apetite pela carne. Chegaram até a anunciar uma recompensa em dinheiro para quem conseguisse elaborar uma ração contendo carne, que a leoa aceitasse. O curador de um jardim zoológico de Nova York aconselhou que o casal Westbean pusesse algumas gotas de sangue na mamadeira de Little Tyke para ajudá-la a se acostumar, mas a leoa, ainda pequena, recusou sequer tocá-la, mesmo quando somente uma única gota de sangue tivesse sido introduzida. Os mais famosos especialistas em animais, dentre os numerosos visitantes da fazenda Hidden Valley, de 40 hectares, dos Westbeans, também deram vários conselhos, mas nenhum deles funcionou. Nesse meio-tempo, Little Tyke continuava a passar extremamente bem, com sua dieta de cereais em grão, cozidos, ovos e leite. Aos quatro anos de idade, a leoa, já adulta, pesava 160 quilos. Com essa dieta, a leoa não só sobreviveu, mas manteve-se em excelente estado. Um dos mais capazes curadores de jardins zoológicos dos Estados Unidos teria dito que ela era o melhor espécime de sua espécie, que jamais houvera visto. Além de Little Tyke, os Westbans criavam também outras espécies de animais em sua fazenda. Um grande número de visitantes em Hidden Valley foi motivado pela perspectiva de ver o leão vivendo com o cordeiro, em situação semelhante à da profecia de Isaías 11:6. Ver a leoa vivendo placidamente em companhia de ovelhas, vacas e aves domésticas, causava profunda impressão em muitos visitantes. Filmes na televisão e fotografias de Little Tyke na imprensa também impressionaram muitas pessoas, como uma que escreveu: `Nada me fez mais contente do que a sua fotografia do leão e do cordeiro. Ela me ajudou a crer na Bíblia`.” Fonte: http://www.scb.org.br/fc/FC62_07.htm Como podemos confirmar, é possível sim, um animal como o leão viver sem necessariamente comer carne ou sangue. Se isto é possível hoje, quanto mais no reino milenar previsto pela Bíblia. PS.: quem quiser mais informações sobre esta leoa pode encontrar informações em inglês via Google. Basta digitar o nome “Little Tyke” entre aspas que aparecerão vários links.

Sem te conhecer e conhecer a igreja ou igrejas que você vai, fica difícil responder o motivo pelo qual é tão difícil para que você se firme em uma igreja. Quanto a sua pergunta: “Isso é mesmo necessário?”, para esta eu tenho resposta, pois, como sempre deve ser feito, posso fundamentar a questão biblicamente. As descrições que a Bíblia faz dos convertidos são sempre em sentido de coletividade e nunca de individualidade. São usadas palavras tais como: rebanho, corpo e igreja (assembléia). Sabemos que um rebanho é um grupo de ovelhas, já um corpo é uma junção de vários membros todos úteis e necessários uns aos outros (cabeça, olhos, ouvidos, língua, braços, mãos, pernas, pés etc. Já a igreja (Eclésia) é uma assembleia de pessoas. Vemos pelas próprias palavras usadas por Deus para descrever o seu povo que elas indicam que as pessoas não estão sozinhas. Hebreus 10:24-25 diz: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima.” O alvo do Senhor Jesus é ver seu povo reunido para a adoração e edificação mútua. Estes aspectos também são abordados nos seguintes versículos: “… E costumavam todos reunir-se, de comum acordo, no Pórtico de Salomão” (Atos 5:12b). “Diariamente perseveravam unânimes no templo…” (Atos 2:46a). A leitura deste e de outros textos da Bíblia, deixa claro que para os cristãos primitivos era inconcebível a ideia de que algum convertido não participasse das reuniões da igreja local. Nas reuniões da igreja recebemos o alimento espiritual através do ensino bíblico e da convivência com crentes mais maduros. O texto em Hebreus 10 nos mostra que nas reuniões da igreja é o ambiente propício para sermos estimulados “ao amor e às boas obras”. Portanto, se não participamos de uma igreja local ficará difícil crescermos em áreas tão importantes como estas. Há alguns imperativos para o cristão que só podem ser obedecidos no contexto da convivência com irmãos em Cristo em uma igreja local. Estes imperativos podem ser divididos nas seguintes categorias: 1. Aceitação: a. “saudai-vos uns aos outros” (Rm 16:16) b. “sede mutuamente hospitaleiros” (1 Pe 4:9) c. “acolhei- vos (aceitai-vos) uns aos outros” (Rm 15:7) 2. Unidade: a. “sede uns para com os outros benignos, compassivos” (Ef 4:32) c. “cooperem os membros, com igual cuidado em favor uns dos outros” (1 Co 12:25) d. “tende o mesmo sentimento uns para com os outros” (Rm 12:16) e. “quando vos reunis para comer, esperai uns pelos outros” (1 Co 11:33) f. “amai-vos cordialmente… preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rm 12:12) g. “considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fp 2:3) 3. Submissão: a. “perdoando-vos uns aos outros, como Deus em Cristo vos perdoou” (Ef 4:32; Cl 3:13) b. “confessai vossos pecados uns aos outros” (Tg 5:16) c. “suportando-vos uns aos outros em amor” (Ef 4:2) d. “sujeitai-vos uns aos outros no temor de Cristo” (Ef 5:21) 4. Edificação: a. “edificai-vos reciprocamente” (1 Ts 5:11; Rm 14:19) b. “exortai-vos mutuamente cada dia” (Hb 3:13) c. “consolai-vos uns aos outros” (1 Ts 4:18, 1 Ts 5:11) d. “levai as cargas uns dos outros” (Gl 6:2) e. “estais… aptos para admoestardes uns aos outros” (Rm 15:14) f. “consideremos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras” (Hb 10:24) g. “orai uns pelos outros” (Tg 5:16) h. “instrui-vos e aconselhai-vos mutuamente… com salmos e hinos” (Ef 5:19; Cl 3:16) i. “servi uns aos outros” (1 Pe 4:10) j. “vós deveis lavar os pés uns dos outros” (Jo 13:14) A Pergunta que fica é: Como eu e você cumpriremos os mandamentos acima se não participarmos de uma igreja local? é Possivel fazer isto sendo crente em casa? Veja só o exemplo abaixo: C. S. Lewis foi uma das mentes mais brilhantes do século XX. Ele era ateu e depois se converteu a Cristo. Como cristão ele freqüentou a mesma igrejinha durante trinta anos. A experiência não tinha nada de extraordinário a cada semana. Mas a longa obediência numa mesma direção moldou a vida de Lewis de um modo que nada mais poderia. Uma vez perguntaram para Lewis: “É necessário freqüentar um culto ou ser membro de uma comunidade cristã para um modo cristão de vida?” Sua resposta foi a seguinte: “Minha própria experiência é que logo que eu me tornei um cristão, cerca de quatorze anos atrás, eu pensava que poderia me virar sozinho, me retirando a meu quarto e lendo teologia, não frequentava igrejas ou estudos bíblicos; e então mais tarde eu descobri que era o único modo de você agitar sua bandeira… É extraordinário o quão inconveniente para sua família é você ter que acordar cedo para ir à igreja. Não importa tanto se você tem que acordar cedo para qualquer outra coisa, mas se você acorda cedo para ir à igreja é algo egoísta de sua parte e você irrita todos na casa. Se há qualquer coisa no ensinamento do Novo Testamento que é na natureza de mandamento, é que você é obrigado a participar do Sacramento (ceia do Senhor) e você não pode fazer isso sem ir à igreja. Eu não gostava muito dos seus hinos, os quais eu considerava poemas de quinta categoria com música de sexta categoria. Mas à medida em que eu ia eu vi o grande mérito disso. Eu me vi diante de pessoas diferentes de aparência e educação diferentes, e meu conceito gradualmente começou a se desfazer. Eu percebi que os hinos eram, no entanto, cantados com tamanha devoção e entrega por um velho santo calçando botas de borracha no banco ao lado, e então você percebe que você não está apto sequer para limpar aquelas botas. Isso o liberta de seu conceito solitário” (C. S. Lewis, God in the Dock, pp 61-62 – parêntese meu). Meu sincero desejo é de que minhas explicações te convençam dos grandes benefícios advindos de se freqüentar regularmente uma igreja local. O contrário também é verdade, há grandes prejuízos em não se ligar formalmente a uma igreja bíblica e não freqüentá-la regularmente. Caso necessite, posso te indicar algumas igrejas bíblicas da cidade de São Paulo onde, certamente, você experimentará os benefícios da vida cristã em comunidade.

Não existe base bíblica para esta afirmação. Todos sabemos que o Sacerdote só entrava no Santo dos Santos uma vez por ano e que havia uma série de ritos de purificação cerimoniais antes dele adentrar àquele recinto sagrado (cf. Lv 16:2-34; Nm 18:2-6; Hb 9:6,7). Contudo, me parece que isto aconteceu durante um determinado período da história dos Hebreus, pois já ouvi algumas pessoas bem informadas afirmarem que devido ao medo do sacerdote falecer quando estivesse lá dentro (visto que mais ninguém poderia entrar lá para tirar o defunto) eram colocadas campainhas na barra da sua veste e ele era amarrado com uma corda na cintura ou na canela. Assim, o barulho das sinetas mostraria que ele estava vivo e em caso de óbito era só arrastar o falecido lá de dentro sem violar o recinto. Há relato do falecimento de um sacerdote durante sua estada no Santo dos Santos o que teria motivado esta prática. Isto me foi confirmado por um professor de história da igreja que também conhece muito sobre a história dos Hebreus.

Fico aqui pensando em como há pessoas criativas na interpretação dos textos bíblicos. Já ouvi de uma outra pessoa ter feito uma outra interpretação. Para ele cada pedra significava uma qualidade de Davi. A 1ª pedra era a pedra da fé, a 2ª era a pedra da coragem, a 3ª era a pedra da obediência e por aí vai… Alguns afirmam que Golias tinha quatro irmãos com base em 2 Samuel 21:15-22 e 1 Crônicas 20:1-8. Contudo, o texto indica mais para o fato de que estas pessoas eram descendentes de gigantes do que o de serem irmãos do gigante Golias. Isto é feito usarem a palavra Hebraica “Rafa” como nome próprio e não como gigantes. Mesmo a NVI que traduz como “descendente de Rafa” admite que a probabilidade e que a palavra tenha sido usada no seu significado primário, ou seja, gigantes. A nota da NVI diz: “21:16 Rafa. Ao chamar de “descendentes de Rafa” (v. 22) os quatro guerreiros inimigos formidáveis mencionados nessa série, o escritor mais provavelmente os identifica como gigantes, como se dá a entender em Dt 2:10, 11, 20, 21. Nesse caso, talvez se relacionassem de alguma forma com os enaquins, embora enaquins (não refains) figurem com destaque no relato da conquista (Nm 13:22,28,33; Dt 1:28; Dt 9:2; Js 14:12,15; Jz 1:20). A verdade sobre o significado das pedras é o seguinte: cada pedra era uma pedra e nada mais que isso! Esta história de ficar tentando achar significado oculto nas passagens bíblicas é algo perigoso, pois acabamos por fazer Deus dizer o que Ele nunca disse. Ora bolas! Se Deus quis se comunicar conosco através da Sua Palavra Escrita, porque cargas d’água Ele iria ficar brincando de “esconde-esconde” na sua comunicação! Isto não faz o menor sentido! Portanto, meu querido irmão, cuidado, pois, nem tudo o que se ouve dos púlpitos está de acordo com a Palavra de Deus.

Já ouvi este questionamento acerca deste cântico várias vezes. Uma vez, logo após uma reunião, um grupo de irmãos me questionou a respeito desta letra. Como eu sabia que, naquele caso, tratava-se mais de implicância com os cânticos que não eram dos Hinos & Cânticos (creio que este não seja o caso aqui), eu os respondi com outra pergunta. Perguntei por que ninguém ainda havia questionado o hino 500 que também diz: “No mundo como lá na luz, com glória O coroai!” e “Ao grande Autor da salvação com glória coroai!” A verdade é que no sentido literal nenhum ser humano pode coroar ao Senhor Jesus. Nem com glória e nem como Rei, nem aqui e muito menos no céu. A meu ver, a intenção dos dois autores em questão não é um coroamento literal e sim de modo conotativo. Significando um “coroamento” na vida do autor e de quem canta. Se cantamos com este segundo sentido o que creio que é o caso da maioria, senão todos os que cantam, não vejo problemas. Na igreja acabamos por mudar para “exaltamos a ti ó Rei Jesus” que é pra não criar caso, mas os implicantes deveriam exigir também que se mudasse a frase do hino, pois o cântico só faz o que o hino manda.

Sim, a nenhum outro ser da criação divina é atribuído que também tenha sido feito a imagem e semelhança de Deus (cf. Gênesis 1:26, 27; 5:1; 1 Co 11:7). É preciso que fique bem entendido que esta semelhança não é física. Ela está ligada a atributos que Deus nos comunicou. Entre eles podemos destacar o fato de sermos seres pessoais. Como seres pessoais somos dotados de vontade, inteligência, capacidade de decidir, etc. Contudo, não se deve confundir personalidade com existência em corpo material, pois a personalidade engloba as qualidades que caracterizam a existência pessoal, distinguindo-a da existência impessoal e da vida animal.

A Bíblia nos mostra que Deus é onipresente, ou seja, está em todos os lugares. Algumas pessoas quase me agridem quando eu digo que em todos os lugares significa que Ele também “está” no inferno. Esta reação se deve ao fato de entenderem que isto significaria que Ele estaria então sofrendo lá. Mas não podemos esquecer que Deus não pode ser atingido por algo que ele mesmo criou. Nada na criação material ou espiritual pode causar dor ao Deus Todo Poderoso! Por ser onipresente, Ele também é Onisciente. Ou seja, sabe tudo o que está acontecendo até mesmo no inferno. E sabe pelo fato de Sua pessoa preencher e, até mesmo, extrapolar todo o universo visível e invisível. Contudo, volto a repetir o inferno não causa qualquer tipo de tortura ao Criador.

Sim, Deus é o criador de tudo o que existe, inclusive o inferno. E ele o criou com um propósito bem definido. Ele o preparou para o diabo e seus anjos. Contudo, os homens que nesta vida seguem as diretrizes do diabo, em lugar de fazer a vontade de Deus, também serão lançados no lago de fogo (cf. Mateus 25:41).

Não há uma reposta única para esta pergunta, pois muitos são os motivos naturais pelos quais algumas pessoas já nascem com uma doença que os fará morrer. A verdade bíblica é que todos os males existentes no mundo, inclusive as doenças são conseqüência direta do pecado. Depois que nossos pais (Adão e Eva) desobedeceram a Deus estas coisas vieram como conseqüência da rebeldia deles. A partir de então todos os Homens já nascem para em um momento ou outro morrer. Às vezes ficamos pensando como Deus permite que um bebê herde de seus pais o vírus da AIDS. Ou como ele pode permitir que um bebê nasça sem cérebro, aleijados ou com uma doença incurável. A verdade é que estas coisas são conseqüências de uma escolha errada que os representantes da raça humana fizeram e todos nós colhemos as conseqüências até hoje. É resultado do nosso pecado.

É equivocada a idéia de que a Bíblia afirme que a salvação era somente para os judeus. Equívoco também é afirmar que só passamos a ser dignos da salvação após os judeus rejeitarem o Messias, Jesus. Talvez este equívoco surja pela leitura do seguinte versículo: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome” (João 1:11,12). Contudo, desde o Antigo Testamento fica claro que o plano de Deus era estender a oportunidade de salvação a todos os Homens. Mesmo antes de surgir o povo judeu vemos pessoas sendo salvas por Deus. Lembra de Enoque? Ele não era judeu e foi salvo. Em apenas quatro (04) pequeninos versículos lemos duas vezes que ele andava com Deus (Gn 5:21-24). E Deus nem mesmo o deixou passar pela morte e o arrebatou para junto de si (cf. Gn 5:24). Ainda temos Noé. Também não era judeu e pelo fato de ser um servo de Deus foi salvo pelo Senhor. Em meio a uma geração corrompida ele era homem justo e integro diante do Senhor (Gn 6:8,9). Depois destas coisas, Deus chama Abraão e meio as bênçãos lhe diz: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12:3). Observe que Deus se refere a todas as famílias da terra e não a todas as famílias hebréias. Acerca deste acontecimento Paulo afirma algo muito importante: “Ora, tendo a Escritura previsto que Deus justificaria pela fé os gentios, preanunciou o evangelho a Abraão: Em ti, serão abençoados todos os povos” (Gálatas 3:8). Na verdade, ao lermos o Antigo Testamento percebemos que o propósito de Deus com a nação de Israel era que ela fosse usada para a salvação dos gentios. Eles deveriam servir de referência para as nações. Depois da travessia do Jordão Josué declarou: “Porque o Senhor vosso Deus fez secar as águas do Jordão diante de vós, até que passásseis, como o Senhor vosso Deus fez ao Mar Vermelho, ao qual secou perante nós, até que passamos para que todos os povos da terra conheçam que a mão do Senhor é forte” (Js 4:23,24). Davi também compreendeu o propósito missionário de Deus. Depois de dizer a Golias que o derrotaria na força do Senhor afirma: “E toda a terra saberá que há Deus em Israel” (I Sm 17:46b). Os Salmos estão impregnados com esta consciência de que Israel deveria ser testemunha do Senhor para as nações. “A ti virão todos os homens” (65:2b); “Aclamai a Deus toda a terra” (66:1); “…prostra-se toda a terra perante ti” (66:4); “Bendizei, ó povos, o nosso Deus” (66:8); “E todos os reis se prostrem perante ele; todas as nações o sirvam” (72:11); “… nele sejam abençoados todos os homens, e as nações lhe chamem bem-aventurado” (72:17b); “Todas as nações que fizestes virão, prostrar-se-ao diante de ti Senhor, e glorificarão seu nome” (86:9); “Anunciai entre as nações a sua glória, entre todos os povos as suas maravilhas” (96:3); “O Senhor fez notória a sua salvação; manifestou sua justiça perante os olhos das nações” (98:2); “Celebrai com júbilo ao Senhor todos os confins da terra” (98:4); “Louvai ao senhor todos os gentios, louvai-o todos os povos” (117:1). Salomão também parece ter entendido este chamamento missionário de Israel. Na dedicação do templo ele deixa isto bem claro. Diz ele: “Ouve tu nos céus, lugar de tua habitação, e faze tudo o que o estrangeiro te pedir, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para te temerem como o teu povo Israel, e para saberem que esta casa, que eu edifiquei, é chamada pelo teu nome” (I Rs 8:43; II Cr 6:33). Assim segue pelos profetas que também anunciavam esta abrangência da missão. “Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.” (Is 45:22). “Então, darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome do SENHOR e o sirvam de comum acordo” (Sf 3:9). Podemos ver que em todo o Antigo Testamento, desde Gênesis, passando pelos patriarcas, pela história de Israel e pelos profetas, Deus queria que os gentios fossem salvos e levantou Israel para este propósito. Portanto, mesmo que a nação de Israel não tivesse rejeitado o Messias, mesmo assim, haveria, como sempre houve, oportunidade de salvação para os gentios.

Esta é uma pergunta que é feita por muitos cristãos que conheço. Neste assunto há dois erros iguais e opostos: 1º) O cristão que vive assombrado com medo dos demônios e que vê o dedo do diabo em tudo; 2º) O cristão que vive como se o os demônios não existissem e não pudessem prejudicar sua vida. A verdade é que nós, os salvos, devemos nos conscientizar que estamos numa batalha cruenta, sem tréguas. Mas é preciso buscar o equilíbrio, pois somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou (cf. Romanos 8:37). Por exemplo, há crentes que têm medo de ficarem possessos por um demônio. Isso se deve a falta de conhecimento, pois um corpo que é templo do Espírito Santo não pode ser ocupado por um espírito imundo. Ele não pode entrar no salvo e fazer com que este perca posse das suas faculdades mentais e sensoriais. Portanto, o cristão não deve ter este medo. A Palavra diz: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca” (1 João 5:18); “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 João 4:4); “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7). Contudo, para responder sua pergunta, preciso dizer que os demônios podem sim atingir o salvo por vários meios de forma a prejudicá-lo seriamente. Derrotá-lo mesmo. Isso acontece quando o salvo dá lugar ao diabo, coisa esta que ele é alertado a não fazer. Antes de continuar citarei vários alertas que a palavra nos faz: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo”; “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pedro 5:8); “para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios” (2 Coríntios 2:11); “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo” (Efésios 6:11). Ou seja, Satanás e seu anjos (demônios) podem nos prejudicar seriamente. Bem cedo na história da igreja o vemos seduzindo e prejudicando os servos do Senhor. Houve um casal que não vigiou e Satanás falou ao coração deles para que eles mentissem na igreja. Refiro-me a Ananias e Safira. Vejamos: “Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?” (Atos 5:3). O resultado desta mentira foi o falecimento instantâneo do referido casal. Nem mesmo o apóstolo Paulo escapou de ser prejudicado pelo diabo, senão vejamos: “E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte” (2 Coríntios 12:7). Em outra ocasião ele interferiu nos planos ministeriais do aposto Paulo. Veja só: “Por isso, quisemos ir até vós (pelo menos eu, Paulo, não somente uma vez, mas duas); contudo, Satanás nos barrou o caminho” (1 Ts 2:18). Satanás e seus anjos estão a postos procurando ocasião contra os salvos, os filhos de Deus e não perderá qualquer oportunidade, qualquer brecha que venhamos dar a ele. Se demos lugar a ele em qualquer área da nossa vida seremos seriamente prejudicados. Ele e seus asseclas até mesmo se disfarçam de anjos bons para enganar os incautos. Vejamos: “E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2 Coríntios 11:14ss). Por isso é importante estamos atentos ao alerta do apóstolo João: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora” (1 João 4:1). Mas o cristão fiel, que sinceramente busca agradar a Deus, que busca a Sua direção em tudo, este cristão dificilmente será vítima dos demônios. Pode descansar em Deus, pois se o diabo está em derredor, o anjo do Senhor está ao nosso redor para nos proteger. “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra” (Salmo 34:7). O melhor que podemos fazer é “botar o diabo pra correr”. Não com declarações e decretações, não com a mania de amarrar o diabo e muito menos, como diz uma música evangélica tola, empurrando o diabo ladeira abaixo. Faremos isso obedecendo a Palavra de Deus, ou seja, nos submetendo a Ele. É necessário ainda resistir às investidas malignas. Assim, conforme a Palavra de Deus, ele fugirá de nós. Vou repetir o versículo: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7). Outro conselho que a Palavra tem para nós é o seguinte: “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Efésios 6:11-13).

Sua pergunta está um tanto quanto vaga. “Razões óbvias” pode significar várias situações. Se a pessoa se divorciou e não se casou novamente não vejo absolutamente nenhum problema em ela participar da ceia do Senhor. No entanto não sei se este é o caso ou qual foi o motivo da separação. Foi abandonado? O coração já está livre de mágoas? Já pediu perdão? Foi traído? Tentou salvar o casamento ou simplesmente deixou a coisa acontecer? Seguiu as orientações dos líderes da igreja local? Quando se converteu já estava divorciado? De uns tempos pra cá estou entendendo que cada caso deve ser analisado em separado e que o assunto não deve ser tratado por “atacado”.

Aquele terrível episódio do estupro coletivo da concubina do levita por parte dos moradores de Gibeá que eram benjamitas, que nos é descrita no capítulo 19 de Juízes, nos mostra a profunda queda moral daqueles homens. Foi indescritível a abjeta falta de senso moral que reinava entre eles. É impossível ler este texto e não se lembrar do que aconteceu em Sodoma quando alguns dos seus moradores tentaram abusar sexualmente dos dois anjos hospedados na casa de Ló (Gn 19). Digno de repúdio também foi o fato dos benjamitas não terem entregado os autores de tamanha maldade para que fossem punidos pelas outras tribos de Israel que haviam ficado profundamente indignados com o estupro e morte da mulher do levita. Tal teimosia os levou a guerra que quase causou a extinção de sua tribo. Os benjamitas não deveriam ter colocado o sentimento de corporativismo acima dos preceitos da Lei de Deus, e pagou com muitas vidas por este erro grosseiro. Quanto ao significado do levita ter dividido sua mulher em doze partes não vejo como tirar nenhuma lição espiritual no fato em si. Creio que ele a dividiu em 12 pedaços para que todas as 12 tribos pudessem tomar conhecimento do fato ocorrido em Gibeá e os culpados fossem punidos. É possível que algum alegorista queira ver algum significado espiritual neste esquartejamento e ai se faz a maior “festa” em cima do texto. Como em nenhum outro local da Bíblia o acontecimento é novamente citado (nem por Jesus ou os apóstolos), não creio haver significado especial para o acontecido.

Até onde entendo a palavra de Deus não fala nada a respeito da homeopatia e, portanto, fica difícil falar da homeopatia à luz da Bíblia. O tratamento homeopático é feito através do uso de substâncias que causam os mesmos sintomas da enfermidade em doses muito pequenas que provocariam uma reação do sistema de defesa do corpo humano. Atualmente a homeopatia foi reconhecida e, até mesmo, incluída no SUS; sendo também coberta por alguns planos de Saúde. Algumas pessoas vêem por trás da homeopatia alguma dose de esoterismo e até mesmo de feitiçaria. Sinceramente vejo que na maioria das vezes o esoterismo não é da homeopatia em si e sim de alguns homeopatas. Portanto, a questão não é a homeopatia em si e sim a forma como ela venha a ser apresentada. Se além do medicamento for exigido algum tipo de ritual supersticioso, então devemos evitar este homeopata, assim como evitaríamos um alopata que nos desse medicamentos juntamente com algum tipo de encanto ou coisas deste tipo. É até possível que já tenhamos nos tratado com um alopata que seja feiticeiro ou esotérico e os medicamentos que ele nos receitou fizeram bem por serem frutos de pesquisa cientifica e não de crendices. Assim, sendo a homeopatia ou mesmo a alopatia deve ser analisadas à luz do profissional que a aplica observando se está baseada somente na parte científica ou em crendices contrárias a fé crista.

Em primeiro lugar quero parabenizá-la por procurar ser uma colaboradora na obra do Senhor. Poucos hoje se preocupam em investir financeiramente na seara do Senhor e por isso há tanta necessidade de recursos no campo missionário. Quanto ao fato de você ter se “atrasado” na entrega das suas ofertas (no seu caso você optou por ser dizimista). Creio que se foi por um motivo de força maior o Senhor sabe e você não precisa se sentir devedora a Ele. A Bíblia é clara quanto ao fato de que todo cristão deve investir no Reino de Deus (Cf. I Co 16:10 – “cada um”). Muito além de ser uma obrigação é um privilégio uma graça que o Senhor nos concedeu (cf. II Co 8:4 – “a graça de participarem”). Não entendo que a oferta é um pagamento (pagar o dízimo) e nem que se por um motivo ou outro, em dos meses, eu não possa contribuir eu fique devendo o dízimo, como se fosse um carnê bancário. Você diz que deseja voltar a ser dizimista. Pois bem, continue daqui pra frente. Tranqüilize o seu coração e continue a contribuir da fora que o Senhor a orientar. Eu assentei no meu coração o propósito de contribuir no mínimo com 10 por cento do que ganho. Não no sentido do dízimo legalista que algumas igrejas pregam. É que nesta questão eu decidi ser no mínimo igual aos contribuintes do tempo da Lei. Pois conheço pessoas que criticam duramente os dizimistas, mas nem com o equivalente a isto eles contribuem na obra de Deus. Por isso procuro contribuir e aconselho as pessoas a procurar ser no mínimo dizimistas. Isso porque, apesar de não estabelecer porcentagem, o Novo Testamento ensina o princípio da proporcionalidade na contribuição dos crentes. Veja o que diz I Co 16:2: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for”. Inclusive há também, guardadas as devidas proporções, a proporcionalidade nas bênção advindas da fidelidade na contribuição. Senão vejamos: “E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará” (II Co 9:6). Mas não trate a contribuição que não conseguiu fazer como uma dívida que faria com que Deus a amasse menos. Ele ama aqueles que dão com alegria e não aqueles que contribuem com peso no coração ou como se fossem obrigados a contribuir (cf. II Co 9:5). Caso queira saber um pouco mais sobre contribuição favor ir ao seguinte endereço: http://paginas.terra.com.br/religiao/jabesmar/contribuicao.htm

Sua situação é muito difícil e imagino que passe maus bocados. Como não sei em que circunstância a senhora casou-se com esta pessoa que hoje é seu marido, terei que fazer algumas suposições. 1) Será que você já era convertida e, em desobediência a Deus, casou-se com um descrente achando que o converteria? Conheço muitas pessoas que agem assim e depois amargam anos a fio de prejuízo físico, emocional e espiritual. 2) Será que a você e ele freqüentavam uma igreja e depois ele desviou-se e adentrou ao vício do álcool? 3) Outra possibilidade é que a senhora era descrente e, depois de casada, veio a converter-se não sendo acompanhada nesta decisão por seu cônjuge. Na Primeira hipótese, que acho ser a mais provável, a senhora só estaria colhendo o fruto da desobediência a Palavra de Deus. Muitas pessoas crentes fazem uma idéia muito romântica do casamento em jugo desigual e não pensam que viver o dia a dia com uma pessoa que n/ao tem a mesma fé seja um processo difícil. Nunca param pra pensar que a tendência da maioria das pessoas descrentes é a bebida, o adultério etc. Depois de algum tempo surgem as desavenças, as ofensas, a humilhação, os maus tratos, a estupidez e outras coisas mais; e então, quando se vêem nesta situação, já é tarde. Na segunda e terceira hipóteses, há, por assim dizer, uma atenuante emocional, pois você não teria procurado este problema. Aconteceu por causa das circunstancias da vida. O que fazer numa situação destas? Em qualquer dos casos meu conselho é que você continue orando pelo seu cônjuge. Peça aos irmãos da igreja para orarem por vocês. Faça de tudo para salvar o seu casamento. Pode parecer impossível seu marido mudar de atitude, mas para Deus nada é impossível!

Tente ver que por trás deste homem ignorante e estúpido há um ser humano carente da graça de Deus. Você viu algo precioso nele, tanto é que foi por sua livre escolha que você o elegeu para ser seu marido. Tente vê-lo como uma jóia de ouro jogada na lama, está suja, é verdade, mas ainda assim é uma valiosa jóia. Contudo, há mais um versículo que talvez se encaixe na sua situação. Isto é, se for o caso de você tiver se convertido depois de casada. Veja: “Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido. Mas, se o descrente quiser apartar-se, que se aparte; em tais casos, não fica sujeito à servidão nem o irmão, nem a irmã; Deus vos tem chamado à paz” (I Co 7:12, 13, 15).

É verdade que no Antigo testamento Deus ordenou aos filhos de Israel que guardassem o dia de sábado. Ou seja, o sábado faz parte da Antiga Aliança ou concerto de Deus com o povo de Israel. Com a vinda do Messias, Jesus Cristo, foi inaugurada uma nova aliança. Àqueles que estão em Cristo, estão debaixo da nova aliança e não mais estão sujeitos a observar os inúmeros ritos no AT, inclusive a guarda do sábado. Foi para isso que Cristo cumpriu cabalmente a Lei em nosso lugar, pois não há um único ser humano que conseguiria cumpri-la 100%. Por isso todos são culpados. Senão vejamos: “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tiago 2:10). Tendo Jesus cumprindo a Lei em nosso lugar, nós não estamos mais obrigados a cumprimento de ritos e preceitos para da Lei para sermos aceitos por Deus. Ele nos aceita em Cristo que efetuou a nossa libertação. Veja só: “tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz” (Colossensses 2:14 – negrito meu). “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz” (Efésios 2:14-15 – negrito meu). Citei os versículos acima (existem outros) para mostrar que a igreja de Cristo não está sujeita a guarda do Sábado. Mas também é meu entendimento que não estamos sujeitos a guardar o Domingo nos mesmos moldes que os judeus guardavam o Sábado. Ou seja, como uma ordenança do Senhor. Em romanos lemos: “Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente” (14:15). Eu me incluo entre os que julgam todos os dias iguais, ou seja, pra mim não tem um dia mais santo que o outro. Todos os dias são do Senhor e em todos eles procuro serví-Lo. Você também pergunta: “Por que se fala que domingo é o dia do Senhor?” Esta expressão foi usada pelo apóstolo João em relação ao domingo em Apocalipse 1:10. Dia do Senhor se referia ao dia de Jesus, pois o domingo passou a ter um significado especial para a igreja primitiva. Repetirei abaixo algo que já escrevi em outro consultório, mas que julgo pertinente ao seu questionamento. Uma série de acontecimentos nos mostra a importância que passou a ter para a igreja o primeiro dia da semana, ou seja, o Domingo. [1] Em primeiro lugar, é notável o fato de Jesus ter ressuscitado dentre os mortos no Domingo (cf. João 20:1). [2] Neste mesmo domingo Ele apareceu aos seus discípulos (cf. João 20:19). É digno de nota que João faz questão de frisar que era domingo ao escrever que na tarde “daquele dia, o primeiro da semana”. [3] Uma semana depois, ou seja, no outro domingo, Jesus aparece novamente aos seus discípulos (cf. João 20:26). [4] A igreja foi inaugurada no domingo, pois o dia de Pentecostes sempre caía no domingo (cf. Levítico 23:16). O livro de Atos registra: “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar…” (At 2:1ss). [5] A primeira pregação e o primeiro batismo de crentes, em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo, foi realizado naquele mesmo domingo da festa de pentecostes (Atos 2:14) [5] Temos o registro que a igreja em Trôade se reuniu no domingo para a ceia do Senhor (Atos 20:7) [6] Paulo instruiu os crentes de Corinto a separar sua oferta no primeiro dia da semana (Atos 16 2). Os acontecimentos acima se deram, sem sombra de dúvidas, no domingo e, certamente, este dia ficou marcado na mente dos discípulos e dos crentes primitivos. Há evidencias de que muito cedo, na história da igreja, os crentes começaram a se reunir aos domingos, costume este que atravessou os séculos e, ainda hoje, é observado pela maioria quase que absoluta da cristandade dos nossos dias. Portanto, apesar de não termos um mandamento de nos reunir aos domingos, temos evidências mais que o suficiente para justificar o fato de, como igreja, nos reunirmos aos domingos para adorar, louvar ao Senhor e estudar a Sua Palavra.

Todas as vezes que mentimos intencionalmente é certo que pecamos. Você achava que tinha apenas R$ 25,00 e disse que tinha R$ 50,00. Isto é mentira! Deus julga a intenção e sua intenção foi mentir. O contrário é que não seria pecado, ou seja, você tinha os R$ 50,00, mas achava que só tinha R$ 25,00. Ao ser perguntado você diz que só tem os R$ 25,00, mas, ao verificar, vê que tinha os R$ 50,00. Sua intenção não foi a de mentir, você apenas se enganou, portanto não teria cometido pecado. Neste caso seria aconselhável procurar a pessoa e dizer que cometeu um equivoco. Espero ter conseguido explicar a sua dúvida.

Não me recordo de jamais de ter lido na Bíblia que o Espírito Santo não habita em corpo/templo sujo. Já vi pregadores afirmar que Deus não usa vaso sujo, ou seja, crentes de vida torta. Concordo com eles. Mas daí a afirmar que o Espírito Santo não habita em um crente carnal, por exemplo, há uma enorme distancia. Na verdade o Espírito Santo habita em todo aquele que se arrependeu dos seus pecados e recebeu a Jesus como seu único e suficiente Salvador. No meu caso, por exemplo, o Espírito Santo veio habitar em uma pessoa altamente embriagada. Senti esta habitação com uma “força” muito grande e posso te assegurar que meu corpo não estava lá estas coisas em termos de limpeza. Estava cheio de álcool e tabaco. Contudo, o cristão deve abandonar seus pecados e vícios para que o Espírito Santo possa manifestar a plenitude da Sua presença na sua vida. Quanto mais plenos do Espírito nós estivermos, mas parecidos com Cristo seremos e faremos a vontade de Deus. Seremos agradáveis e aceitáveis na Sua presença. Portanto, o cristão genuíno deve buscar estar com a vida limpa, não para que o Espírito Santo venha habitar nele, mas pelo fato de que o Espírito Santo já habita nele. Assim sendo, ele, como o templo do Espírito Santo, deverá comportar-se como tal, pois caso contrário apagará a atuação do Espírito na sua vida.

O nome Pelegue significa “divisão”. Ao que exatamente se refere esta divisão é matéria para conjecturas. A divisão aqui mencionada é enigmática e as suposições são: a) A dispersão dos descendentes de Noé pela face da terra devido à confusão das linguagens na construção da Torre de Babel (cf. Gn 11:7-9). Surgindo assim as divisões territoriais dos povos. b) Há os que propõem que nesta época houve um cataclismo que teria dividido a terra em continentes em uma velocidade no princípio bem rápida e que foi diminuindo gradualmente. Tenho entendido que a hipótese mais provável seria a divisão territorial causada devido a confusão das línguas, quando um grupo de indivíduos passou a não entender os outros e assim cada um foi se juntando com quem podia se comunicar. Assim a grande multidão que se reunira na cidade onde estava sendo construída a Torre de Babel formou se dividiu formando os vários povos da antiguidade. Contudo, como iniciei dizendo, são apenas suposições e não posso dogmatizar minha opinião.

Para a maioria dos cristãos este é um dos textos mais “complicados” e já foram sugeridas umas 40 interpretações para ele. No meu entendimento muitas delas são simplistas, umas outras forçadas e ainda outras que são apenas maneiras de fugir do problema que o versículo em questão nos apresenta. O contexto no mostra que Paulo está defendendo a doutrina da ressurreição dos crentes para o gozo eterno. Parece que alguns cristãos heréticos estavam ensinando que os mortos não ressuscitam. O apóstolo está mostrando que se não há esperança de ressurreição para uma vida eterna, a vida cristã não faz o menor sentido. No caso dos cristãos primitivos o absurdo era maior ainda! Se o cristianismo é apenas um estilo de vida para este mundo, para que sofrer perseguição e até mesmo a morte? Por que se privar de prazeres e alegrias terrenas? Por que, então, já que a vida é só aqui, não viver de modo a aproveitá-la da melhor forma que pudermos? (cf. I Co 15:30-32). E pior! Se não há ressurreição de mortos, então Cristo não ressuscitou. Se Ele não ressuscitou nossa fé e esperança são vãs, pois não fomos libertos dos nossos pecados (cf. I Co 15:17; Rm 4:25). Paulo afirma: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (I Co 15: 19). Colocarei aqui três possibilidades que entendo serem as mais prováveis, portanto, não serei dogmático. 1) É possível que cristãos heréticos estivessem se batizando pelos seus entes queridos que se converteram mas que haviam morrido sem ter tido tempo de ser batizados. Apesar de improvável é possível que isso estivesse ocorrendo em Corinto. 2) É possível que cristãos heréticos estivessem se batizando pelos seus entes queridos que morreram sem Cristo e sem esperança de salvação com o intuito de salvá-los por este ato ao colocar-se no lugar deles. Um tipo de indulgência como a que foi praticada pela igreja da Idade Média onde se podia comprar a salvação dos parentes depositando dinheiro no caixa da Igreja Papal. As possibilidades acima vão contra todo o ensino do Novo Testamento, pois fica bem claro nas Escrituras que há somente um meio de salvação que é pela aceitação do sacrifício efetuado por Jesus Cristo a nosso favor. Não há nenhuma outra forma pela qual o homem possa ser salvo, pois a Bíblia não nos aponta outra pessoa senão Jesus Cristo (cf. João 3:16; 6:35; 8:12; 14:6; At 4:12; I Timóteo 2:5). Então fica a pergunta: Por que Paulo cita a prática herética sem condená-la? Já que ela vai contra todo o ensino do Novo Testamento, por qual motivo ele a citaria se posicionar-se? A única resposta é que ele está apenas citando que há pessoas que crêem na ressurreição sem entrar em pormenores, pois este não era o seu objetivo agora. Será? Passo agora a mostrar a explicação que mais me agradou. Ela foi tirada do livro “Enciclopédia de Dificuldades Bíblicas” da autoria de Gleason Archer (Editora Vida). É um pouco extenso, mas vale a pena ler. 3) “O assunto discutido em 1Coríntios 15.16-32 é a validade da esperança cristã quanto à ressurreição do corpo de todos os verdadeiros cristãos. A opinião então corrente nos círculos filosóficos gregos e entre os saduceus era que tal reconstituição do corpo era impossível, a partir do momento em que a morte ocorresse. O aparecimento de crentes do AT, ressurretos, em forma corpórea, a muitos habitantes em Jerusalém, após a morte de Jesus (Mateus 27.52) aparentemente foi descartado como mera alucinação, fruto de superstições grosseiras. Todavia, por todo esse parágrafo o apóstolo demonstra que a ressurreição do corpo antes do arrebatamento da Igreja e no final dos tempos foi garantida pelo ressurgimento do próprio Cristo. E nesse contexto que Paulo parte para a discussão da aplicação pessoal dessa alegre perspectiva dos crentes. Quando os mais idosos caíam doentes e ficava cada vez mais certo de que o fim se aproximava, chamavam seus entes queridos à beira da cama e apelavam aos que ainda não eram crentes para que endireitassem seus caminhos diante de Deus. “Logo deixarei vocês todos, meus queridos”, diziam os santos às portas da morte, “mas desejo vê-los outra vez a todos, no céu. Devem, portanto, encontrar-se comigo lá! Lembrem-se de que ninguém poderá ir ao Pai senão mediante a fé viva no Filho. Entreguem seus corações a Jesus”. Quando os parentes saíam de perto da cama, profundamente emocionados pela admoestação sincera e ardente, muitos dos que ainda não haviam assumido um compromisso de fidelidade a Cristo passavam a dar a devida atenção ao convite do Evangelho e recebiam Jesus como Senhor e Salvador. Despertados pelo ente querido que partiu, e bem lembrados de suas últimas palavras, preparavam-se para a confissão pública e o batismo, de acordo com a prática da igreja. Quando, mais tarde, compareciam perante as testemunhas para submeter-se ao batismo, em um sentido muito real faziam-no “por causa dos mortos”, isto é, ´´por amor dos mortos” (a preposição hyper significa “por amor de” em vez de “em prol de” ou “em lugar de”, neste contexto particular, ainda que a principal motivação fosse endireitar suas veredas diante de Deus, como pecadores que precisavam de um Salvador). Nenhum crente do século I, que lesse a carta de Paulo, poderia interpretar erroneamente a expressão hyper tõn nekrõn (“por amor dos mortos”), como se quisesse dizer que a fé de uma pessoa viva poderia ser atribuída a um incrédulo morto, fosse parente ou não daquele cristão. Por todas as Escrituras está muito claro que a graça salvadora não é concedida a alguém mais senão àquela pessoa que crer e exibir sua fé pessoal. Mas alguém que tenha ficado profundamente comovido pelo testemunho de um santo de Deus, à hora da morte, certamente pode ser levado a unir-se ao moribundo, na mesma fé, no mesmo arrependimento, na mesma fidelidade ao Senhor, e na alegre expectativa de encontrar seus queridos na ressurreição. E isso, pois, que ficou implícito no v. 29: “Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos [por amor dos] mortos? Se, absolutamente, os mortos não ressuscitam, por que se batizam por causa [por amor] deles?” O v. 30 transmite o mesmo pensamento: “E por que também nós nos expomos a perigos a toda hora?” E a seguir no v. 32 Paulo conclui: “Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam [fisicamente, de suas sepulturas], comamos e bebamos, que amanhã morreremos”. Em outras palavras, se a esperança da ressurreição corpórea dos cristãos é uma ilusão, o próprio Cristo não poderia ter ressuscitado fisicamente da sepultura. E se o Senhor nunca ressuscitou, a proclamação do Evangelho é uma fraude, e não há libertação do pecado, da morte e do Inferno. “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (v. 17). Portanto, a doutrina da ressurreição corpórea não é uma questão de opinião para o cristão; é a própria essência da salvação. Mas a salvação está à disposição apenas dos que pessoalmente reagem com arrependimento e fé ao chamado do Mestre. Não existe conversão por procuração. Jamais encontraremos tal ensino em parte alguma das Escrituras, sendo inteiramente estranho ao que a Bíblia ensina a respeito da salvação” (pp. 430-432).

Depois de pensar bastante sobre sua pergunta e meditar nas implicações da sua situação me sinto mais tranqüilo para expressar minha opinião. Você está certa quanto ao ter alertado sua irmã sobre o fato que Deus não aprova o casamento em jugo desigual. Isto está muito claro na Bíblia e é um princípio que vem desde o Antigo Testamento. Conheço várias irmãs que decidiram desobedecer a orientação bíblica e hoje, depois de muitos anos, estão pagando um preço alto por terem dado este passo. Como sofrem!!! Na verdade, sua irmã, que já tem oito anos de convertida, sabe disso e não deveria ficar chateada contigo. Quanto a aceitar ou não o convite, minha opinião é de que você pode aceitar sim. Eu não prego em casamento em jugo desigual e os que me conhecem sabem o que penso sobre o assunto. Mas como se trata de sua irmã e uma negativa pode gerar conflitos familiares e até mesmo fechar mais o coração do seu futuro cunhado ao Evangelho. Aliás, seu cunhado, como descrente, não entenderá que o motivo de você não aceitar o convite não tem nada a ver com seu caráter, valor, honra etc. e por isso poderá sentir-se ofendido. Se sua irmã que conhece a Palavra se deu por ofendido imagina ele! Portanto, já que você já fez sua parte a alertando e mesmo assim ela mantém o convite de pé, aceite o convite. Quem sabe um dia se abra uma oportunidade para você testemunhar sua fé ao seu futuro cunhado. Sei que os irmãos mais sensíveis não responderiam assim e deixo claro que esta é a minha opinião neste caso em específico, mas acima da minha opinião você deve consultar ao Senhor e segundo o que Ele te mostrar tomar sua decisão.

Até onde me recordo a Bíblia não diz absolutamente nada acerca da auto-hemoterapia. A auto-hemoterapia se faz retirando-se o sangue de uma veia e aplicando-o no músculo, braço ou nádega, sem nada acrescentar ao sangue. Dizem que este procedimento estimula o organismo a produzir substâncias que ajudariam no combate a diversas enfermidades. Se a Bíblia não diz nada, o mesmo não se pode dizer dos órgãos de saúde que têm se posicionado contra tal procedimento. Vejamos: “No final do mês de março de 2007, a Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (SBHH) “Frente a inúmeros questionamentos recebidos, tanto por parte de profissionais médicos como não médicos, relacionados à suposta prática denominada ´auto-hemoterapia´ “, divulgou um COMUNICADO contra. No dia 13 de abril de 2007, a ANVISA que “Considerando os questionamentos recebidos pela Gerência de Sangue e Componentes – GGSTO/ANVISA, sobre a prática denominada de ´auto-hemoterapia´ “, divulgou uma NOTA TÉCNICA também contra.” Do ponto de vista teológico não se pode afirmar nem que a Bíblia apóia e nem que ela proíbe. Portanto, esta decisão deve ficar por conta de cada leitor. Eu, por exemplo, prefiro ser muito cauteloso quanto a estes procedimentos que prometem resultados mirabolantes.

No capítulo 6 vemos Jeremias profetizando a iminência da queda de Jerusalém diante do inimigo (vv. 1-8), depois ele mostra os pecados pelos quais o Senhor castigaria a cidade e as conseqüências da sua iniqüidade (9-15). No versículo 16 o profeta faz um convite ao povo para que volte aos caminhos do Senhor. O termo “veredas antigas” é uma figura de linguagem que se refere a tradicional vida religiosa de Israel conforme revelada pelo Senhor a Moisés. O povo havia se desviado de fazer a vontade de Deus e o profeta os convida a retornarem a adorar somente a Jeová e obedecer aos seus mandamentos (ver Dt 32:7). Se eles andassem no bom caminho, no caminho verdadeiro, no qual seus antepassados piedosos haviam trilhado, eles achariam descanso. A mesma idéia foi expressa pelo Senhor Jesus em Mateus 11:29. Passemos agora a sua pergunta sobre a legalidade de Satanás sobre o crente. Não há, neste texto, a mínima possibilidade de apoio a esta interpretação. O contexto nos trata da desobediência e dos resultados dela para Judá. Está idéia de Satanás ter legalidade, ou seja, direitos sobre uma pessoa salva pelo lavar renovador e regenerador do sangue de Cristo é mais uma destas novas doutrinas adotadas em algumas destas igrejas que vivem de novidades “teológicas”. Isso mesmo, teologia entre aspas. A Bíblia afirma que o inimigo da nossa alma pode nos tentar (cf. Gn 3:1s; Mt 4:11; 16:23; At 5:3; I Co 7:5), confundir e imitar as coisas de Deus (cf. I Co 10:20; II Co 4:3,4; 11:13-15; II Ts 2:9). Quer nos destruir (cf. I pe 5:8), semeia o joio na igreja para atrapalhar (Mt 12:38s; I Ts 2:18), cria problemas (II Co 12:10, 11) etc. Tudo isso e algumas coisas a mais. Mas isso ele faz com todos os crentes, inclusive os mais fieis, e não com um grupo seleto que teria dado legalidade a Ele. É verdade que somos exortados a não dar lugar ao diabo (Ef 4:27), pois sem darmos lugar ele nos tenta imagina como será se formos crentes relaxados? A maioria destes pregadores coloca a culpa de todos os seus erros e dos erros dos crentes no diabo. O camarada desfalca a empresa. Foi o diabo! Fica dando carona para uma colega de trabalho e acaba indo para o motel com ela. Foi o diabo! Enche a cara de bebida alcoólica. Foi o diabo! Bate na mulher. Foi o diabo! E por ai vai… Não devemos nos esquecer que na maioria das vezes a fonte da tentação é a nossa própria carne (nossa cobiça, orgulho, desejos carnais fortes, falta de domínio próprio, falta de disciplina etc. (Tg 4:1-8).

Não sou músico e nem especialista da área, mas mesmo assim me arrisco a responder sua pergunta do ponto de vista bíblico e da observação do estado das coisas na atualidade. A palavra Salmo, que é de origem hebraica (psalmos), significava primeiramente dedilhar um instrumento de cordas (provavelmente harpa). Posteriormente passou a denotar a canção sacra cantada com acompanhamento musical (cf. Dicionário Wine, pp. 966, 967). “Cântico do grego (õde – canção, cântico) sempre é usada no Novo Testamento (como na Septuaginta), em louvor a Deus ou a Jesus; em Efésios 5:19 e Colossensses 3:16, é acrescentado o adjetivo “espirituais”, porque a palavra em si é genérica e pode ser usada acerca de cânticos de qualquer tipo…” (Dicionário Wine, p. 948). Hino do grego humnos “denota “cântico de louvor dirigido a Deus” (em português, “hino”), ocorre em Ef 5:19 e Cl 3:16…” (Dicionário Wine, p. 691). No grego clássico eram cânticos líricos festivos cantados a um deus, mas nos textos citados referem-se unicamente ao louvor a Deus nas reuniões da igreja. Coro na Bíblia refere-se a um coral formado por várias pessoas e aparece somente no Antigo Testamento. Cânticos é um termo geral para uma composição musical Louvor. “Substantivos: 1. ainos, primariamente “narrativa, narração”, veio a denotar “louvor”; no Novo Testamento se refere somente a Deus (Mt 21:16; Lc 18:43). 2. epainos, forma do n° 1 (epi, “sobre”), denota a “aprovação, elogio, louvor”… deve-se atibuir louvor a Deus em relação a Sua glória…” (Dicionário Wine, p. 760, 761). Pode-se dizer que “louvor” é o justo elogio dado a alguém, no presente caso a Deus, por Seu caráter, Suas perfeições, Seus feitos, Sua maravilhosa graça, Seus cuidados etc. Tendo dado estas definições técnicas passo agora a responder do ponto de vista da cultura evangélica atual que tem dado a cada um destes termos um significado que até mesmo pode variar de região para região deste imenso país. Normalmente quando falamos em hinos estamos pensando nas músicas dos hinários tais como Hinos e Cânticos, Cantor Cristão etc. São aquelas melodias de estilo europeu ou norte americano em um estilo, digamos, mais clássico. Se bem que há em tais hinários outros ritmos que em seus paises de origem fazem parte de vários estilos tais como marcha militar, valsa e músicas folclóricas etc. Com cânticos, geralmente, estamos nos referindo as composições de irmãos mais contemporâneos e que normalmente não estão inseridos nos hinários “oficiais”dos grupos evangélicos mais antigos. Alguns grupos mais novos por não terem uma herança musical nem mesmo têm uma coletânea de hinos e vão cantando os cânticos que estão na “moda”. Como coro ou corinho, normalmente nos referimos uma canção curta que pode ou não estar incluída no hinário “oficial” ou coletâneas avulsas como Cânticos de Sião (usado por irmãos de algumas Casas de Oração). Já louvores é um termo que tem sido usado para designar a ação de cantar para Deus. Se alguém vai cantar dizemos que vai louvar ou cantar louvores. Em algumas igrejas o período de cânticos é chamado de período de louvor. Até onde sei nenhum grupo tem o costume de usar a palavra salmo ou salmodiar para denotar o período musical das reuniões da igreja. Salmo, para a maioria de nós são as composições do livro dos Salmos. Como você pode ver, na verdade os termos se referem ao ato de cantar só diferindo entre si na forma ou extensão do que se canta.

Difícil esta situação não? Vários irmãos passam por situações assim e nem sempre é fácil ter uma atitude bíblica. Você pergunta: “Devemos perdoá-la e agir como se nada tivesse acontecido?” Certamente devemos perdoar. Nosso Senhor quando estava sendo crucificado e agredido com palavra perdoou seus ofensores. O mesmo fez Estevão ao ser apedrejado até a morte. Devemos nos afastar dela? Você pergunta. Dependendo da situação sim. Se eu sei que determinada pessoa vai me agredir verbalmente se eu chegar perto dela, o melhor que faço é evitar os lugares onde ela freqüenta. Mas lembre-se que evitar não significa ignorar. Você deve orar por ela e pedir a Deus que mude aquele coração endurecido pelo pecado. Revidar não é uma coisa boa de se fazer, pois isto pode gerar desdobramentos que manchariam nosso testemunho. As pessoas do mundo não levam desaforo pra casa, mas nós que temos um nome a zelar, o nome do nosso Senhor, devemos ser diferentes até nisso. Na verdade é isso que os descrentes esperam de nós, atitudes diferentes. É isso que vai despertar neles o interesse em conhecer nosso Senhor. Se agirmos como uma pessoa qualquer agiria, eles não verão a diferença que Cristo faz em nossa vida. Há um versículo que diz: “Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos” (Zc 4:10). Mantenha-se firme que o Senhor vai agir em seu favor. Nossa esperança é que tal pessoa se converta, mas se for necessário ele pode, até mesmo, agir rigorosamente contra ela. No Senhor nossa vitória está garantida.

A versão Almeida e Corrigida Fiel é uma boa versão, mas daí a dizer que ela é a melhor versão da Bíblia em Português é um exagero e tanto! Aliás, há os que dizem que ela é a única Bíblia verdadeira na nossa língua, o que é um absurdo! Graças a Deus temos boas traduções em Português. Aqui no Espírito Santo tinha uns dois ou três irmãos que diziam que a única versão aceita era a Revista e Corrigida da Sociedade Bíblica Brasileira e um deles chegou ao absurdo de, em uma igreja local onde foi convidado a pregar, mandar um irmão que fez uma leitura na Revista e Atualizada jogar a sua Bíblia pela janela pois, na sua concepção, ela não valia nada. Tenho percebido que os irmãos mais radicais nesta questão de tradução não entendem praticamente nada das línguas originais e, portanto, não sabem das dificuldades que envolvem a tradução do Hebraico e Grego para outra língua. “Infelizmente, no meio evangélico, há muito “odium theologicum” entre alguns partidários de uma ou de outra tradução, que tentam demonizar uma ou outra versão evangélica da Bíblia Sagrada. Grande parte desse sectarismo provém daqueles que desconhecem completamente as gramáticas do hebraico e do grego, jamais estudaram tradutologia e não conhecem pessoalmente os tradutores e revisores das bíblias que atacam” (Lucian Benigno – Bacharel em Grego e Mestrando em Hebraico). Na verdade alguns brigam por causa da substituição de palavras que caíram em desuso por outras palavras que transmitem melhor o significado do termo nos dias de hoje. Parecem esquecer que a língua é dinâmica e que termos que tem um significado hoje podem cair em desuso ou até mesmo passar a ter outro significado. Gostaria de dar alguns exemplos: “E há de ser que, naquele tempo, esquadrinharei a Jerusalém com lanternas, e castigarei os homens que se embrutecem com as fezes do vinho, que dizem no seu coração: O Senhor não faz o bem nem faz o mal” (Sofonias 1:12). A pessoa está lendo nesta versão e vai pensar: “fezes do vinho? O que será que significa isso?” A tradução que mais faz sentido hoje seria resíduos do vinho e não fezes do vinho. “porquanto cobriu o seu rosto com a sua gordura, e criou carne gorda nas ilhargas” (Jó 15:27). “Porquanto cobriu o seu rosto com a sua gordura, e criou gordura nas ilhargas” (Jó 15:27). Alguém ai sabe onde fica sua ilharga? Não. Fique tranqüilo que ilharga é o mesmo que cintura. “Era a jovem sobremaneira formosa; e cuidava do rei, e o servia; porém o rei não a conheceu” (1 Reis 1:4). “E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus” (Mateus 1:25). Espera ai, como a jovem servia o rei e ele na a conhecia? Como José não havia conhecido a Maria se eles já haviam se casado? Uma pessoa comum não sabe que neste contexto “conhecer” é o mesmo que “manter relações sexuais” Creio que quando Deus escolheu comunicar sua Revelação de forma escrita, Ele intencionava fazê-lo de forma que todos que viessem ter acesso a ela pudessem compreender o que Ele quer comunicar aos homens. De que adianta uma pessoa ler a Bíblia e não entender os termos? Como uma pessoa simples que não está acostumada ao evangelicales pode entender palavras tais como: concupiscência, lascívia, enxundia, ilhargas, agastar, catadupas, chilrear, chocarrices, escabelo, ignomínia, irrisão, jactância, nédio, nichos, ósculo, tisnadura, torpe, vilipendio, entre outras? Portanto, creio que as revisões e atualizações são uma necessidade. Com o passar dos anos algumas palavras deixam de ser usadas e podem, perfeitamente, ser substituídas por outras que, para os falantes atuais da língua, têm o mesmo sentido com a diferença que não se precisa de um dicionário para entender a Palavra de Deus. Tenho em mãos uma Bíblia muito antiga que ganhei do meu avô. Infelizmente o tempo levou a página onde está a data de impressão, mas nela ainda se escreve Job, Psalmos, Ecclesiastes, Mattheus, Actos, Corinthios, Ephesios, Philippenses, Timotheo, Apocalypse etc. Pois bem, nela em Isaías3:20 tem uma palavra que hoje é uma palavra de baixo calão, um palavrão, o qual não ouso mencionar aqui, pois correria o risco de ser lançado às feras.. Pergunto, devemos manter aquela palavra ou mudar por uma outra que significa a mesma coisa e que hoje será imediatamente entendida. A verdade mais pura é que Deus preservou Sua Palavra pra nós e existem vários manuscritos antigos, mas quanto aos manuscritos originais, eles não existem mais. Os manuscritos que dispomos hoje são cópias dos originais. Ou seja, aquelas cartas que Paulo enviou para as igrejas não existem mais, pois fora corroídas pelo tempo. Mas, graças a Deus, houve irmãos as copiaram de modo que hoje temos acesso a um texto muito próximo dos originais. O que acontece é uma preferência por alguns manuscritos em detrimento de outros e é daí que provêm os exageros. Na verdade o que se chama de erros nada mais são que diferenças de opiniões. Alguns defensores de certa versão chegam ao cúmulo de chamar a NVI de “Nova Versão do Inferno”. Não tenho procuração para defender a NVI. Ela nem mesmo é a Bíblia que uso para pregar, mas posso te assegurar que a afirmação não é verdadeira. Digo isso por conhecer e ter convivido por alguns anos com dois dos irmãos que fizeram parte da comissão tradutora para o Português. Posso te afiançar que ambos amam e defendem a veracidade e inerrância das Sagradas Escrituras, que ambos buscam viver e praticar as verdades que elas contêm. Portanto, meu irmão, evite acreditar em exageros pois nesta questão o melhor é manter o equilíbrio e o bon senso. evite acreditar nas falácias veiculads na Internet e também por pessoas que vivem nos procurando para pessoalmente falar de tradução, alguns dois quais nem mesmo entendem o Português que é sua língua materna (imagina então o Hebraico e Grego) e querem se meter a falar de tradução. TERMOS BÍBLICOS ARCAICOS Agastar (Is 47:6) = irritar, irar Aio (I CO 4:15; Gl 3:24,25 = Catadupas (Sl 42:7) = Queda d’água Chilrear (Is 8:19; 38:14) = tagarelar Chocarrices (Ef 5:4) = gracejo grosso Concupiscências (Rm 16:2) = desejo intenso, forte Defraudar (Tt 2:10) = espoliar, lesar, tirar vantagem Escabelo (Sl 100:1) = lugar para por os pés (quando se assenta) Ignomínia (I Co 15:43) = grande desonra Irrisão (Jó 12:4) = zombaria, escárnio Jactância (Rm 3:27) = orgulhoso Nédio (Sl 66:15) = luzidio, brilhante (de pele brilhosa) Nichos (At 19:24) = miniaturas Ósculo (I Co 16:20) = beijo Tisnadura (Jl 29:9) – Tisnar = tornar negro como o carvão Torpe (Cl 3:8) = obsceno, indecente Vilipêndio (Pv 6:33) = desprezo Vitupério (Hb 13:13) = insulto, injúria Enxundia (Jó 15:27) = gordura Ilhargas (Jó 15:27) = parte lateral e inferiores do baixo ventre

Não creio ser da competência dos anciãos da igreja local pedir o batismo e, muito menos, o rebatismo de alguém. O pedido de batismo deve ser feito por uma livre decisão do crente e não ser sugerido, e muito menos imposto, por terceiros, independentemente de quem seja. O pedido de batismo deve ser motivado pelo desejo nascido no coração do crente em obediência a ordenança deixada pelo Senhor Jesus. O que os anciãos devem fazer é ensinar sobre o batismo e mostrar aos novos crentes a necessidade de serem batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Não creio que exista base bíblica para um novo batismo de quem creu e foi batizado no nome da Santa Trindade em uma igreja genuinamente cristã. Conheço crentes que mudaram de convicção quanto à forma de batismo, mas, que por levarem a sério os nomes sob os quais foram batizados – Pai, Filho e Espírito Santo, não pediram pra ser batizados novamente. Tais irmãos entendem que isto seria brincar com coisa séria. Refiro-me tanto a aspercionistas que viraram imersionistas, como a imersionistas que viraram aspersionistas (sim, eles existem). Todavia, pode ocorrer que uma pessoa tenha sido “batizada” antes de crer, e depois de nascer de novo queira ser batizada, caso em que não vislumbro nenhum inconveniente, pois a ordem bíblica é crer e ser batizado e não ser batizado e depois crer, aplicando-se a hipótese mesmo que a pessoa tenha sido batizada numa igreja genuinamente cristã. Esse princípio é aplicável, também, a uma pessoa que tenha sido “batizada” por uma seita pseudocristã e ao nascer de novo queira receber o batismo cristão. Assim, quando estes crentes entendem, por intermédio do ensino bíblico, que devem ser batizados numa igreja genuinamente cristã, creio não haver nenhum óbice ao ato, pois o seu entendimento está em consonância com a ordenança do Senhor. O problema é quando por uma questão de forma de batismo, assunto assaz polêmico, cujo mérito aqui não se cogita, alguns líderes querem exigir que o crente que foi batizado de uma forma que eles acham incorreta, seja rebatizado da forma que eles acham correta. Alguns até mesmo impõem a um crente velho o rebatismo como condição sine qua non1 para integrar a membresia na igreja local e, só então, se tornar apto a participar da Ceia do Senhor e até mesmo a pregar. Na igreja onde sou membro todo o crente de bom testemunho, é recebido tanto para ser membro, como para o ministério da Palavra e para a ceia do Senhor (afinal a ceia é dele e não nossa), sem qualquer questionamento sobre a forma pela qual ele tenha sido batizado. Quando um crente é transferido para nossa localidade, jamais ele é submetido a interrogatório sobre a forma pela qual foi batizado. Ele é recebido com base nas informações contidas na carta de transferência expedida pela igreja de onde ele veio e, assim que é recebido, passa a desfrutar de todos os privilégios da nossa igreja local. Ali ele poderá exercitar os seu(s) dom(ns) espiritual(ais) para a nossa mútua edificação. É assim que os irmãos que iniciaram o Movimento dos Irmãos criam e é assim que muitos irmãos continuam entendendo esta questão. Mesmo ciente de que este assunto tem sido causa de incontáveis divisões e profundas tristezas, não poderia deixar de expressar o que entendo a respeito desta questão. Este é o meu entendimento, mas não quero, nem autorizo, que a minha opinião seja usada para desafiar lideranças que tenham entendimento diverso do meu e, em assim fazendo, dar causa exatamente ao que quero evitar ao adotar esta posição, que é conflito entre os crentes. Cada líder dará contas ao Senhor dos exageros e das omissões que porventura tiver cometido. Nota: 1. sine qua non [Lat., ‘sem a qual não’.] à Expressão que indica uma cláusula ou condição sem a qual não se fará certa coisa.

A Bíblia, a Palavra infalível de Deus diz: “E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem formou uma mulher”(Gn 2:22 – RC). “E a costela que o SENHOR Deus tomara ao homem, transformou-a numa mulher” (Gn 2:22 – RA). Na Sua soberania esta foi a forma pela qual Deus decidiu criar a mulher. Fez com que ela fosse derivada de Adão. Guardadas as devidas proporções, podemos dizer que esta foi a primeira clonagem da história da humanidade. Não tenho dúvidas de que foi da costela de Adão que o Senhor formou a Eva.

A Bíblia não traz instruções diretas para a esposa do presbítero. Quando trata dos diáconos que, ao contrário do que muitos pensam, não faziam parte da liderança espiritual das igrejas (liderança bíblica é o presbitério), a Bíblia menciona algumas qualificações para as mulheres. São elas: “Da mesma sorte, quanto a mulheres, é necessário que sejam elas respeitáveis, não maldizentes, temperantes e fiéis em tudo” (I Tm 3:11). Mas aqui não se trata das esposas dos diáconos e sim a diaconisas. Portanto, não há instruções para esposas dos presbíteros e nem para as esposas dos diáconos. No entanto, creio que nas instruções aos presbíteros podemos inferir algo sobre suas esposas, pois uma das qualificações indispensáveis ao presbítero diz respeito direto a sua família. Lemos em I Timóteo 3:4,5: “…que governe bem a própria casa, …(pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?)” Disto podemos supor que a esposa do presbítero deve ser uma mulher que respeita ao seu marido e lhe é submissa, como é de se esperar de uma mulher cristã. Ela deve ser uma mulher que “autentique” o ministério do seu marido por um bom comportamento na vida familiar. Deve ser uma boa mãe, pois caso contrário seu mau testemunho como mãe atrapalhará a vida espiritual dos seus filhos e desqualificará sua família como família de um dos líderes da igreja. Lemos também que o presbítero deve ser hospitaleiro (I Tm 3:2). Mais uma vez podemos inferir que sua esposa também o deva ser. Como um presbítero poderá exercer hospitalidade se sua esposa também não for hospitaleira? Além disso, há na Bíblia varias instruções para as esposas crentes e me parece lógico que a esposa do presbítero deveria ser a primeira a observar estas instruções. Vejamos algumas: “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor; porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo. Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido” (Ef 5:22-24). “Esposas, sede submissas ao próprio marido, como convém no Senhor” (Cl 3:18). “Quanto às mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias em seu proceder, não caluniadoras, não escravizadas a muito vinho; sejam mestras do bem, a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos, a serem sensatas, honestas, boas donas de casa, bondosas, sujeitas ao marido, para que a palavra de Deus não seja difamada” (Tt 2:3-5 – imagino que estas mulheres idosas que deveriam instruir as jovens esposas ou eram casadas ou viúvas, pois caso contrário seria difícil para elas passar as jovens recém-casadas instruções sobre a vida matrimonial). “Não procure ficar bonita usando enfeites, penteados exagerados, jóias ou vestidos caros. Pelo contrário, a beleza de você deve estar no coração, pois ela não se perde; ela é a beleza de um espírito calmo e delicado, que tem muito valor para Deus. Porque era assim que costumavam se enfeitar as mulheres do passado, as mulheres que eram dedicadas a Deus e que punham a sua esperança nele. Elas eram obedientes ao seu marido” (I Pe 3:3-5 – citei a Bíblia na Linguagem de hoje por expressar melhor o sentido do texto). Assim sendo, creio eu que além das qualificações inferidas no texto que fala sobre as qualificações do presbítero as qualificações para as mulheres crentes são para a esposa do presbítero. Conheço um líder que decidiu deixar a liderança da igreja devido ao mau comportamento da sua esposa, pois, frequentemente, ela se indispunha com os membros da igreja. Ele agiu corretamente, pois um líder que não governa bem sua própria casa não tem condições de liderar bem a igreja de Deus (cf. I Tm 3:5).

O próprio Salmo 73 nos dá a resposta a sua pergunta. Ele fala de um crente que quase caiu espiritualmente por achar que os perversos viviam regaladamente enquanto ele, que procurava servir ao Senhor, enfrentava dificuldades. Isso gerou no seu coração um sentimento de inveja que o fez questionar ao Senhor. Ele invejava a prosperidade deles; invejava a vida sem preocupações que eles tinham; invejava a saúde e a pele bonita deles e invejava a tranqüilidade deles. Pois apesar dos seus pecados, perversidade e maldade (soberba, zombaria, linguagem maliciosa, opressão, altivez, blasfêmias etc.) a vida deles parecia ser um “mar de rosas”. Tudo dava certo pra eles! Já para o crente em Jeová, apesar da sua busca pela santidade, era afligido e castigado pelos seus erros e isso incomodava seu coração. Ao observar estas coisas ele ficou sem entender a matemática existencial de Deus. Mas isso foi somente enquanto ele olhava pras circunstancias, ao voltar seu olhar pra Deus seu entendimento adquiriu a perspectiva correta (vs. 17). Ele admite sua ignorância e estado bruto de mente, pois percebeu que o Senhor o segurava pela mão, o guiava com sua Palavra e, finalmente o receberia na glória. Que apesar do seu corpo sofrer o desgaste dos anos o Senhor fortalecia seu coração e era a sua herança perpétua! Ao passo que os infiéis pereceriam, seriam desprezados e destruídos pelo Todo-poderoso. O salmista percebe que bom mesmo é continuar junto a Deus, fazer dele seu refúgio seguro e proclamar os feitos e as maravilhas do Senhor. Não há nada melhor para o crente em Jeová do que fazer a Sua vontade e esperar na Sua justiça. Ainda hoje há crentes vivendo este dilema. Olham para os mundanos e suas vidas regaladas e acham que não é justo os descrentes viverem tão bem enquanto eles lutam pra viver honestamente. Eles são famosos, ricos, saudáveis etc., têm uma boa casa, carrões, os melhores equipamentos, seus filhos estudam nas melhores escolas, vestem as melhores roupas etc. Mas o que eles não vêem é o coração destas pessoas! Quantas incertezas, quanto vazio, quanta prisão de alma, quanta angustia, quanta dor pela falta de perspectiva espiritual! Toda a sua riqueza e todos os seus bens não satisfazem suas almas e por isso eles, que aparentemente estão bem, sofrem dores invisíveis que de tão insuportáveis levam alguns deles as drogas e até mesmo ao suicídio. Que triste isso. Conheço uma família muito rica. Eles moram numa linda cobertura com uma vista magnífica e além do excelente apartamento possuem uma casa na praia, carros etc. Aparecem na coluna social e são invejados por muitos. Às vezes vou a casa deles e vejo o que a maioria das pessoas não vê. Vejo rixas e disputa, gritaria, angustia de alma, tensão emocional, remédios de traja preta (uns para dormir e outros para fazer acordar), em suma, falta de paz. Ai eu fico pensando que rico mesmo sou eu. Primeiramente da graça de Deus e, em segundo lugar, pelas suas conseqüências na minha vida e na minha família. Desfruto da perene paz de Deus, tenho o necessário para viver e trabalhar, vivo bem com minha esposa e filha, tenho irmãos e irmãs em cristo no Brasil e em vários países (pessoas que se importam comigo) e, além de tudo isso, o mais importante: tenho a bendita promessa de que um dia serei levado a presença do meu Senhor (momento para mim de indescritível alegria) e viverei eternamente com ele em um lugar perfeito de pura luz!. O que mais um homem ou uma mulher pode querer? Portanto, não tenho nenhum motivo para invejar os descrentes, pois, de uma hora pra outra a origem ilícita de seus bens pode vir à tona. O escândalo e a vergonha provocarão a fuga em massa dos “amigos”, podem até mesmo ser presos. Mas o pior de tudo é que eles também serão levados à presença de Deus. Então, aquele acontecimento que para nós será maravilhoso, para eles será um momento do mais puro terror e desespero.

Para dar uma resposta exata eu teria que conhecer os pormenores do caso. Responderei a partir da suposição de que a irmã em questão é a parte inocente e crente fiel. Neste caso, é meu entender que ela não pode ser penalizada pelo pecado do seu marido. O fato dela saber que seu marido tem uma amante certamente a incomoda e a humilha, mas não a torna participante do pecado e nem da culpa. Portanto, é meu entendimento que ela deve desfrutar de todos os privilégios que a igreja local lhe concede. Por outro lado, a liderança da igreja deve buscar uma forma de ajudar, de alguma forma, o referido casal (suponho que o marido seja descrente) a acertar a situação. De sua parte a igreja deve colocar-se em fervorosa oração a favor da irmã rogando ao Senhor que resolva sua incômoda situação.

Não tenho dúvidas que Deus ouve a oração de um descrente. Se a oração é dirigida somente a Ele com sinceridade e inteireza de coração. Vemos na Bíblia pelo menos um exemplo de uma pessoa não salva que orou a Deus e foi ouvida. Trata-se de Cornélio. Mesmo antes dele receber a Jesus como Salvador ele orou e Deus ouviu suas orações. Vejamos: “Esse homem observou claramente durante uma visão, cerca da hora nona do dia, um anjo de Deus que se aproximou dele e lhe disse: Cornélio! Este, fixando nele os olhos e possuído de temor, perguntou: Que é, Senhor? E o anjo lhe disse: As tuas orações e as tuas esmolas subiram para memória diante de Deus”. Sua pergunta além de genérica (“se Deus atende a oração daqueles que ainda não são crentes”), tem um aspecto pessoal ao se referir a pessoa que está em fornicação (segundo você diz, contra a vontade) e que, no seu entender, em vias de se converter. Quanto as orações desta pessoa, não tenho condições de saber se Deus as atenderá. Para dar um sim ou um não eu teria que me arvorar a posição de secretário da Santíssima Trindade, o que, certamente não sou. Posso te dizer que no meu entendimento há uma possibilidade de Deus ouvir as orações da referida pessoas, principalmente se ela está pedindo ao Senhor que a liberte da condição de fornicario (a) e se está pedindo a Ele que ilumine sua vida com a luz de Cristo.

A verdade é que não existe um versículo que explique o motivo de nos reunirmos no domingo. Contudo, uma série de acontecimentos nos mostra a importância que passou a ter para a igreja o primeiro dia da semana, ou seja, o Domingo. [1] Em primeiro lugar, é notável o fato de Jesus ter ressuscitado dentre os mortos no Domingo (cf. João 20:1). [2] Neste mesmo domingo Ele apareceu aos seus discípulos (cf. João 20:19). É digno de nota que João faz questão de frisar que era domingo ao escrever que na tarde “daquele dia, o primeiro da semana”. [3] Uma semana depois, ou seja, no outro domingo, Jesus aparece novamente aos seus discípulos (cf. João 20:26). [4] A igreja foi inaugurada no domingo, pois o dia de Pentecostes sempre caia no domingo (cf. Levítico 23:16). O livro de Atos registra: “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar…” (At 2:1ss). [5] A primeira pregação e o primeiro batismo de crentes, em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo, foi realizado naquele mesmo domingo da festa de pentecostes (Atos 2:14) [5] Temos o registro que a igreja em Trôade se reuniu no domingo para a ceia do Senhor (Atos 20:7) [6] Paulo instruiu os crentes de Corinto a separar sua oferta no primeiro dia da semana (Atos 16 2). Por último, [7] o Apóstolo João escreveu que “no dia do Senhor” (um eufemismo para domingo) Jesus apareceu a ele e começou a lhe revelar as profecias do livro de Apocalipse (Apocalipse 1:10). O simples fato de João diferenciar o dia nos dá a entender que era um dia especial, um dia diferente. A maioria dos comentaristas identificam este dia como sendo o domingo que foi o dia no qual o Senhor Jesus ressuscitou. Seriam todas estas menções apenas coincidência ou o Senhor quer nos dizer algo a respeito deste dia? Os acontecimentos acima se deram, sem sombra de dúvidas, no domingo e, certamente, este dia ficou marcado na mente dos discípulos e dos crentes primitivos. Há evidencias históricas de que muito cedo, na história da igreja, os crentes começaram a se reunir aos domingos, costume este que atravessou os séculos e, ainda hoje, é observado pela maioria quase que absoluta da cristandade dos nossos dias. Portanto, apesar de não termos um mandamento de nos reunir aos domingos, temos evidências mais que o suficiente para justificar o fato de, como igreja, nos reunirmos aos domingos para adorar, louvar ao Senhor e estudar a Sua Palavra.

Até onde estou informado as igrejas locais que se identificam com os distintivos dos Irmãos não têm nenhuma ligação com a Congregação Cristã no Brasil. A única coisa que temos em comum é o uso do véu por parte das irmãs nas reuniões da igreja e pára por ai. Mas é exatamente isso que leva algumas pessoas a pensarem que temos algum tipo de ligação com esta denominação. Pra início de conversa, a maioria dos historiadores fixam o início do Movimento dos irmãos em meados de 1825 no Reino Unido. Já a Congregação Cristã no Brasil iniciou-se aqui no Brasil em 1910 (São Paulo e Paraná). Seu fundador foi um italiano chamado Louis Francescon que veio pra cá como fruto de uma “revelação”. A Congregação Cristã no Brasil tem características de seita com algumas distorções doutrinárias com as quais não só os Irmãos, mas também a maioria dos Evangélicos não concordam. Passo a alistar algumas delas: 1) Orgulho denominacional extremista que os leva a ter aversão a todas as igrejas que diferem deles; 2) Afirmam que só são salvos os crentes filiados a Congregação Cristã no Brasil. Desenvolveram a doutrina de auto-salvação, ou seja, salvação só entre a irmandade! Pergunto: Teriam todos os crentes que viveram antes desta igreja ser fundada ido para o inferno? 3) Alegam que só o batismo deles é certo, rebatizando todo membro de outra igreja evangélica que queira juntar-se a eles. Afirmam também que a expressão “eu te batizo” em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo é errada. Dizem que neste caso o “eu te batizo” coloca o homem na frente de Deus. Segundo eles o correto seria: “Em nome do Senhor Jesus te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Com podem ver é uma mera questão de palavras que no final das contas dá no mesmo. Também crêem que o seu batismo purifica pecados. 4) Dizem que a oração só pode ser feita pela pessoa ajoelhada. Sem comentários, pois temos na Bíblia exemplos dos servos de Deus orando nas mais variadas posições. 5) Ensinam a perda da salvação, desmerecendo assim a perfeita obra efetuada por Jesus a nosso favor. Oras bolas! Se tenho que fazer ou deixar de fazer algo para ser salvo então a salvação seria pelas obras e não pela fé única e exclusivamente na pessoa de Cristo. 6) Afirmam que o pecado contra o Espírito Santo do qual Jesus falou é o adultério. Já encontrei um homem que tinha pertencido a esta igreja em profunda agonia espiritual que o levou ao alcoolismo por achar que não havia como salvar sua alma do fogo do inferno. Como você pode observar, há uma distância enorme entre as Igrejas dos Irmãos e a Congregação Cristã do Brasil. Cumpre ainda esclarecer que minha intenção não é o ataque gratuito a este grupo, mas a exposição de suas posições contraditórias as Sagradas Escrituras para que assim, quem sabe, alguns deles se voltem para a Palavra e corrijam o rumo.

Infelizmente meu curso no seminário foi de teologia e estou vendo que teria que ter feito zooteologia a fim de me sentir capacitado para responder sua pergunta! Desculpe a brincadeira, mas não pude resistir. A verdade é que esta prática carece totalmente de apoio bíblico. Não há em toda a Bíblia uma única menção a tal unção. Ela é, na verdade, fruto da mente fértil de alguns líderes ávidos por notoriedade. Isso não é coisa de Deus e sim dos que a si mesmo se intitulam apóstolos, paipóstolos e sei lá mais o que! É incrível a capacidade inventiva destas pessoas. São ondas e mais ondas de novidades e quando pensamos que a capacidade criativa deles chegou ao fim, eis que surge uma outra novidade! A título de exemplo vamos dar uma recapitulada nas ondas que varreram algumas igrejas evangélicas nos últimos anos. Vejamos: Unção do dente de ouro, unção do riso; unção do sopro do espírito; unção do vômito santo; confissão positiva; troca de anjo da guarda; arrebatamento ao 3º céu seguido por novas revelações; sal grosso pra espantar mal olhado; maldição hereditária; sessões de descarrego e por ai vai. Tem até o “óleo ungido” que é uma panacéia para todo o tipo de mal físico e espiritual. Outro dia estava pensando que no com texto bíblico o óleo é usado para ungir. Ou seja, se ungia pessoas e objetos com óleo e estas pessoas ou objetos ficavam ungidos. Isso é o obvio ululante! Então eu fico me perguntado: com o que será que se unge o óleo para que ele fique ungido? Alguém aí pode me dizer com o que se unge o óleo? Pois bem, voltemos à vertente zoológica do consultório. Os praticantes desta extravagância querem fundamentar isto no seguinte texto: “E o primeiro animal era semelhante a um leão; e o segundo animal, semelhante a um bezerro; e tinha o terceiro animal o rosto como de homem; e o quarto animal era semelhante a uma águia voando” (Ap 4:7 – ARC). Qualquer pessoa pode ver que se trata de uma visão e não de uma unção, mas a escola de interpretação alegórica permite aos tais dar ao texto o sentido que sirva a seus interesses megalomaníacos. Não vejo o menor propósito em sair andando de quatro pés como um leão, saltitando como um bezerro ou batendo os braços imitando uma águia. Aliás, a águia está voando e eu queria vê-los saírem voando por ai. Em minha opinião que isto não passa de mais uma “onda” do movimento neopentecostal que logo será substituída por outra novidade. Ou seja, é invencionice de quem quer manter preso a si as mentes incautas e totalmente desprovidas do menor senso crítico. Esta massa é como os meninos, citados por Paulo, que são levados de um lado pra outro por todo vento de doutrina (cf. Ef 4:14). Para onde o vento do modismo gospel soprar, lá vão eles leves e faceiros! E neste zoológico gospel lá estão eles andando de quatro, batendo os braços e saltitando como bezerros. Só não vi falar de alguém imitando o ser que tem rosto de homem. Acho que ele está se sentindo espiritualmente discriminado. Será que é por não dar ibope? Afinal quem daria atenção a um reles homem no meio do louvor extravagante! São assim por serem analfabetos de Bíblia e adoradores do extraordinário. Cultuam as “maravilhas” e por isso não se contentam com o modelo bíblico de adoração. Precisam estar sempre inventando uma novidade para massagear seus próprios egos e lhes dar destaque entre os incautos que gostam de tais “manifestações” esdrúxulas. Segundo estou informado isto é fruto do assim chamado “Louvor Extravagante”. E bota extravagante nisto! De minha parte me contento com o louvor bíblico que nos manda adorar a Deus em Espírito e em verdade. Não vejo na Bíblia ninguém imitando animais o que vejo é algo que beira o inverso disto. Vejo uma jumenta falando (cf. Nm 22:28), mas não vejo nenhum personagem bíblico zurrando feito um jumento. Quem se tornou tal qual um animal foi Nabucodonosor, mas foi devido a um castigo que o Eterno lhe deu. A “imitação” imposta a ele foi tão perfeita que acabou comendo capim como um quadrúpede herbívoro (cf. Dn 4:31-34). Para mim tais manifestações são fruto de invencionice humana e não têm nada a ver com o Santo Espírito de Deus. Antes de enaltecer o santo evangelho de Cristo, tais atitudes tem servido para ridicularizá-lo. E antes que alguém venha me enviar e-mails dizendo que não posso julgar, já vou dizendo que não só posso como devo. O julgamento que a Bíblia proíbe é o julgamento temerário (sem fundamento, sem base; infundado). O bereanos julgaram as pregações do apóstolo Paulo e, em lugar de serem criticados por isso, foram chamado de nobres (cf. At 17:11). João, o apóstolo do amor, nos diz: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus (1 João 4:1 ). Paulo também nos exorta: “julgai todas as coisas, retende o que é bom;” (1 Ts 5:21). Caso alguém não saiba do que estamos tratando basta ver o vídeo abaixo e tirar suas própria conclusões. http://br.youtube.com/watch?v=J3leVA6j2P0&mode=related&search Faço questão de ressaltar que aqui não vai nenhum julgamento sobre o caráter ou, até mesmo sinceridade, da pessoa do vídeo (mesmo porque podemos estar sinceramente enganados). Julgo a atitude e não a pessoa.

Estava quase certo que o pastor ao qual você se refere estava equivocado, pois nunca havia lido ou ouvido nada a respeito desta fusão. Como você disse, seria muito difícil juntar duas igrejas tão diferentes! Para me certificar, recorri ao irmão Gavin Levi Aitken e veja só o que ele me respondeu: “No dia 23 de abril de 1968, a Igreja Metodista Unida foi criada quando o Bispo Reuben H. Mueller, representando a Igreja Evangélica dos Irmãos Unidos, e Bispo Lloyd C. Wicke da Igreja Metodista uniram as mãos durante a Assembléia Geral em Dallas, Texas, quando a nova Denominação foi constituída. Eu tive um grande amigo meu, que tive o privilégio de levar à Cristo durante os anos do meu estudo no Segundo grau que se tornou pastor da Igreja Evangélica dos Irmãos Unidos. Pouco depois veio esta fusão das duas igrejas. Esta igreja não tem nada a ver com o Movimento dos Irmãos apesar do fato que leva um nome semelhante” (Gavin).

Caso esteja entendendo corretamente, o termo “localistas” ele se refere às pessoas que afirmam que o certo é que em cada cidade haja apenas uma igreja local. Será baseado nesta premissa que darei minha resposta. Esta idéia de que só deve ter uma igreja local em cada cidade não tem apoio bíblico. É claro que a Igreja de Cristo em uma cidade e porque não dizer no mundo, é uma só. Mas daí a achar que em cada cidade só deve haver uma igreja local há uma grande distância. Digo mais, há uma grande distância do que vemos na própria Bíblia. Ao examinarmos as Epístolas do Novo Testamento vemos que às vezes, numa mesma cidade havia mais de uma igreja local. Vejamos: “Saudai Priscila e Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios; saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles” (Rm 16:3-5 – negrito meu). “Saudai Asíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas e os irmãos que se reúnem com eles” (Rm 16:14 – negrito meu). “Saudai Filólogo, Júlia, Nereu e sua irmã, Olimpas e todos os santos que se reúnem com eles.”(Rm 16:15 – negrito meu). Como você pode perceber, na cidade de Roma havia várias igrejas locais. Uma que reunia na casa de Áquila e Priscila. Outra onde se reunia os irmãos Asíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas. E ainda uma outra onde se reunia os irmãos Filólogo, Júlia, Olimpas, Nereu e sua irmã. Portanto, quando Paulo escreveu a Epístola aos Romanos, ele escreveu a igreja em Roma, é verdade, mas pelo final da epistola, vemos que esta Igreja era representada por pelo menos três localidades. Quando de Éfeso Paulo escreveu sua primeira epístola aos Coríntios ele diz: “As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos saúdam Áqüila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles” (1 Co 16:19). Em Éfeso sabemos que Paulo levou um grupo de irmãos para reunir na escola de Tirano (cf. At 19:9). Mas agora o lemos falando de uma igreja que reunia na casa de Áquila e Priscila que tinham saído de Roma para Corinto e de lá foram levados por Paulo para Éfeso(cf. At 18:1,17-19). “Saudai os irmãos de Laodicéia, e Ninfa, e à igreja que ela hospeda em sua casa” (Colossenses 4:15 ). “…e à irmã Áfia, e a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja que está em tua casa” (Filemon 1:2). Filemon era morador de Colossos e a igreja reunia na sua casa. Se Ninfa (do versículo acima) também era de Colossos, então havia naquela cidade duas igrejas locais. Mesmo não podendo ser dogmático quanto à existência de mais de uma igreja local em Éfeso e Colossos, quanto a Roma isto é indiscutível. Pois, como já temos visto, lá havia três igrejas locais. Se isto era verdade em Roma, nada nos impede de pensar que também em outras cidades do Império Romano isto era possível. Portanto, meu querido irmão, unidade não tem nada a ver com uma só igreja local em cada cidade. Aqui em Vila Velha (ES) tem uma igreja que se intitula a “Igreja em Vila Velha” (tem uma outra “em Vitória” etc.). Em primeiro lugar isto é de um pedantismo sem limites, pois mesmo antes deles “descobrirem a roda” e se instalarem aqui já havia por muitos anos a Igreja de Cristo aqui. Só que ela é composta por todos os salvos desta cidade e nem todos reúnem no mesmo lugar. O conceito de unidade defendida pelos Irmãos (pelo menos pelos chamados “Irmãos livres”) não significa unidade de um só local de reunião, pensamento, unidade de forma de culto ou outro tipo de uniformitarismo. Antes de tudo se refere a unidade espiritual da qual pertence todo o povo de Deus em todo o mundo. Os laços que nos ligam não são institucionais e nem formais, mas unicamente o fato de pertencermos ao mesmo Corpo de Cristo. Esta unidade não é quebrada pelo fato de existirem várias igrejas locais em uma mesma cidade ou região. Aqui na Grande Vitória temos umas 55 igrejas locais dos irmãos. Temos comunhão uns com os outros e nos sentimos fazendo parte do mesmo corpo. Aliás, o fato de um grupo reunir num mesmo local não significa necessariamente que haja unidade, pois conheço grupos que reúnem num mesmo local que são divididos por diversos fatores. Reúnem uma mesma localidade, mas estão tão divididos que não podem e nem conseguem manifestar a unidade em Cristo.

Sua pergunta terá que ser respondida à luz da razão, pois a Palavra de Deus não dá nenhuma instrução a este respeito. Mas isso deve te tranqüilizar, pois, por isso, ninguém tem base bíblica para condenar o namoro entre pessoas de países diferentes. Caso você tivesse me perguntado sobre o namoro entre um crente e um descrente a resposta seria um bom e sonoro É PECADO que seria precedido de vários versículos que condenam tal situação. Quanto a isto a Bíblia é clara! Se as duas pessoas são crentes e querem manter um relacionamento de namoro, mesmo que sejam de pátrias diferentes, não vejo nenhum problema. Mas se as pessoas que estão contra o namoro são os seus pais meu conselho é a obediência a eles. Eles são autoridades que de Deus colocou sobre você. Se este relacionamento for da vontade de Deus, Ele mudará o coração dos seus pais e eles acabarão permitindo. Como não sei todas as circunstancias envolvidas neste caso, a minha resposta é de que não há nenhum texto bíblico que condene o namoro.Caso queria fazer um estudo um pouco mais aprofundado no tema leia um artigo meu em: http://paginas.terra.com.br/religiao/jabesmar/namoro.htm

Darlei, antes de falar de Hebreus 10 gostaria de citar vários versículos que afirmam categoricamente a certeza da salvação. São eles: a. O selo e o penhor do Espírito (IICo 1:22; 5:5, Ef 1:13). b. A posição espiritual do crente (*Ef 2:6; Fp 1:6). c. A proteção por parte de Deus (IITs 1:12; IITm 1:12; 4:18) d. Nada pode nos separar do amor de Deus (*Rm 8:28-39; 11:29). e. As palavras do Senhor Jesus (*Jo 5:24; 6:35,*37,51,58; 10:27-29; 11:25,26). Leiamos o que foi dito pelo próprio Senhor Jesus: Jo 5:24 -“tem a vida eterna – não entra em juízo – mas passou da morte para a vida.” Jo 6:37 -“de modo nenhum o lançarei fora.” Jo 6:51,58 -“viverá eternamente” Jo 10:27-29 – “Eu lhes dou a vida eterna – jamais perecerão eternamente – ninguém as arrebatará da minha mão – da mão do Pai ninguém pode arrebatar. Jo 11:25,26 – “Quem crê em mim, ainda que morra viverá ; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá eternamente.” Uma leitura cuidadosa destes versículos nos mostra que há base bíblica para afirmarmos que a pessoa que nasceu de novo pelo poder do Espírito Santo de Deus tem sua salvação garantida. Os versículos que você citou dizem: “Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados” (Hb 10:26) e “Todavia o meu justo viverá pela fé e: Se retroceder, nele não se compraz a minha alma” (Hb 10:38). O versículo 26 está falando de uma pessoa que conhece plenamente a verdade e mesmo assim decide viver no pecado. Entendo que o conhecimento aqui é apenas intelectual que não desceu para o coração. O Comentário Ritchie do Novo Testamento diz: “O terrível pecado aqui mencionado não é um pecado moral.Também não é uma ofensa que surpreende o homem, como em Gl 6:1, nem o grave pecado que exigia disciplina severa, com em I Co 5:9-13. É o pecado da apostasia. É o crime de rejeitar a verdade revelada, de uma maneira deliberada, fria e inteligente, e isto apesar de ter havido, anteriormente, uma aceitação intelectual desta verdade, e uma certa simpatia por ela, até mesmo uma profissão de aceita-la… Receber o conhecimento da verdade não é a mesma coisa que receber a verdade. Um homem pode ter conhecimento da verdade e nunca aceitar a verdade em seu coração, para a salvação da sua alma. Judas Scariotes é o grande exemplo. Ele recebeu o mesmo conhecimento da mesma verdade que os outros. Junto, os doze tinham ouvido o ensino de coisas divinas pelo Mestre… Ele recebeu o conhecimento da verdade, mas enquanto os outros abraçaram a verdade revelada e creram nela, Judas a rejeitou” (pp. 285, 286 – negrito meu). O versículo 38 está num contexto de perseverança em meio a perseguição e não de salvação (vv. 32-39). As palavras “se retroceder, nele não se compraz a minha alma” indicam a importância de viver pela fé e não indica necessariamente que algum salvo o tenha feito. Aliás, o versículo 39 afirma o inverso. O escritor diz: “Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma” (negrito meu). Creio que não há na Palavra de Deus nenhuma contradição doutrinária. Se ela afirma a certeza e permanência da salvação, então não pode afirmar que se perde a salvação. Se ela afirma que o nascido de novo, o salvo, pode perder a salvação então não pode ensinar a certeza de salvação. Uma destas afirmações automaticamente exclui a outra! Apresentei vários versículos claros que afirma a certeza de salvação e, portanto, não creio que o livro de Hebreus esteja falando da possibilidade de um salvo se perder no lago de fogo. Não entendo porque há irmãos que preferem usar versículos “obscuros” para tentar sustentar que o salvo perde a salvação em vez de dar crédito aos versículos tão claros que afirmam o contrário. Ou seja, aquele que recebeu a Jesus como único e suficiente Salvador, que foi regenerado e nasceu de novo, que recebeu o selo do Espírito Santo e que, posicionalmente está assentado com Cristo nas regiões celestes (cf. Ef 2:6) está salvo eternamente. A salvação é única e exclusivamente baseada na aceitação da obra de Cristo Jesus. Não depende de obra humana e sim da perfeição da obra de Jesus a nosso favor. Crer que tenho que ficar sem pecar pra poder garantir minha salvação é crer na salvação pelas obras e não na salvação pela graça. Se eu tenho que aceitar a Jesus e fazer mais alguma coisa, então não confio somente nEle, confio também na minha fidelidade e no meu esforço próprio para completar a obra da minha salvação. Creio que as explicações são suficientes, mas queira fazer um estudo mais detalhado do assunto há um artigo meu no link: http://paginas.terra.com.br/religiao/jabesmar/salvacao.htm

Muito importante este seu interesse em informar-se sobre a música no contexto do culto a Deus. As pessoas deveriam se interessar mais por este assunto. Vou responder suas perguntas por partes. Mas como o assunto música está ligado ao uso de instrumentos musicais, também terei que mencioná-los. 1) “até onde a musica Evangélica é agradável a Deus?” Que Deus se agrada dos cânticos do seu povo não há dúvidas. Basta olhar para o livro dos Salmos. Há nele vários versículos que nos mandam louvar a Deus com cânticos e não se pode cantar sem a música. Citar por escritos todos estes versículos ficaria por demais extenso e por isso colocarei somente os “endereços”: Sl 33:2,3; 43:4; 54 Título; 55 Título, 61 Título; 67 Título; 68:24,25; 71:22; 76 Título; 81:2,3; 88 Título; 92:3; 98:5,6; 137:2; 144:9; 147:7; 149:3; 150:1-6. Há ainda muitos outros versículos na Bíblia nos quais os instrumentos musicais e, consequentemente, a música são mencionados de forma positiva. Veja só: Gn 4:21; Ex 15:20; I Sm 10:15; II Sm 6:5,14,15,21; I Rs 1:40 (exemplo); IRs 10:12; IIRs *3:15; ICr 9:33; 13:8; 15:16, 19-21, 24,28,29; 16:5,6, *42; 23:5; 25:1,3,6,7; II Cr 5:12-14; *7:6; 20:19,28; 23:13; 29:25-30; 30:21; 31:2; Ed *3:10-13; Ne 12:27,36,41-*43; Is 38:20; Jr 31:4s; Hc 3:19. Se no Antigo Testamento temos esta enxurrada de textos falando do uso de instrumentos nos cânticos ao Senhor, no NOVO TESTAMENTO O ASSUNTO APARENTEMENTE NÃO É MENCIONADO. Este aparente silêncio é surpreendente, pois diante de tantas instruções, praticamente nada é dito a respeito do uso de da música e instrumentos no culto cristão. Mas o silencio não é total! Paulo nos abre o caminho para entendermos qual o lugar dos instrumentos no culto cristão. Vejamos estes textos: “Habite ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos e cânticos espirituais, com gratidão em vossos corações” (Cl 3:16 – R.A). “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração” (Cl 3:16 – R.C) “Falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais” (Ef 5:19 – R.A). “Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Ef 5:19 – R.C). Ambos os textos falam que devemos louvar com salmos. Ora só se pode louvar com hinos e cânticos cantando. Um hino, ou um cântico necessariamente têm que ser cantado. Todos já temos tido contato com o livro dos Salmos e, de certa forma, todos sabemos o que é um Salmo. Mas para refrescar nossas memórias vamos dar mais uma olhada em alguns salmos que interessam ao assunto que estamos tratando. Olhemos especificamente os títulos de alguns deles: Salmo 54: “Ao mestre de canto. Salmo didático. Para instrumentos de corda.” Salmo 55: “Ao mestre de canto. Para instrumentos de corda. Salmo didático de Davi” Salmo 61: “Ao mestre de canto. com instrumentos de corda. De Davi.” Salmo 67: “Ao mestre de canto. Para instrumentos de corda. Salmo. Cântico.” Salmo 76: “Ao mestre de canto, com instrumentos de corda. Salmo de Asafe. Cântico.” Salmo 88: Cântico. Salmo dos filhos de Coré. Ao mestre de canto. Para ser cantado com cítara. Salmo didático de Hemã, ezraíta”. Existiam salmos que deveriam ser cantados especificamente com acompanhamento instrumental. Estes são um dos tipos de salmos. Existiam aqueles que deveriam ser cantados com melodias determinadas pelos autores (e.g. Salmos 75; 80; 81; 84). ISTO É UM SALMO, e se o Novo Testamento nos manda louvar com salmos, deduzo que podemos fazer uso de instrumentos para acompanhar os nossos cânticos (salmos). Assim, para mim, fica estabelecida a ligação entre o princípio do louvor de no AT e o da Igreja de Cristo. Junte-se a isto o fato de que, em toda a Bíblia, o Espírito Santo não registra nenhuma condenação ao uso de instrumentos. Um lugar no Novo Testamento que menciona pelo menos dois instrumentos é o livro de Apocalipse. Vejamos estes versículos: “e, quando tomou o livro, os quatros seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos, e entoavam novo cântico dizendo:…” (Ap 5:8,9b). “Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus; e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro dizendo:…” (Ap 15:2,3b). As outras ocorrências mencionam as trombetas. Ora se no céu haverá (se é que já não existem) pelo menos harpas e trombetas na santa presença do Todo Poderoso, porque haveremos de condenar instrumentos musicais no culto a este mesmo Deus? No livro dos salmos estão vários versículos que nos mostram como devemos louvar ao nosso Deus. Então meu irmão, creio que Deus se agrada da música, pois caso contrário ele não nos mandaria cantar (Cf. 1 Crônicas 16:9; 23; Sl 9:11, 33:3; 47:6; 68:4,32; 81:1; 96:1,2; 98:1,4,5; 135:3; 147:7; 149:1; Is 12:5; 42:10). 2) Gastei todo este espaço na tentativa de mostrar que não há nada de errado com a música em si e que ela pode ser usada no louvor e adoração a Deus. Mas você pergunta especificamente sobre a música evangélica. “Até onde a musica Evangélica é agradável a Deus ou espiritual”. Não sou secretário da Santíssima Trindade para saber exatamente o gosto de Deus, mas me arrisco a dizer que a Música evangélica é agradável a Deus até o momento em que seja usada para expressar verdades bíblicas. Ela é agradável a Deus quando expressa adoração e louvor ao Seu nome. Ela é agradável a Deus quando tem conteúdo que não contaria a Palavra revelada de Deus. Ela é espiritual quando edifica o povo de Deus. Ela é espiritual quando ensina o povo de Deus. Ela é espiritual quando desafia o povo de Deus a um viver mais santo e assim por diante. Ela deixa de ser agradável a deus e espiritual quando seu conteúdo não contém os valores citados acima. 3) “Gostaria de exemplos (Hoje) em dia, de bandas que possam nos passar mensagens boas que podemos com ela adorar a Deus e bandas que não são espirituais que dizem ser evangélicas.” Não sou especialista em bandas evangélicas e, portanto, não me sinto capacitado pra tecer julgamento, pois para fazer isso teria que fazer um estudo das letras que as bandas cantam para ver se têm algo que ferem a Revelação bíblica. No entanto, qualquer ouvinte de rádios evangélicas que tem um mínimo de conhecimento bíblico pode notar que há músicas que ou não dizem nada com nada ou fazem afirmativas extra bíblica colocando na boca de Deus o que Ele nunca disse ou prometeu. Creio que um critério para se cantar uma música na igreja é observar se sua letra não ofende ou denigre algum princípio bíblico. Não dá pra condenar um grupo inteiro, por uma composição na qual tenham cometido algum equivoco. Por isso, não citarei o nome de nenhuma banda que deva ser condenada como não espiritual. Não possuo um “espirituomêtro” (medidor de espiritualidade) para saber quem é ou não espiritual. Principalmente se não convivo com a pessoa. Medir a espiritualidade de uma pessoa ou de pessoas com as quais não convivemos é muito complicado. A menos, é claro, que suas atitudes e Palavras não condigam com a de uma pessoa que conhece recebeu o Senhor Jesus como Salvador. O problema é que normalmente medimos a espiritualidade de uma música ou banda pelo nosso gosto musical. Se eu gosto de coral e quarteto só acho espiritual as músicas ditas sacras. Caso goste de um outro estilo, minha tendência é dizer que aquela sim é música que toca o meu espírito. E assim, corremos o risco de basear nosso julgamento no nosso gosto e não no caráter espiritual dos músicos. A título de exemplo, posso te afirmar que nos Hinos e Cânticos com suas linda melodias existem músicas (não letras) que foram feitas por incrédulos. E tem gente que só julga espiritual as musicas do hinário. Será que os autores da música dos hinos da Alemanha e Inglaterra eram crentes? Nos as cantamos nas nossas igrejas. Também cantamos hinos dos quais as músicas originalmente são musicas folclóricas da Europa e EUA. Podemos dizer que estas sim é que são espirituais, já que os autores da melodia nem crentes eram? Viu só como é fácil basear o julgamento no nosso gosto por um estilo em particular. Portanto, neste assunto seria bom seguir o conselho da Palavra de Deus em I Tessalonicenses 5:21 que diz: “julgai todas as coisas, retende o que é bom” (ARA). “Examinai tudo. Retende o bem” (ARC). “Examinem tudo, fiquem com o que é bom” (NTLH). “… mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom” (NVI).

Gostaria de iniciar dizendo que como pesquisador da história do Movimento dos Irmãos gostaria muito de conhecer o livro mencionado pelo irmão. Se puder me dizer onde encontrá-lo ficarei grato. Realmente o movimento dos irmãos foi muito importante e trouxe à luz algumas verdades que precisavam ser resgatadas das Escrituras e, num momento em que o mundo protestante se encontrava fortemente dividido por um sectarismo estreito e sufocante, ele fez muita diferença. Em poucos anos o movimento se espalhou por vários países e em cerca de 41 anos chegou ao Brasil (1878). Em 2008 completaremos 130 anos de Brasil e por isso sua pergunta é bastante pertinente. O irmão pergunta: “Por que esse resgate da igreja não é conhecido na história?” Posso lhe afirmar é que, até onde tenho percebido, este desconhecimento acerca do movimento dos irmãos é um problema quase que apenas no Brasil. Se você for à Argentina e mencionar o nome assembléia dos irmãos a maioria das pessoas saberão de quem o irmão estará falando. O mesmo se dará se você falar com pessoas de outros países onde nos fazemos presentes. Uma vez, conversando com uma senhora norte americana ela logo identificou o grupo ao qual eu me referia. Mesmo nos países onde o movimento está “encolhendo” as pessoas conhecem seu passado. Provavelmente o autor a quem você se refere não é brasileiro. Um problema aqui no Brasil é que a quase totalidade dos que fazem parte do movimento desconhecem nossa história. Portanto, se nem nós conhecemos nossa história, quem dirá os irmãos de outros grupos! Os descrentes então nem se fala! Apesar de estarmos aqui há tantos anos existem estados inteiros onde não existe sequer uma assembléia do movimento. Inclusive na sua região, a Região Nordeste. Em outros casos tem uma única assembléia em um estado inteiro. Diante destes fatos, não é muito difícil perceber porque um movimento que, apesar de ter dado uma valiosa contribuição ao Reino de Deus e que tem uma eclesiologia tão bíblica, não é muito conhecido e, consequentemente, reconhecido no nosso país. Outro motivo que posso detectar, é que para alguns setores do meio evangélico não é muito interessante divulgar nossos ensinos e ideais, pois eles vão contra suas convicções. Há, por exemplo, uma revista interdenominacional muito conhecida no Brasil que vez por outra fala dos vários grupos evangélicos que vieram evangelizar o Brasil e sempre omite nosso movimento. Isto apesar do editor da revista nos conhecer, pois seu pai teve contato e até mesmo hospedou alguns dos missionários dos irmãos que vieram trabalhar no Brasil. Mas a verdade é que se nem nós mesmos divulgamos nossos ensinos e não temos uma publicação que atinja as pessoas de fora os outros é que não o farão! Não temos hospitais, escolas, programas de alcance nacional etc. Em outros países existem tais trabalhos que fazem as pessoas conhecerem e reconhecerem o movimento dos irmãos, pois inúmeras pessoas são levadas aos pés de Cristo através destes ministérios. Um outro problema aqui no Brasil é a nossa falta de união. Não conseguimos implementar uma cooperação prática entre as igrejas locais e qualquer tentativa neste sentido é atacada impiedosamente e seus organizadores, até mesmo, são taxados publicamente de mercenários e falsos profetas. Enquanto isso o tempo vai passando e, apesar de termos irmãos que trabalham muito, este trabalho de forma isolada, não causa o impacto que poderia causar na sociedade se somássemos esforços para atingir objetivos comuns à obra do Evangelho. Ora, se até mesmo o fato de se fazer cartazes e folders coloridos para divulgar um congresso é mal visto por algumas pessoas, como esperar que, com esta mentalidade, nos tornemos conhecidos? Consequentemente, também, não se tornam conhecidas as verdades bíblicas que defendemos, ficando as mesmas restritas ao nosso grupo. Outra parte da sua pergunta é se este desconhecimento não seria devido a parábola da pérola escondida. O irmão escreveu: “será que a igreja ainda é uma pérola escondida como em Mateus 13, onde poucos a vêem?” Para que sua afirmação pudesse ser fundamentada, a igreja que o irmão chama de “uma pérola escondida” teria que se restringir ao movimento ao qual pertencemos. Eu entendo que o motivo não é e nem pode ser este, pois seria muita pretensão de nossa parte achar que somente nosso grupo é a Igreja de Cristo, pois ela é composta de todos os salvos e nós sabemos que nos outros meios há muitas pessoas que também pertencem a Igreja de Cristo. Mesmo que restringíssemos a igreja brasileira somente aos grupos históricos ou tradicionais, sabemos que a maioria delas é bem conhecida da maior parte dos brasileiros. Portanto, para mim, os maiores culpados das pessoas não conhecerem o que o irmão chama com muita propriedade de “esse resgate da igreja” somos nós mesmos. Mas com a graça de Deus espero que um dia este quadro mude e possamos levar as pessoas a saberem quem somos e o que ensinamos.

A Reforma protestante não teve o impacto em Portugal excepto através de alguns intelectuais “estrangeirados” o célebre Cavaleiro de Oliveira, Damião de Góis Alexandre Herculano etc.) A liderança Religiosa católico Romana era muito próxima do papado e organizações como a Inquisição e os Jesuítas fizeram por calar e denegrir os reformadores e a pureza evangélica. Os erros de alguns reformadores foram realçados e não havia defensores para realçar o que de bom era anunciado pelos Reformadores. Há até quem diga que Portugal foi o único país da Europa onde a Reforma não se fez sentir. Ver livro “Crissóstomo Português” de Eduardo Moreira. Link para uma pesquisa mais detalhada: http://www.portalevangelico.pt/noticia.asp?id=2829 Resposta dada por António Calaim, de Portugal, solicitada por Jabesmar A. Guimarães

A passagem a qual você se refere é I João 5:18 que diz: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca.” Vou tentar responder suas perguntas na mesma ordem na qual foram feitas. 1) Quando lemos que o maligno não nos toca, o que quer dizer? Que não toca na vida, ou que não podemos ficar possessos? A palavra talvez fosse melhor traduzida como deter ou segurar. Vejamos o que diz o Comentário Hitchie do Novo Testamento: “e o maligno não lhe toca, isto é, não se apega a ele (a vos média). ‘O maligno tentará apegar-se a ele mas não conseguirá’ (R. C. H. Lenski)” pg. 117). A Bíblia na versão da Tradução Brasileira traduz assim: “e o maligno não o segura”. O maligno não tem poder de tocar na vida de uma pessoa nascida de novo pelo poder do Espírito Santo. Ele pode, se o crente der lugar, oprimir ou induzir, pode tentar e até armar ciladas, mas tocar no sentido de causar mal, não. Não é possível que o maligno “toque” o cristão pelo fato de que “Aquele que nasceu de Deus (Jesus) o guarda”. Hitchie comenta: “…‘aquele que nasceu de Deus’ se refere ao Senhor Jesus; a expressão ‘o guarda’ expressa o fato de o Senhor Jesus ser Aquele que o guarda para que o maligno não lhe toque” (pg. 115). Quanto a ficar possesso creio da seguinte forma: um pastor pode ficar possesso, um presbítero pode ficar possesso, um diácono pode ficar possesso, um cantor gospel pode ficar possesso, um obreiro pode ficar possesso etc., mas um verdadeiro filho de Deus, lavado no sangue de Cristo, e, portanto, tendo em sua vida o selo do Espírito (Ef 1:13; 4:30) e o próprio Espírito Santo habitando em si (Rm 8:9,11; I Co 3:6), este tal jamais ficará possesso por algum demônio. 2) A Bíblia nos fala que nossa luta não é contra a carne ou sangue. Se não me toca porque tenho que lutar? A Bíblia diz: “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (Ef 6:12). Temos que lutar devido ao fato de que estamos em guerra contra o maligno e ele fará de tudo para nos atingir mesmo que de forma indireta. Ele usará nossa natureza carnal e o sistema mundano (o mundo) para nos desviar do propósito de Deus. Esta é a resposta para o fato que precisamos ser guardados. Temos três inimigos terríveis que são a carne, o mundo e o diabo. O poder para vencê-los deve ser buscado em Deus, é Ele que nos fortalece e nos guarda do mal. Nossa luta é espiritual no sentido de que não adianta ficarmos lutando contra os homens. Quando Satanás lançou a perseguição contra os cristãos usando os imperadores romanos, eles não guerrearam contra Roma, mas buscaram em Deus forças para prosseguirem adiante na decisão de servir a Jesus. Neste sentido, apesar de sofrerem perseguição na carne, a luta deles era, no final das contas, uma luta espiritual. Como lutar contra um ser poderoso e inteligente como Satanás? Ele tem milênios de experiência em estudar a natureza humana e, portanto, conhece todas as nossas franquezas. Ele sabe que apesar de termos sidos salvos por Deus, ainda temos habitando em nós a nossa velha natureza (o pecado). Podemos por nós mesmos vencer Satanás e seus astutos demônios? É obvio que não! Apesar de todo o triunfalismo que existe em algumas igrejas evangélicas o homem não é páreo para Satanás. Ele não pode ser vencido com bravatas e declarações ousadas. Nossa esperança reside no fato de que assim como oi homem não é páreo para Satanás, Satanás não é páreo para Deus. Aleluia! Por isso é bom saber que o Senhor providenciou os meios para nos proteger dele. Vimos em I João que o próprio Senhor Jesus nos guarda (5:18). Sabemos também que “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra” (Salmo 34:7). Ou seja, nesta luta terrível, não estamos desamparados. Dentre tantos versículos sobre o assunto, há um que nos mostra como alcançar a vitória na batalha espiritual. Vejamos: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7). Em primeiro lugar devemos nos sujeitar a Deus. Sujeitar é fazer Sua vontade, lutar contra o pecado, não seguir o curso deste mundo. Fazendo isso estaremos resistindo a vontade do diabo. Ao fazer isso a Palavra nos diz que ele fugirá de nós. Mas se deixarmos a menor brecha ele, certamente, se aproveitará dela. Devemos nos sujeitar a vontade de Deus “para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios” (II Co 2:11). É por isso, minha irmã, que o versículo seguinte ao que foi citado por você nos diz: “Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Efésios 6:13). Estamos em uma guerra terrível, o inimigo não descansa, não há tréguas, mas não estamos abandonados à nossa própria sorte. Deus nos fortalece e ensina como obter a vitória. A Ele seja toda honra e glória, pois “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos 8:37). APÊNDICE Aproveitarei a oportunidade para passar algumas informações sobre demonologia que creio, pode ajudar os leitores de Vigiai e Orai na luta contra o nosso arquiinimigo. I. OUTROS NOMES DE SATANÁS (Cf *Ap 12:7-12) 1º) “O grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo” *Ap 12:9 – cf. 12:3; 2º) Acusador dos nossos irmãos Ap 12:10; 3º) Lúcifer, ou “o estrela da manhã” Is 14:12 (cf. II Co 11:14: “anjo da luz”); 4º) Belzebu, “maioral dos demônios” Mt 12:24 (em alguns mss “senhor das moscas”); 5º) o Maligno, Mt 13:38; 6º) Belial II Co 6:15; 7º) Tentador; Mt 4:3; I Ts 3:5; 8º) Inimigo, Mt 13:28,39; 9º) Homicida, o Pai da mentira, Jo 8:44; 10º) o deus deste século, II Co 4:4; 11º) o príncipe da potestade do ar, Ef 2:2; 12º) o príncipe deste mundo, Jo 14:30; 16:11; 13º) Abadon (Hb) e Apolion (Gg), Ap 9:11, “destruidor, exterminador”; Abadon = Sheol, 3vz; a morte, 2vz; provavelmente, aqui, “o anjo do abismo”, o rei dos demônios. II. POSIÇÃO DE SATANÁS 1. Satanás ainda tem acesso ao trono de Deus: Jó 1:6-2:1; Zc 3:1; Lc 22:31; Ap 12:7-10. 2. Satanás reina sobre a hierarquia dos demônios: Mt 25:41; Ef 6:12; Ap 12:7 3. Ele reina sobre este mundo: Lc 4:5, 6; *II Co 4:3, 4; Ef 2:1-3; I Jo 5:19, 20. III. Atividade do Diabo: 1. Tentar: Gn 3:1s; Mt 4:1-11; 16:23; Lc 22:31; At 5:3; I Co 7:5; I Tm 3:6, 7; I Jo 2:16. 2. Confundir, enganar, contrafazer, imitar as coisas de Deus: I Co 10:20; II Co 4:3, 4; 11:13-15 (“anjo de luz”); II Ts 2:9; Ap 16:13s; 20:3. 3. Destruir: Lc 8:12 (tira a Palavra); I Pe 5:8; Ap 12:13-17. 4. É contra o Cristão: tenta-os a mentir (At 5:3); tenta-os a imoralidade (I Co 7:5); semeia o joio para enganar e atrapalhar (Mt 13:38s; I Ts 2:18); promove a perseguição (Ap 2:10); a difamação e calúnia (Ap 12:10); cria problemas (II Co 12:10, 11). IV. SATANÁS, DEMÔNIOS E O CRISTÃO A. No sentido direto, Satanás não está nos tentando diariamente, nem os seus demônios. É claro que o mundo é controlado moral e espiritualmente pelo Diabo (músicas, revistas, televisão, etc.), mas geralmente não é ele pessoalmente que nos tenta. Na maioria das vezes a fonte é nossa própria carne: nossa cobiça, orgulho, desejos carnais fortes, falta de controle, disciplina etc. (Tg 4:1-8). B. Mas o pecado na nossa vida abre a porta para a opressão de Satanás e dos demônios. Passo a passo, o pecado nos destrói, aumentando então a vantagem do Diabo sobre nossa alma (*Ef 4:27). C. Outras vezes, Satanás pode atacar de repente. Temos que estar prontos. “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (I Pe 5:8). V. AVISO Não seja tolo! Se você vier a se confrontar com a presença e poder de Satanás ou dos demônios, CUIDADO!! Jd 9. 1. Imediatamente peça que o sangue de Jesus Cristo acabe com a intervenção de Satanás e limpe a situação. O sangue de Cristo – a prova que Cristo conquistou Satanás na cruz, do seu juízo sendo selado – é absolutamente necessário. 2. Logo que possível chame outros irmãos. Junte-se com eles para orar e resistir ao Maligno. Não tente exorcizar ou confrontar sozinho um demônio, exceto quando for impossível achar ajuda. Nos casos de opressão ou habitação demoníaca, procure líderes cristãos, preferivelmente os que têm experiência no assunto. 3. RESISTA A SATANÁS COM TODA A SUA FORÇA, tendo colocado a armadura completa de Deus, E ELE FUGIRÁ (*Tg 4:7; *Ef 6:11-17). “Eles pois, o venceram [ao acusador] por causa do sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que deram, e mesmo em face da morte, não amaram a própria vida” (Ap 12:11).

A palavra geração tem os seguintes significados: 1) Pessoas que viviam numa certa época da história, que os hebreus calculavam 40 anos (lapso de tempo atribuído a cada geração). 2) Significa também “raça”, “espécie”. Este é um versículo para o qual os estudiosos apresentam interpretações diferentes. As possibilidades apresentadas são as seguintes: 1) As pessoas que viviam no tempo de Jesus. 2) A raça dos judeus, a nação de Israel. 3) A geração que estará vivendo quando começarem os sinais previstos. Aqueles que defendem o ponto um afirmam que Jesus estava se referindo a destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. e, portanto, aquela geração a presenciaria. Entendem que aquele acontecimento teria sido o primeiro ligado à volta de Cristo. Os que defendem o ponto dois entendem que os judeus existirão como nação (raça) até a volta de Cristo e, portanto, como povo, presenciará todos os sinais que antecedem a vinda de Cristo. Os defensores do ponto três crêem que a geração futura que começar a presenciar o início dos acontecimentos escatológicos verá o cumprimento de todos eles. Como você pode ver, esta não é uma passagem na qual há consenso. Na realidade seria preciso definir a ordem dos acontecimentos descritos para podermos ter a certeza de qual interpretação se aproxima mais daquilo que o Senhor quis comunicar.

Até onde sei, antes de Cristo havia os rituais judaicos de purificação cerimonial os quais, via de regra, eram feitos com água, Havia as lavagens cerimoniais e também as aspersões (cf. Êxodo 19:14; 30:20; 40:12; Levíticos 15:4-13; 16:26 e 28 ; 17:15; Números: 19:8-10; 16-19 – Hb 9:19).. Há outras passagens, mas por hora estas bastam. Estas lavagens e, as vezes, aspersões tinham o intuito de deixar a pessoa apta a participar de alguma cerimônia religiosa ou até mesmo as purificar de algum ato que a tivesse deixado impura segundo os preceitos da Lei. Não me recordo da prática do batismo antes de Jesus, a não ser o batismo do arrependimento praticado por seu contemporâneo João Batista. Batismo ao qual o próprio Senhor Jesus se submeteu. É óbvio que este não ainda não era o batismo cristão em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Jesus passou por aquele batismo com a finalidade de se identificar com os pecadores aos quais veio resgatar (“para cumprir toda a justiça” – cf. Mt 3:15). Assim, em sua humanidade ele se identificou plenamente com os homens, começando, assim, o processo de carregar o pecado de toda a humanidade (cf. II Co 5:21).

No meu entendimento o uso de vinho na ceia do Senhor está correto. Pelo estudo da Bíblia, entendo que o Senhor Jesus, quando instituiu a ceia usou pão e vinho. Vejamos uma das passagens que narram a instituição da ceia: 15. E disse-lhes: Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento. 16. Pois vos digo que nunca mais a comerei, até que ela se cumpra no reino de Deus. 17. E, tomando um cálice, havendo dado graças, disse: Recebei e reparti entre vós; 18. pois vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus. 19. E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. 20. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós” (Lucas 22:15-19). Note que eles estavam celebrando a Páscoa judaica e que antes mesmo de partir o pão Jesus deu graças por um cálice (v.17). Segundo alguns estudiosos, este era o cálice da bênção que fazia parte da páscoa. O que continha este cálice? O texto nos diz que ele continha o fruto da videira do qual Jesus só voltaria a beber na chegada do reino de Deus (v. 18). O fruto da videira nada mais era que o vinho. Depois do versículo 18 é que Jesus institui a ceia do Senhor. Ele pega um dos pães que estavam sobre a mesa, dá graças por ele, o deu aos discípulos e disse que aquele pão figurava o seu corpo. Depois que comeram do pão Ele tomou um dos cálices que estava sobre a mesa, e disse que aquele era o cálice da nova aliança no Seu sangue derramado por eles. O conteúdo daquele cálice fez com que os discípulos lembrassem do vermelho do sangue. Ele também continha vinho. Creio que sua pergunta se deve ao fato do abuso de bebidas alcoólicas nos nossos dias. Devido a isso, alguns irmãos defendem que é errado usar o vinho (que é uma bebida alcoólica) na ceia do Senhor e que é melhor usar o suco de uva. Alguns chegam a afirmar que o vinho dos tempos bíblicos era na verdade o suco de uva antes de fermentar e se tornar alcoólico. Não creio assim e vou fundamentar meu pensamento. Até onde me recordo a primeira vez que o vinho aparece na Bíblia é em Gênesis 9:20,21. Lá nos diz que Noé plantou uma vinha, fabricou vinho e se embriagou a ponto de perder a noção da decência. Vejamos mais algumas passagens onde o vinho está relacionado a embriaguez: Gênesis 19:33-36, quando as filhas de Ló lhe deram vinho e o embriagaram por duas vezes com intenções malignas. Também Nabal se embriagou com vinho (1 Samuel 25:36,37).. Vejamos agora no Novo Testamento. O primeiro milagre de Jesus foi transformar água em vinho. Vinho e não suco de uva! Entre 480 a 720 litros de vinho. E por qual motivo afirmo que era vinho e não suco de uva? Além da Bíblia afirma que era vinho, baseio-me nas palavras do mestre sala. Ele disse ao noivo: “Todos costumam pôr primeiro o bom vinho e, quando já beberam fartamente, servem o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora” (Jo 2:10). Como já fui beberrão (infelizmente), entendo perfeitamente o que ele quis dizer. É costume, nas festas ou até mesmo em alguns bares servirem primeiro a bebida de qualidade e depois que a pessoa já bebeu “fartamente” e, portanto, perdeu a sensibilidade do paladar, lhe é servida bebida de qualidade inferior sem que ele possa perceber. Finalizando, posso citar o caso de alguns dos crentes de Corinto que levavam para a ceia do Senhor quantidade de vinho suficiente para se embriagar (I Co 11:21). Vemos que na ceia do Senhor era usado o vinho mesmo! É importante notar que apesar do abuso de alguns irmãos, Paulo, nas suas instruções acerca da ceia do Senhor não proíbe o seu uso. Portanto, minha irmã, não vejo nada de errado em usar o vinho na ceia do Senhor e conheço algumas igrejas locais que assim procedem. UMA ÚLTIMA OBSERVAÇÃO: Apesar de ter me alongado na minha resposta, esta não é uma questão pela qual eu morreria. Também não acho errado o uso de suco de uva, pois ele também é “fruto da videira”. Aliás, na igreja local onde congrego, de uns tempos pra cá passamos a usar o suco de uva. Isto se deu pelo fato de alguns membros não poderem, por motivo de saúde, beber vinho. Caso contrário eles não poderiam participar dos emblemas. Creio que nesta questão deve prevalecer o bom senso e, acima de tudo, o amor. Seria falta de amor privar os irmãos dos emblemas! Creio que o fundamental é que os elementos nos lembrem, o corpo e o sangue do Senhor. E isto o suco de uva também o faz!

UMA RESPOSTA SIMPLES SERIA: Creio que tanto a carne quanto o espírito transmitem o pecado, mas precisarei me alongar um pouco, pois minha resposta a esta questão trás outras implicações. Desde a queda de Adão e Eva, cada criança que nasce da união de um homem e uma mulher nasce com uma natureza pecaminosa.. Davi escreveu: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51:5). Em Eclesiastes 7:20 lemos: “Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque.” Estes textos nos mostram que todos são pecadores. Bem no início da Bíblia fica claro que Adão transmitiu sua natureza pecaminosa a seus descendentes. Caim é um bom exemplo disso, pois sua natureza caída fez com que ele assassinasse seu irmão (Gn 4:8; 25; I Jo 3:12). Creio que, como nós, Adão era um homem composto de duas partes: a material e a espiritual. Portando, quando ele pecou caiu por inteiro. O pecado atingiu tanto a parte material quanto a espiritual, causando a morte do homem total. O resultado desde então é que o homem experimenta a morte física e a morte espiritual (separação de Deus). Para a primeira não há escape (exceto para os crentes que passarão pelo arrebatamento) e para a segunda o único remédio é o recebimento de Jesus Cristo como Salvador. Portanto, creio que o pecado é transmitido tanto pelo espírito quanto pela carne. Um fato que me faz crer nisso é que não é só o espírito do homem que será lançado no Lago de Fogo. Seu corpo ressuscitará e ele será lançado lá por inteiro (Ap 20:11-15). É bom lembrar que não somente somos pecadores por natureza, mas também por escolhermos pecar. Mesmo nós, os salvos, vez ou outra acabamos por pecar (I Jo 1:10). Não nos tornamos pecadores porque pecamos, mas pecamos porque nascemos pecadores.. O homem natural tem a mancha do pecado em tudo que faz! Veja só o que está escrito no livro de Provérbios: “Olhar altivo, coração orgulhoso e até a lavoura dos ímpios são pecado” (A.R.C.). Antecipando uma pergunta que advirá desta minha posição vou adiantar uma resposta acerca do nascimento do Senhor Jesus. Na tentativa de expor o motivo pelo qual o Senhor Jesus não nasceu com a natureza pecaminosa, há os que afirmam que o pecado é transmitido somente pelo espírito. Caso contrário Ele teria herdado a natureza pecaminosa. Os defensores desta tese afirmam que Jesus teria recebido de Maria um corpo humano e do Espírito Santo o seu espírito e que por não ter tido um pai humano Jesus não nasceu com a natureza pecaminosa. Para tais ele não teria um espírito humano. Mas Jesus se encarnou como um Homem completo com corpo e espírito humanos. Ele não só assumiu um corpo humano, mas também um espírito humano. Para redimir o homem por inteiro Ele foi um Homem por inteiro. Não foi uma casca humana com espírito não humano. Outros afirmam que na verdade somente o homem é que transmite a natureza pecaminosa e a mulher não. Por isso Jesus nasceu sem pecado, pois na sua concepção não houve a participação de um homem. Tal afirmação não tem apoio das Escrituras, pois a mulher é tão caída quanto o homem e tem habitando em si a natureza caída de Adão e Eva. Creio que de Maria Jesus herdou tanto o corpo como o espírito humano. Portanto Ele tanto é um homem completo (100% homem) como também Deus completo (100% Deus). Verdadeiramente Homem e verdadeiramente Deus. Fica muito claro na Bíblia que Ele jamais pecou (Jo 8:46; II Co 5:21; I Pe 2:22; I Jo 3:5; Hb 4:15). Portanto, apesar de ter nascido como um homem completo, de uma forma sobrenatural, Jesus foi preservado de herdar de Maria a sua natureza pecaminosa.

Sua pergunta é bastante pertinente, pois já vi irmãos afirmando o que a Bíblia não afirma, ou seja, colocando na boca de Deus coisas que Ele nunca disse. Isso, nem é preciso dizer, é errado. Pois bem, uma coisa é fazer uma suposição para tentar ilustrar uma situação. As vezes tento ilustrar por exemplo a cena do cego de Jericó, tento levar a pessoas imaginar os sentimentos que poderiam ter estado no coração dele no momento em que começa a gritar: “filho de Davi, tem misericórdia de mim!” Imagino que era pobre e sem posses, que sua vida deveria ser difícil etc. Contudo, faço questão de ressaltar que isso é uma suposição minha ou que imagino que e cena poderia ter se dado assim. O que não podemos é “criar” tais situações como se fossem reais. Por exemplo, já vi irmãos afirmarem que os bois lambiam a estátua de sal na qual se convertera a mulher de Ló. Como diria a garotada: Fala sério! Outro perigo é o método de interpretação alegórica usada sem o devido cuidado por alguns pregadores. Já vi gente pregando sobre a parábola do bom samaritano e afirmando que a duas moedas equivaleriam ao ano 2000 quando, segundo eles, Jesus estaria voltando. Como o irmão deve ter percebido, não acho errado um irmão ilustrar uma situação tentando prender a mente do leitor e, de certa forma, “enriquecer” a narrativa, mas ele tem que deixar bem claro que é apenas uma suposição sua. Contudo, tem algumas pessoas que querem “enfeitar o pavão” e acabam por fazer suposições irrisórias que além de não contribuir em nada para a compreensão dos ouvintes, não fazem nenhuma diferença, pois são irrisórias.

Aqui no Consultório Vigiai e Orai já respondi várias vezes sobre o tema “perca de salvação”. Se o amado leu minhas respostas deverá ter percebido que sou ferrenho defensor da Certeza e Permanência da Salvação. Contudo, me animei a responder sua perguntas pelo fato delas serem feitas em cima de dois exemplos. Você pergunta: Se no último dia de vida um cristão ele pecar e, não tendo conciência do seu erro, não pedir a Deus o perdão pelo seu pecado e morrer, o que acontece com ele? Ele perde a salvação? Apesar de ser difícil um cristão pecar e não ter a consciência despertada pelo Espírito Santo, pode acontece dele ser um novo convertido e não saber que determinada prática é pecado. Pode também acontece dele ter recebido ensino errado e praticar algo errado achando que não tem problema. Um exemplo seria um novo convertido que continua subornando (guardas de transito, fiscais etc.), por falta de ensino nesta área ele acha que não tem nada demais. Outros, apesar de serem crentes há mais tempo o fazem por seguir o exemplo dos próprios lideres da igreja (o que é profundamente lamentável). No caso que você cita o cristão ao perderá a salvação e nem receberá nenhuma palavra de reprovação do Senhor quando se apresentar diante do Tribunal de Cristo. Passemos a segunda pergunta: 2) Há vários testemunhos de pessoas (irmãos) que estavam enfermas em estado terminal devido à falta de perdão (a pessoa não consegue perdoar alguém que a ofendeu), e que depois de um tempo conseguem perdoar e são saradas, livrando-se da morte. Mas, se a pessoa não perdoar, e morrer com a falta de perdão (partiu sem perdoar alguém que a ofendeu), o que acontece com ela? Mas, se a pessoa não perdoar, e morrer com a falta de perdão (partiu sem perdoar alguém que a ofendeu), o que acontece com ela? Quanto aos testemunhos citados por você não tenho muito a dizer, mas creio ser possível que um crente que está em pecado e que, mesmo sabendo disso, não procura acertar sua vida venha a cair doente. Isso faz parte da disciplina de Deus sobre o crente teimoso e obstinado no seu erro. Na verdade sua pergunta é sobre aquele cristão que parte desta vida sem perdoar a alguém. Se ele for uma pessoa que nasceu de novo pelo poder do Espírito Santo, se foi feita uma nova criatura, ou seja, saiu do reino das trevas para o Reino da Luz. Se uma pessoa nestas condições morrer ela tem sua salvação garantida. Afirmar o contrário seria dizer que a salvação é adquirida através de obras e não pela fé somente. Ou cremos na salvação única e exclusiva na pessoa de Cristo ou então estaremos pregando salvação pelas obras. Há aqueles, por exemplo, que ensinam que se uma irmã aparar o cabelo perde a salvação, que se um irmão estiver de bermudas perde a salvação e por ai vai. O que ele está dizendo na prática e o mesmo que os Adventistas tradicionais dizem. Você tem que aceitar a Cristo e guardar o sábado. Só que trocam o sábado por usos e costumes etc. Pra ser salvo você tem que aceitar a Cristo e não aparar o cabelo, não usar bermudas, não jogar futebol, não usar jóia etc. etc. etc. Se isto não for salvação pelas obras eu não imagino o que seria. A obra na cruz foi completa e não precisa de remendos ou ajuda humana, seja ela de que tipo for. Voltando ao cristão nascido de novo que morreu sem perdoar uma pessoa. Apesar dele ter sua salvação garantida, certamente receberá uma palavra de reprovação do Senhor. Pode até mesmo perder galardões, mas sua entrada no gozo eterno está garantida. Faço uma pergunta, que tipo de pecado faria um salvo perder sua salvação? A ira, a maledicência, a displicência para com a obra do Senhor, um pensamento impuro, um olhar malicioso, a omissão, a mentira…? Qual destes é pior que o outro? Em I João 1:8 lemos: “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.” Ou seja, todos temos pecado! Em nenhum momento da minha vida posso abrir minha boca e dizer que não tenho nenhum pecado. Logo, quando eu morrer morrerei com algum pecado e, seguindo a lógica da perda de salvação, estaria destinado ao Lago de Fogo. Como aqui não citei nenhum versículo bíblico que nos dão a segurança da salvação, solicito ao amado que leia um artigo no qual apresento as evidências bíblicas para a certeza e permanência da Salvação. Basta clicar no link a seguir: http://paginas.terra.com.br/religiao/jabesmar/salvacao.htm

Antes de responder sua pergunta gostaria de fazer algumas considerações sobre o levantar de mãos. O gesto de levantar as mãos está presente na Bíblia e é associado ao juramento (Gn 14:22,23; Dn 12:7; Ap 10:5,6); à oração (Sl 28:2; 77:2; 88:9; 141:2; Lm 2:19; 3:41,42; I Tm 2:8); ao louvor cantado (Ne 8:6; Sl 83:4; 134:2) e também uma expressão física que simboliza o desejo de alcançar a Deus (Sl 119:48). Hoje este gesto está sendo usado em algumas igrejas locais especialmente na hora do louvor cantado. Contudo, devo dizer que boa parte das pessoas que levantam suas mãos nem ao menos sabem por que o fazem. A verdade é que este gesto tão carregado de simbolismo e beleza virou um tipo de moda. O texto fala de mãos santas sem ira e sem animosidade (RA); mãos santas, sem ira nem contenda (RC); levantem as mãos, sem ódio e sem brigas (NTLH). Ao levantarmos nossas mãos é como se estivéssemos dizendo: “Senhor eis minhas mãos; elas estão limpas”. O gesto desacompanhado de uma vida santa é abominação ao Senhor, pois não passa de farizaismo com o intuito de aparecer diante dos homens. É possível que, em alguns locais onde as pessoas ficam quase todo o tempo de mãos levantadas, elas façam isso movidas por um sentimento supersticioso e mágico que valoriza apenas o exterior, pois tais pessoas não têm a mínima noção do significado do levantar de mãos. Portanto, é preciso ver com mais temor e seriedade este gesto, pois a adoração meramente externa não agrada ao Senhor. Aliás, ela lhe é abominável. Leiamos Isaías 1:11-15 onde o Senhor se dirige aos israelitas: De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? —diz o SENHOR. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue.” Por causa do que vimos, creio que o cristão que quer agradar ao seu Senhor em tudo, deverá ser muito cauteloso ao exteriorizar sua adoração com o levantar de mãos. Isso não pode ser feito de modo leviano e nem deve ser visto como algo meramente decorativo, uma coreografia sem conteúdo. Um cristão que estando com mãos impuras devido a usá-las para o suborno, toques impuros, gestos obscenos etc.Um cristão que esteja irado ou em contenda com um irmão, um cristão que não perdoa alguém que o magoou e insiste em levantar as mãos ao Senhor, ouvirá dele o mesmo que ele disse aos judeus religiosos. Isto também vale, é óbvio, para aqueles que apesar de não adotarem o costume de levantar as mãos (até mesmo sendo contra) exercem ministérios no corpo de Cristo. Tendo feito os esclarecimentos acima, passemos ao seu questionamento. Paulo inicia o capítulo 2 falando da necessidade de se fazer súplicas, orações, intercessões e ações de graça em favor de todos os homens. Inclusive daqueles que são governantes. Depois de discorrer sobre os benefícios desta prática, Paulo fala do fato que Deus deseja que todos se salvem, de Jesus Cristo como o único mediador entre nós e Deus. Encerra falando do fato de ter sido constituído pregador, apóstolo e mestre dos gentios. Agora usa a palavra PORTANTO (v 8) e todas as vezes que encontramos esta palavra (e também: “por causa disso” ou “pois”) devemos nos reportar ao que o escritor disse anteriormente. Ela significa que é por causa do que ele escreveu é que vai passar a dizer as próximas palavras. É como se ele dissesse: “por causa do que acabo de falar quero que os varões orem em todo lugar levantando mãos santas…” E continua: “Da mesma sorte (RA), que do mesmo modo (RC e DO); quero também (NTLH e TB) que as mulheres se ataviem em traje honesto, com pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas ou vestidos preciosos.” A idéia dominante neste versículo é de um bom gosto exercido com simplicidade em contraste com os excessos, a falsidade, exibicionismo e pompa. Nossa questão é definir se a expressão “da mesma sorte” ou “do mesmo modo” (a palavra grega usada aqui [hosautos] também pode ser traduzida por “semelhantemente”) significa que também as mulheres devem orar em todo lugar levantando suas mãos. Guardadas as devidas reservas quanto às mulheres não usurparem o lugar dos homens na igreja (colocando-se como autoridade – talvez aqui se refira a autoridade de mestre apostólico – ou usurpando a posição de ensinadora). Guardadas estas reservas, creio que o contexto nos dá margem para entender que há sim lugar para o levantar de mãos por parte das mulheres. Mas como já disse isto deve ser feito com entendimento e reverência mantendo a decência e ordem nas coisas do Senhor. As vezes uso deste costume. Mas se estiver em uma igreja local onde isto vá causar algum constrangimento ou desconforto é melhor se abster deste ato. Ou seja, bom senso e equilíbrio nunca são demais.

O contexto de Hb 9:27 está tratando do fato do sacrifício do Senhor Jesus ter sido efetuado uma única vez em contraste com os sacrifícios levíticos que necessitavam ser repetidos vez após vez. Como o sacrifício do Senhor foi PERFEITO ele não precisará repeti-lo nunca mais. Foi feito de uma vez por todas e tem efeito para todas as épocas e para a eternidade. Em meio a sua argumentação o escritor diz: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos…” (Hb 9:27,28a). Há aqui duas verdades: 1ª) a unicidade da morte do Senhor Jesus – que é o tema principal e, 2ª) a unicidade da morte física do homem e seu posterior julgamento (também nos dá argumentos contra a reencarnação). Não é demais lembrar que depois da morte vem o juízo. Apesar deste versículo não dizer quando ele se dará, por outros textos ficamos sabendo que o Juízo se dará no Tribunal do Grande Trono Branco, logo após o milênio.

Creio que esta sua pergunta se deve à minha resposta a duas consultas anteriores. Para responder sua pergunta precisarei voltar a alguns textos bíblicos que indicam claramente que, com a morte, o espírito do salvo goza imediatamente da presença do Senhor. Não há como ignorar ou negar que a Bíblia afirma que os salvos estão conscientes. Paulo afirma: “Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor” (2 Coríntios 5:8). “Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor” (Filipenses 1:23). Ver também: (Lucas 16:22-25; 23:43; 20:37-39; At 7:59; II Co 5:1-11; Ap 6:9. Agora vejamos algo sobre os significados da palavra morte na Bíblia 1) O significado da palavra morte não é cessação da vida e da consciência. a. A Morte Física é a cessação da vida biológica a qual todos os seres humanos estão sujeitos (Hb 9:27). b. A Morte Espiritual é a separação de Deus. Todos aqueles que não são de Cristo estão mortos nos delitos e pecados. É o oposto de vida espiritual (Tg 1:14,15; 5:20; Ef 2:1; 5; Cl 2:13). c. A Morte Eterna ou Segunda Morte é perpetuação da morte espiritual. A separação eterna de Deus que é a fonte de todas as bênçãos. “A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome”. (Ap 14:11 – ver também Ap 20:14-15). Não somente os salvos do Novo testamento estão em plena consciência, mas também os salvos do Antigo Testamento estavam e estão gozando desta faculdade. Mesmo antes de Jesus Cristo morrer Ele teve um encontro e conversou com Moisés e Elias no Monte da Transfiguração (cf Mt 17:3; Mc 9:2,3; Lc 9:29-31). De Abraão Jesus diz: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se” (Jo 8:56). Se quando Jesus veio Abraão já havia morrido, como pôde ele alegrar-se, senão pelo fato do seu espírito estar em plena consciência? Passemos agora para o caso dos perdidos, o que tem mais a ver com sua pergunta. Por causa da história do rico e Lázaro, creio que o espírito dos perdidos também estão conscientes. Tanto um como o outro estavam em plena posse dos seus sentidos. Inclusive o rico estava preocupadíssimo com a possibilidade dos seus irmãos também irem para a perdição (cf. Lc 16:19-31). Quem dorme é o corpo, pois, como já vimos, o espírito continua consciente. Quanto à ressurreição do corpo Daniel diz: “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Dn 12:2) e Jesus confirma: “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo 5:28,29). Então você pergunta: “se quem não tem Deus vai para o inferno, haverá julgamento ainda? Pra que?” Seguindo sua lógica poderíamos também perguntar: “se o salvo vai para a presença do Senhor (o que é atestado por muitos textos), para que seu corpo ressuscitará no arrebatamento da igreja?” (cf. I Ts 4:16). Do ponto de vista humano isto parece não ter muito sentido, mas a Bíblia afirma que o corpo dos salvos ressuscitarão e subirão para o encontro com o Senhor Jesus nos ares. Então tenho que deixar a lógica humana e me apegar naquilo que a Palavra diz! Creio que isto se deve ao fato de que o Homem é composto de matéria e espírito. Um espírito humano sem o corpo não é um Homem, um corpo sem o espírito também não é um homem. Deus criou o ser humano com estas duas partes e uma sem a outra está incompleta. Daí a necessidade do corpo ressuscitar (tanto do salvo quanto do perdido). O texto de I Tessalonicenses afirma que mesmo os que estiverem vivos no arrebatamento serão arrebatados completos, corpo (transformado) e espírito (cf. I Ts 4:17 – I Co 5:2-4). Por isso creio que serei salvo na totalidade do meu ser – corpo e espírito. Também creio que o perdido perecerá no lago de fogo na totalidade do seu ser. Creio que assim como os salvos que morreram (apesar de em espírito já desfrutarem do gozo eterno) terão seus corpos ressuscitados para só então comparecerem no tribunal de Cristo (onde suas obras serão avaliadas para efeito de galardão), assim também, os perdidos (apesar de em espírito já estarem sofrendo as conseqüências da sua rebeldia), também comparecerão perante o Juízo do Grande Trono Branco para receber sua sentença definitiva e terem serem, na totalidade do seu ser, lançados no lago de fogo (cf Ap 20:11-15). Ali será oficializada a sentença eterna dos perdidos.

Não há como saber ao certo a situação de conjugal de Paulo, pois a Bíblia não o declara. Há aqueles que defendem ferrenhamente seu parecer a este respeito, mas creio que não podemos ir além do que está revelado na Palavra. Uma coisa que podemos afirma é que Paulo não convivia conjugalmente com uma mulher. Ele escreveu: “E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo” (1 Coríntios 7:8). Existem três teorias a respeito do assunto as quais são: Paulo era solteiro. Isto significa que ele nunca haveria se casado; Paulo era viúvo. Ele teria se casado, mas, com a morte da esposa, não se casara mais; e Paulo teria sido expulso da família devido a sua conversão ao cristianismo. Os defensores desta teoria dizem que sua mulher o haveria abandonado pelo fato dele ter se tornado um cristão. Como o irmão pode ver não há como ser dogmático em nenhuma destas posições. Mas eu tenho uma sugestão: quando nos encontrarmos com Paulo, na glória, me lembra de perguntar isso a ele.

Sua dúvida é a de muitos outros irmãos sinceros. Já ouvi a afirmação de que se ficarmos ensinado a certeza de salvação os crentes sentir-se-ão à vontade para pecar. Estou convicto de que o Senhor deseja que seus filhos saibam que são salvos; Ele nos mostra isso através da Sua Palavra (*I Jo 5:13). Mas, para abalar o crescimento espiritual dos crentes Satanás lança dúvidas sem fundamento nos seus corações. Um fato a ser considerado seriamente, é o daquela pessoa que professa ser crente, mas não demonstra evidências de que Cristo transformou sua vida. Provavelmente não é um cristão verdadeiro e, portanto, não é (e nunca foi) salvo (IJo 2:19). Prestemos atenção às palavras ditas pelo próprio Senhor Jesus. Vejamos: Jo 5:24 -“tem a vida eterna – não entra em juízo – mas passou da morte para a vida.” Jo 6:37 -“de modo nenhum o lançarei fora.” Jo 6:51,58 -“viverá eternamente” Jo 10:27-29 – “Eu lhes dou a vida eterna – jamais perecerão eternamente – ninguém as arrebatará da minha mão – da mão do Pai ninguém pode arrebatar.” Jo 11:25,26 – “Quem crê em mim, ainda que morra viverá ; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá eternamente.” Mediante esta vasta gama de passagens bíblicas podemos afirmar, sem medo de errar, que o cristão pode e deve ter certeza da sua Salvação. Às vezes acontece de um crente nominal (não é um salvo) ou um crente carnal achar que a certeza da salvação é uma licença pra pecar. Outros também acham que 1 Jo 1:9 pode dar margem a este tipo de comportamento que eles chama de peca confessa, peca confessa… Mas o entendimento errado de tais pessoas não pode nos levar a anular um texto tão claro como 1 João 1:9 e nem os textos que nos garantem que aquele que nasce de novo pelo poder do Espírito Santo já tem a vida eterna. Enganam-se aqueles que acham que este tipo de comportamento é algo novo. Paulo também o enfrentou. Quando ele escreveu: “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Romanos 5:20), logo alguém pensou: quer dizer então que quanto mais eu pecar mais a graça abundará? Oba, liberou geral!! Mas o apóstolo argumenta: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?” (Romanos 6:1,2). Gosto de ilustrar isto da seguinte forma: imagine que estejamos indo a um casamento e, por acidente, escorregamos e caímos em uma poça de lama. Qual é a reação imediata de uma pessoa normal? Ela se levantará rapidamente e procurará uma forma de se limpar ou até mesmo trocar de roupa. Afinal ela não vai querer chegar à festa com a roupa manchada. Espiritualmente é assim também. O pecado na vida de um crente espiritual é um acidente. Um crente espiritual não tem prazer em viver no pecado. O Espírito Santo o incomodará diuturnamente e ele procurará uma forma de acertar sua situação. Já pensou se aquela pessoa que escorregou e caiu na lama dissesse: “já que cai, deixe-me aproveitar e dar uma rolada aqui nesta lama, depois vou pro casamento.” Ocorre que há alguns que se dizem cristãos que (ao escorregar e cair em pecado) fazem exatamente isso. Deitam e rolam, não se sentem mal, parecem gostar de ficar na lama. Esta não será a atitude de um crente espiritual. Sua outra pergunta é: Onde poderíamos na Bíblia mostrar que o crente que andou em pecado até o momento da morte (morreu sem a reconciliação/comunhão) ainda assim é um salvo e tem a vida eterna? Este é um argumento levado ao extremo desta questão. Contudo, a experiência tem me mostrado que o verdadeiro crente, aquele que recebeu a adoção divina, antes de morrer é disciplinado pelo Pai e trazido de volta a comunhão com Ele e com uma igreja local. É possível que alguém que se afaste e morra nesta situação nunca tenha nascido de novo. Há, porém, no Antigo Testamento uma pessoa que, ao lermos sua história e os desdobramentos da mesma, nos sentimos impelidos a condená-lo ao castigo eterno. Este homem amou as verdes campinas próximas a Sodoma, associou-se estreitamente com seus devassos moradores (suas filhas namoravam dois deles), só saiu de lá porque foi arrastado pelos anjos, embriagou-se à ponto de manter relação sexual com suas duas filhas, elas engravidaram e ele foi o progenitor de dois povos que se tornaram inimigos do povo de Deus e, até onde sabemos, ele morreu nesta situação. Poderia uma pessoa assim entrar para a vida eterna? Contudo, quando lemos o Novo Testamento este indivíduo é chamado de justo. E sendo sincero pra você, eu só acredito que ele foi salvo por que a Bíblia afirma isso. Você já deve ter percebido que me refiro a Ló. Olha o que o Pedro diz acerca dele: “e, reduzindo a cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-as posto como exemplo a quantos venham a viver impiamente; e livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino daqueles insubordinados (porque este justo, pelo que via e ouvia quando habitava entre eles, atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas daqueles), é porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo” (II Pedro 2:6-9). Justo Ló? Nos perguntamos. Isto nos mostra que aquele que nasceu de novo, mesmo que seja um crente carnal, tem a sua salvação garantida. Mas volto a insistir que um crente espiritual, jamais usará esta verdade bíblica para promover a libertinagem e levar uma vida relaxada. É bom lembrar também que no tribunal de Cristo, tais pessoas serão envergonhadas e deixarão de ganhar seu galardão. Apesar de para nós ser obscuro afirmar a salvação de fulano ou sicrano, da perspectiva de Deus já está definido quem é ou não salvo. Pode acontecer de uma pessoa ser convencida e até ter cargo na igreja local, mas não ter sido convertida, não ter nascido de novo pelo poder do Espírito Santo. Este tal não perde a salvação, a verdade é que ele nunca foi salvo.

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